Quais os pontos turísticos imperdíveis em Londres? Essa é uma pergunta que muita gente nos faz, e se tem gente que fala com orgulho que adora fugir das atrações turísticas mais conhecidas de todo e qualquer destino, eu não. Eu acho que são essas as coisas que fazem o lugar, e apesar de adorar descobrir lugares mais escondidos e restaurantes ótimos ao acaso, faço questão de pelo menos dar uma olhada em monumentos, palácios, parques e museus que são ícones da cidade que visito. Por isso resolvi juntar aqui nesse post os pontos turísticos imperdíveis em Londres. Sim, você vai encontrá-los em todo e qualquer guia da cidade (inclusive no nosso Guia de Londres Para Iniciantes e Iniciados), e aqui eu conto o porquê cada um deles merece um espacinho no seu roteiro.
Observação importante: esse post não inclui nenhum museu, porque aqui no blog existem dezenas de posts dedicados a esse assunto. Os museus são atrações incríveis e certamente imperdíveis, mas preferi deixá-los de fora nesse caso para falar de outros lugares: monumentos, marcos e bairros. Posts ótimos sobre museus:
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Pontos turísticos imperdíveis em Londres
Parliament Square (Abadia de Westminster, Parlamento e Big Ben)
A praça que concentra alguns dos ícones de Londres pode ser o ponto de partida de diversos passeios a pé pela cidade. Mas não tenha pressa e não economize nos cliques da câmera, afinal sair da estação de metrô de Westminster e dar de cara com o Big Ben (que na verdade é o sino e não o relógio, mas esse é um daqueles detalhes técnicos que não fazem diferença na prática) é um dos momentos de viagem mais incríveis que você terá na sua vida! O Big Ben faz parte do prédio do Parlamento, o coração político da Inglaterra. É ali que se reunem os ministros (na House of Commons) e os lordes (na House of Lords) para discutirem leis, fazerem votações e decidirem orçamentos. É possível visitar o Parlamento com um tour ou até mesmo assistir uma discussão entre os ministros. Todas as informações e ingressos antecipados estão no site, mas para assistir uma seção é preciso pedir um convite para um ministro. Ou seja, se você vai para Londres e faz questão, peça para algum amigo fazer essa solicitação por você, pois apenas residentes podem ganhar convite.
Caso você tenha um tempinho, caminhe até o Victoria Tower Gardens, um pequeno parque que fica do lado do Parlamento (na ponta oposta ao Big Ben, do lado da outra torre, que é a Victoria Tower).
A Abadia de Westminster é vizinha do Parlamento, e provavelmente a igreja mais famosa de Londres. Foi ali que aconteceu o funeral da Diana e onde o Príncipe William se casou com Kate Middleton. É lá também que acontecem as coroações dos monarcas desde 1066 e onde estão enterrados não apenas muitos reis e rainhas mas também cientistas como Isaac Newton e Charles Darwin, arquitetos, artistas e políticos. O interior da abadia é tão incrível quanto sua fachada, por isso eu recomendo a visita (mesmo o ingresso não sendo barato, £20). Você pode comprar o ingresso com antecedência por aqui.
Tower of London e Tower Bridge
A Tower of London (Torre de Londres) é na verdade um complexo de prédios ‘protegidos’ por uma muralha externa. Apesar de datar do ano de 1066, várias extensões foram contruídas ao longo dos séculos. Apesar de hoje a Tower of London ser uma combinação de monumento com museu (tem até exposições temporárias e é também o lugar onde estão guardadas as jóias da monarquia), ela já teve várias outras funções, como residência da família real, mas ficou mais conhecida como prisão e também local onde algumas pessoas tiveram suas cabeças cortadas… O ingresso custa £24.50 (compre aqui com antecedência), mas caso você prefira economizar essa grana, dê pelo menos uma volta ao redor dela, pelo lado de fora, e observe as muralhas, os prédios e os portões.
Saindo da Tower of London é hora de atravessar a ponte mais famosa da cidade: a Tower Bridge (que muita gente confunde com London Bridge, que é outra ponte!). Se você der sorte (ou então olhar com antecedência no site) vai poder ver a ponte se abrindo para algum barco ou navio. É possível subir até os corredores superiores superiores da ponte, onde tem uma exposição permamente e também um pedaço com chão de vidro (o ingresso custa £8, compre com antecedência por aqui). Vale ressaltar que as melhores fotos da ponte você terá depois de atravessá-la (sul do rio).
