Safari no Kruger Park na África do Sul

A parte mais esperada da viagem à Africa do Sul era o Safári no Kruger Park. Habitat Natural dos Big 5 – Elefantes, Bufálos, Leões, Rinocerontes e Leopardos, o parque abriga também centenas de outras espécies animais. E essa é uma das partes mais coloridas da África do Sul. Mesmo os tons de cinza dos elefantes e rinocerontes, o preto e branco das zebras e os tons de bege dos leões, colaboram para a diversidade colorida. O pôr do sol, um dos mais lindos que já vi na vida, com tons de amarelo, laranja e vermelho, completam o cenário que é tão vivo no nosso imaginário.

O Kruger Park é um das maiores reservas na África. Ele cobre uma área de quase vinte mil quilômetros quadrados nas províncias de Limpopo e Mpumalanga na parte nordeste da África. O parque também faz fronteira com dois países: Zimbabwe no norte e Moçambique no leste.

Ele é tão grande que há vários portões de entrada e normalmente escolher um Safari Lodge, se você vai se hospedar dentro do parque, vai definir qual será a sua entrada. Nós ficamos hospedados no Lukimbi , um hotel de luxo lindíssimo  que tinha vistas dos quartos e até da banheira para a selva. Fizemos dois “Game Drives” com o próprio hotel logo que chegamos, de tarde, para pegar o pôr do sol na savana e outro logo cedinho de manhã.

No primeiro game drive que fizemos, conhecemos nosso motorista (que eles chamam de Ranger) Darren e nosso Tracker ( o carinha que fica sentado na cadeirinha em frente ao carro procurando os animais) que tinha o curioso nome de Stranger.

O ranger foi dirigindo pelo Kruger Park e começou a sair das estradas principais enquanto se comunicava com outros rangers e Stranger ficava de olho nas pegadas de animais.

Ver os animals em seu ambiente natural não é como ir ao zoológico, que eles estão lá te esperando. Aqui, os animais não esperam pelos visitantes. Eles vivem suas vidas normalmente, sem se preocupar com o que acontece ao seu redor. Os game drives, feito com motoristas e guias que conhecem o parque e conseguem reconhecer e seguir as trilhas e pegadas deixadas pelos animais, são um exercício de paciência. Mas quando você vê o primeiro animal ao seu lado, a sensação é de que tudo vale a pena.

O primeiro que avistamos foram dois rinocerontes, mas que estavam meio escondidos, então seguimos em frente. Depois foi a vez dos antílopes e Kudus, muito comuns pelo parque.

Então vimos um elefante. Mais rinocerontes e um grupo de zebras (que pra mim são as mais fofas!)

Tudo é observado a distância, sem nenhuma interação.

Paramos quando era quase hora do por do sol para fazer um brinde com champagne e tivemos de companhia um grupo de rinocerontes que nos observavam à distância.

 

A savana africana é um lugar impressionante. Voltamos para o hotel para um delicioso jantar, o famoso Brai – churrasco sul africano a luz da lua e a ordem era dormir cedo, para madrugar no dia seguinte. Se no primeiro dia tudo aconteceu tranquilamente como planejado, no segundo dia não faltaram fortes emoções.

Era pouco depois das seis horas quando saímos no frio da manhã de outono sul africana para o nosso segundo “Game  Drive”. Estávamos todos enrolados em cobertores para minimizar o frio do carro aberto e ainda sonolentos. O motorista deixou no carro também bolsas de água quente para ajudar. Ddepois de pouco mais de 15 minutos dirigindo pela savana, o motorista do nosso carro parou. Stranger, o nosso “tracker”, aponta para para a direita e vemos um rinoceronte olhando em nossa direção. O rinoceronte, um dos Big 5, é um dos animais mais difíceis de se ver no Kruger Park, então era uma sorte tremenda vê-lo logo no começo do nosso safári. Éramos cinco no carro, além do motorista e do guia e eu estava exatamente em frente ao rinoceronte. Não tive nem tempo de esboçar reação ou tirar a máquina fotográfica que estava embaixo do cobertor. A felicidade de ver o animal logo se transformou em medo. O rinoceronte se posicionou para o ataque e fez um barulho estranho, sem o aviso tradicional de bater as patas no chão, ou “stimp” como dizem aqui em inglês. Os segundos pareceram intermináveis. Eu congelei, mistura de frio e medo, pois eu era a primeira na linha de ataque. Os meus companheiros de safari começaram a gritar, numa reação instintiva mas de nenhuma serventia na situação atual. O guia e o motorista começaram então calmamente a bater na lactaria do carro e o rinoceronte mudou de idéia e continuou seu caminho. No primeiro minuto depois do acontecido, a primeira pergunta que nos fizemos foi: algum conseguiu filmar isso? Claro que não… os minutos de adrelina ficariam só na nossa memória. Depois de passado o susto, desapontados porque não teríamos provas fotográficas do ocorrido, mas finalmente acordados, continuamos nosso sáfari.

Depois de dirigir um pouco e ver mais rinocerontes e elefantes, Stranger anunciou que sairia do carro e iria a pé procurar leões. Sério… no meio da selva, sem nenhuma proteção. Paramos para tomar um chocolate quente e logo o motorista nos avisou que recebeu uma chamada do Stranger dizendo que as leoas tinham saído para procurar comida e haviam seis filhotes numa área do parque que poderíamos observar. E lá fomos nós, ver os leõezinhos de perto!

 

Dos elefantes e sua calma para comer e até andar, aos grupos de antílopes que estavam sempre atentos esperando pelo próximo predador e correndo de um lugar para o outro, aos filhotes de leões calmamente descansando enquanto as leoas saem para caçar seu almoço e aos rinocerontes, tão ameaçados que nos deram o ar da graça por várias vezes e até decidiram nos assustar no nosso segundo Game Drive, não há como não se encantar com os animais na selva. Essa foi uma das experiências mais sensacionais que já tive e daquelas que vai ficar pra sempre na minha mente. Não conseguir ver os búfalos, nem os leopardos que já me disseram ser um dos mais difíceis de encontrar. Ótimo motivo para voltar novamente e fazer outro safári!

Minha conclusão depois desses dois dias, procurando animais pela selva para observá-los de perto é que a natureza é bela e segue seu curso, independente dos curiosos olhares extasiados como os nossos.

Viajei para a Africa do Sul a convite do  South African Tourism para fazer parte da campanha #MeetSouthAfrica que é apoiada e gerenciada pelo iambassador. O Aprendiz de Viajante mantém total controle editorial de todo conteúdo publicado neste site.

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