Em dezembro de 2017 finalmente realizei um sonho de viagem: conhecer o Mont Saint-Michel, uma ilha murada na fronteira das regiões da Normandia e Bretanha, costa noroeste da França.
O Monte tem uma história rica, é possível rastrear seus habitantes e suas funções até o século 6, portanto passear por suas ruazinhas medievais é um privilégio enorme. Como não entram carros e existem construções super antigas (como a abadia que desponta lá no alto) é muito mais fácil imaginar como era a vida ali nos séculos passados.
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Mas eu acho que o que mais encanta os turistas é o fato da maré variar bastante: a ilha pode ficar totalmente cercada de água em questão de horas (existe uma tabela da maré, você pode consultá-la aqui). Hoje em dia é possível acessar a ilha independente da maré, graças a ponte que foi construída em 2014. Ou seja, se você se hospedar fora do Monte ou estiver apenas de passagem por algumas horas, não precisa se preocupar com isso.
Quando eu estive lá peguei apenas a maré baixa, o que permitiu que a gente desse a volta na ilha pelo lado de fora. Adorei a experiência, mas vale lembrar que fizemos isso após verificarmos a tabela da maré e termos certeza absoluta de que não seríamos pegos de surpresa.
Uma das perguntas mais frequentes que recebi quando postei que estava no Monte lá no Instagram foi sobre hospedagem. Não ficamos dentro da ilha (existem poucos hotéis lá dentro, com poucos quartos), mas ficamos do outro lado da ponte. Um shuttle fica fazendo essa conexão o dia todo (até a meia noite). Existe um centro comercial logo antes da ponte, onde ficam alguns hotéis, restaurantes, lojinhas e estacionamento pra quem vai passar o dia.
Nosso roteiro foi assim: saímos de Paris pela manhã (alugamos carro) e chegamos no hotel pouco antes da 1 da tarde. Passeamos no Monte, voltamos pro hotel no fim do dia e a noite pegamos o shuttle novamente. Ou seja, aproveitei as ruazinhas vazias, como se estivesse hospedada lá dentro (fui no inverno, então estava tudo vazio a noite). No dia seguinte fomos novamente pro Monte, demos a volta nele por fora e partimos de volta pra Paris perto da hora do almoço.
Então não fique chateado se você não conseguir hospedagem lá dentro: dá pra ficar nos hotéis perto da ponte e aproveitar MUITO! Nós ficamos no Les Relais du Roy e foi ótimo.
A grande atração dentro do Monte Saint-Michel é a abadia. A entrada custa 10 euros (compramos na hora). Eu honestamente não fiquei muito impressionada, achei que a vista lá de cima é muito mais bonita do que a abadia em si.
Vale a pena fazer um bate e volta de Paris? Eu acho que deve ser muito cansativo. A viagem de carro leva quase 4 horas. Então recomendo dormir por ali uma noite, como eu fiz. MAS, se você quer muito conhecer o Monte Saint-Michel e não tem outra opção, quem sou eu pra dizer não, não é mesmo? É um lugar único, e cada pessoa sabe como vale a pena utilizar seu tempo. Pelo que vi, existem empresas de ônibus que oferecem essa opção (mas não posso recomendar nenhuma, pois como falei antes, eu fui de carro com meu marido e amigos!).
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Uma outra opção, embora cansativa, é ir de trem pela TGV e saltar na estação e pegar em seguida ao lado da própria estação o ônibus que irá levar até o Centro Comercial próximo ao Monte Saint Michael. Depois é só pegar o Schuttle que leva até a ponte. Na hora de comprar o bilhete do trem tem que incluir o ônibus. Pagamos aproximadamente 39 euros por pessoa para ir e voltar. Fomos em março de 2019, eu, minha esposa e meus 2 filhos. Foi cansativo o bate volta mas realmente valeu s pena. Saímos às 7 da manhã e chegamos no apartamento alugado as 23:30 do mesmo dia.