London Eye
O que não falta em Londres é lugar pra ver a cidade do alto (de graça e pagando). Mas nenhum lugar é tão bacana quanto a London Eye. Pelo fato de ela ficar em frente ao Big Ben, por ser uma roda gigante que proporciona diferentes vistas (dependendo da altura, claro), por ter se tornado pedaço permanente de Londres apesar de ter sido construída para ser temporária, e por ser o centro das atenções nas celebrações de ano novo. Acho que não preciso dar mais motivos né? Se você tiver que escolher um lugar para ver Londres do alto, que seja de dentro de uma das cápsulas da London Eye. O único ‘porém’ é o precinho nada amigo de £20 e a fila (mas vai por mim, vale a pena) que as vezes pode demorar cerca de uma hora. Compre seu ingresso com antecedência aqui.
Buckingham Palace e Troca da Guarda
A residência oficial da Rainha em Londres, o Buckingham Palace abre as portas de alguns dos seus cômodos durante o verão (State Rooms – os cômodos que são utilizados pela realeza para receber outros monarcas e chefes de estado). O palácio tem inclusive sua própria galeria, que faz parte da visita e tem obras de arte maravilhosas dos grandes mestres. Se você visitar Londres nos meses de agosto e setembro, esse é um passeio que vale muito a pena (apesar do ingresso não ser barato, a partir de £19.40 – existem várias opções: com ou sem entrada na galeria, apenas o palácio e jardins, etc). Você comprar o ingresso com antecedência por aqui.
Para quem visita Londres no resto do ano e não tem a oportunidade de entrar no palácio, tem que se contentar com fotos da fachada mesmo! Aproveite e tente estar lá no momento da troca da guarda, que é um dos eventos mais famosos da cidade. A troca dura cerca de 45 minutos e é bem animada (é gratuito para ver, basta achar um lugar na calçada) e acontece diariamente entre os meses de abril e julho, a partir das 11:30 da manhã. Nos outros meses, a troca da guarda acontece dia sim/dia não, e a cada mês são alternados os dias pares com os dias ímpares. O melhor é sempre consultar o site oficial para saber exatamente que dias, pois isso é publicado com pouca antecedência.
Trafalgar Square
Toda cidade tem sua pracinha principal, certo? No caso de ondres, a ‘pracinha’ é a Trafalgar Square! Aqui acontecem festas, eventos culturais, protestos e é aonde vários artistas de rua vão atrás de seu ganha pão. A Trafalgar Square (que tem esse nome em homenagem a Batalha de Trafalgar de 1805, na qual a marinha britânica derrotou espanhóis e franceses) é também onde fica a National Gallery, que também é um dos pontos turísticos imperdíveis em Londres, mas, como eu falei na introdução do post os museus ficarão de fora dessa lista (pois tem muito conteúdo no blog dedicado aos museus londrinos!).
Como a Piccadilly Circus, a Trafalgar Square não tem nada pra fazer no sentido literal – tem a coluna do Nelson (o comandante da Batalha de Trafalgar), as fontes, as estátuas e o projeto Fourth Plinth – mas é uma importante conexão entre Westminster, Leicester Square, Covent Garden e Embankment. Ali você se sente no coração de Londres: olhe para uma direção e veja o Big Ben, para outra e lá está a London Eye, e logo atrás está a National Gallery. É o tipo de lugar que você acaba visitando diversas vezes durante sua estadia, só para sentir o vai e vem da cidade.
Camden Town
Camden Town, o famoso bairro punk de Londres, ainda carrega uma atmosfera alternativa muito forte que o distingue de qualquer outra região da cidade. Sua herança musical não se perdeu (existem algumas casas de shows e bares com música ao vivo por ali), e nomes como Amy Winehouse (que morou lá e foi eternizada com uma estátua) garantem sua fama de bairro boêmio. Assim que você sair da estação do metrô de Camden Town vai notar duas coisas: a quantidade de gente (a maioria turistas) na rua principal e o estilo das lojas, que você não encontra em nenhum outro canto de Londres. Tanto pelos produtos (casacos estilo ‘The Matrix’, coturnos, meias calças de todas as cores e estampas que você pode imaginar, acessorios góticos e punk) como pelo visual (vide foto abaixo do dragão decorando a fachada de uma dessas lojas).
O ideal é que você ande meio sem rumo – uma feirinha termina e começa a outra, quando você se dá conta já está em outro prédio. Por isso, dou outra dica: se gostar de algo em uma barraca, melhor não deixar pra depois. Compre, porque achar a mesma barraca mais tarde pode ser difícil.
Outra coisa bem bacana de Camden Town é a variedade de comidas de rua. Tem uma parte que só te, barracas de comida: tailandês, japonês, italiano, grego… coma sem medo! O negócio é pegar a comida ali e arrumar um cantinho pra fazer a refeição em paz. Mas se você não estiver afim de comer no meio do burburinho, Camden tem vários pubs, restaurantes e lojas de sanduíches, basta você ir pra rua principal e também dar uma olhada nas ruas menores, adjacentes.
Notting Hill
O bairro que ficou famoso graças ao filme de mesmo nome protagonizado por Julia Roberts e Hugh Grant vale sim a visita e é tão bonito e legal quanto parece no filme. O mercado na Portobello Road é, claro, a principal ‘atração’ de lá, e costuma ficar bem cheio aos sábados (na sexta feira também funciona, mas com menos barracas e consequentemente menos visitantes). Não se assuste com a multidão e vá andando tranquilamente pela rua, passando por barracas e lojas de antiguidades, comidas e artesanatos.
Uma das minhas lojas preferidas, ainda no começo, é a Chloe Alberry, especializada em puxadores e ganchos. Outra loja bem bacana, que vende acessórios e antiguidades, é a Alice’s.
Na hora de voltar para a estação de metrô Notting Hill Gate, tente fazer outro caminho, utilizando as ruas paralelas e adjacentes a Portobello Road. Você encontrará casas coloridas e pracinhas silenciosas, isso sem contar as lojas e cafés independentes, que não tem em nenhum outro lugar da cidade. De Notting Hill dá pra seguir a pé até o Hyde Park e continuar o passeio!
Covent Garden
Covent Garden é uma das áreas mais amadas de Londres, porque concentra um monte de coisas legais bem no coração da cidade – perto de Westminster, a poucas quadras do Rio Tâmisa e um ótimo ponto para começar um passeio a pé até a City ou a região de compras de Oxford Street/Regent Street.
Geralmente Covent Garden é associado com a Piazza onde fica o Covent Garden Market – e sim, esse é o coração do bairro, onde rola todo o burburinho e tem um monte de coisas pra fazer. Dentro do mercado você irá encontrar um monte de lojas, restaurantes (como o Shake Shack e o Union Jacks do Jamie Oliver) e feirinhas com barracas que oferecem um pouco de tudo: artesanato, roupas e objetos decorativos. Isso sem contar instalações temporárias, como por exemplo no Natal, quando toda a parte interna do Covent Garden Market é lindamente decorada.
Ao redor do mercado você irá se deparar com artistas de rua. Músicos, artistas circenses, comediantes. Todo dia, toda hora, sempre tem alguém fazendo uma performance, e muita gente parada pra olhar. Isso sem contar as ruas adjacentes, principalmente a Long Acre, que é praticamente uma Oxford Street de Covent Garden. Em toda sua extensão você encontrará lojas legais, como a livraria Stanfords, especializada em viagem (juro, é um paraíso!).
Piccadilly Circus e Piccadilly
Bastante gente diz que a Piccadilly Circus está para Londres assim como a Times Square está para Nova York, mas eu não concordo. Sim, a Piccadilly Circus tem um telão gigante onde passam propagandas (e até onde já foi transmitido um desfile de moda ao vivo), mas ela não é tão grandiosa quando a Times Square. Ainda assim, ela é importante, e apesar de não ter nada pra fazer (além de ver o telão e a estátua do Eros) o local é sim um ícone da cidade, portanto não poderia estar fora dessa lista de pontos turísticos imperdíveis em Londres. Ela é o ‘ponto de encontro’ de ruas importantes como Piccadilly e Regent Street, e conecta também a Leicester Square com o Soho e Westminster. Ou seja, fica fácil de incluir Piccadilly Circus no roteiro!
Como falei antes, na Piccadilly Circus começa a rua Piccadilly, que vai de lá até o Hyde Park. É uma das minhas ruas preferidas do centro de Londres: lá fica a Royal Academy of Arts, a Fortnum & Mason, uma das entradas para o Green Park e a incrível livraria de 5 andares da Waterstones. E vários restaurantes, lojas e cafés.
Borough Market
O melhor e mais completo mercado gastronômico de Londres (e por essas razões é também o mais cheio, mas realmente vale a pena disputar espaço com a multidão), que fica pertinho da estação de London Bridge e no caminho de quem faz o passeio a pé pelo sul do rio entre a Tower Bridge e a London Eye. Você encontrará por lá desde queijos, mostardas, temperos, pães e geléias a frutas, verduras, carnes e doces. Muitas barracas também vendem comida pronta, como sanduíches e sucos. Os melhores dias para visitar o Borough Market: quarta, quinta, sexta e sábado. Ele fecha nos domingos, e na segunda e terça um ou outro restaurante nos arredores está aberto. Se gastronomia é um dos assuntos preferidos, você irá gostar de conhecer também o Maltby Street Market, não muito longe dali.
Greenwich
Eu sei que sou suspeita para falar de Greenwich, pois é o bairro onde moro desde que cheguei em Londres em 2008. Mas não dá pra deixar de fora da lista dos pontos turísticos imperdíveis em Londres o lugar onde passa o Meridiano de Greenwich, certo? Pois é! Aquilo que você aprendeu na quinta série, a linha que divide o planeta em leste e oeste, começa aqui! Você pode, inclusive, colocar um pé no oeste e outro no leste – e isso já valeria a visita! Mas Greenwich tem muito mais a oferecer além do meridiano, dá pra passar um dia todo no bairro.
Você pode começar conhecendo o Greenwich Market e fazer umas comprinhas por lá. Também pode escolher uma das barracas de comida para almoçar ou então os vários restaurantes nas proximidades. Depois, entre em alguns dos museus do bairro: Cutty Sark, National Maritime Museu (entrada gratuita) ou Queen’s House (entrada gratuita). Greenwich tem até o museu do leque! Termine o dia no Greenwich Park – é lá que está o observatório, na parte alta. É preciso pagar para entrar e ver a linha ‘oficial’ do meridiano (e também para ir ao planetário), mas na rua Park Vista, que fica do lado do parque, existe uma plaquinha que indica a passagem do meridiano também. Antes de ir embora do parque, procure a área onde moram os cervos, ou então caminhe no jardim de rosas.
St. Paul’s Cathedral
Eu falei lá no começo que a Abadia de Westminster é a igreja mais conhecida de Londres, mas a Catedral de St Paul, que fica na região da City, não fica muito distante do primeiro lugar! Elas são completamente diferente em estilos arquitetônicos (a Abadia é gótica, a Catedral é barroca) mas ambas são da Igreja Anglicana (foi na St Paul’s que Diana e Charles se casaram). Ela foi projetada pelo arquiteto Sir Christopher Wren (autor de vários outros projetos icônicos em Londres) e o seu domo pode ser avistado de várias partes da cidade.
É possível assistir uma missa na St Paul’s, mas se você quer visitar o domo e a cripta e passear livremente por ela, é preciso comprar ingresso (custa £18 e você pode comprar com antecedência por aqui). Para saber os horários das missas, consulte o site. Os concertos e apresentações de corais costumam ser concorridos, pois a entrada é gratuita e quem chegar cedo, entra! Veja aqui a programação musical da St Paul’s Cathedral.
Gostou dessa seleção de pontos turísticos imperdiveis em Londres? Já visitou todos ou pretende visitar? Todos eles estão no capítulo ‘Roteiro de 7 dias’ no nosso Guia de Londres!
Perfeito e completo!
ô Tina, muito obrigada!
Parabéns!!! Adorei as dicas e já estão todas anotadas. Belo trabalho!!! Bjos
obrigada!
Olá Heloisa,
Amei as dicas, muito pertinentes, chego em Londres dia 2/4/16. Minha segunda visita a cidade!
O vídeo da troca da guarda nos dá uma boa visão do evento. Pretendo ver , dessa vez !
Muito obrigada!
Katia
Bacana espero conhecer em breve, principalmente o norte, ver um jogo dos spurs!
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[…] nunca ouviu falar mas é um dos lugares mais bacanas da cidade. Claro que os grandes museus e as mais conhecidas atrações turísticas de Londres são incríveis e não devem ficar de fora de qualquer roteiro, mas se você quer acrescentar algo […]