2016 foi pra mim mais um ano maravilhoso no quesito viagens. Não apenas porque conheci lugares novos e tive experiências memoráveis (como vocês podem ver aqui) mas também mudei (quer dizer, estou mudando) a maneira como eu viajo. Acho que é uma evolução, sabem? Mas deixa eu esclarecer: é a MINHA evolução. Não significa que estou criticando quem prefere outros estilos de viagem, ok? Até porque eu não acho que seja uma coisa permamente. Eu me permito mudar constantemente, e essa mudança como viajante reflete um ano cheio de mudanças pra mim em outras questões (profissionais e pessoais. Foi mesmo um 2016 muito intenso).
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Ok, ok, tá ficando muito filosófico né? Vou direto ao ponto: em 2016 eu descobri que não preciso ter pressa pra conhecer o mundo, não preciso fazer das tripas coração para esticar os dias de férias (e o meu orçamento). Porque eu percebi que o que me satisfaz mas é ter uma experiência memorável em um lugar em vez de passar por diversos lugares. As experiências de viagem que tive esse ano – a maioria, pelo menos – me deram a sensação de que eu pertencia aquele lugar, sabem? Que eu não estava ali apenas fotografando, marcando mais um destino no meu mapa. Eu estava ali vivenciando momentos muito especiais, mergulhada em paisagens maravilhosas ou saboreando pratos típicos. Eu estava perimitindo que tal lugar deixasse uma marca em mim, uma marca além do mundo digital.
Eu já fiz muitas viagens curtas aqui pela Europa, afinal é realmente muito fácil conhecer outro país quando tudo é tão perto. Londres tem diversos aeroportos, milhares de vôos todos os dias. Quando eu me mudei pra cá, fiquei maravilhada com a possibilidade de expandir meus horizontes de viajante rapidamente, até porque eu ainda não conhecia a Europa. E eu sei como sou privilegiada por poder ter isso. Já peguei um avião em um sábado de manhã pra passar o fim de semana em Luxemburgo, e voltei no domingo a noite. Já aproveitei promoções para passar poucos dias em cidades como Lyon e Hamburgo. E por mais que todas essas viagens tenham sido muito boas, por enquanto não serão mais a minha prioridade.
Eu estou disposta a viajar menos para aproveitar mais. Eu quero ter um dia inteiro para poder pegar a estrada em Londres e ir até a Escócia (como eu e meu marido fizemos em março, quando fomos para as Highlands subir o Ben Nevis). Eu quero não apenas ver paisagens, mas estar nelas. Não quero passar pra tirar uma foto da montanha: quero subir na montanha. Quero pegar dicas com os locais pra conhecer praias pequenas na Sicília, quero voltar num mesmo restaurante que eu tanto gostei.
Até mesmo as viagens que fiz pelo blog esse ano (que são viagens que a gente acaba seguindo um roteiro planejado por outra pessoa, e não temos muita liberdade para escolher onde ir, o que comer, onde parar pra tirar foto) foram mais intensas. Foram viagens cheias de experiências, e que por alguma razão me fizeram criar laços com as outras pessoas que estavam viajando comigo (coisa que não tinha acontecido da mesma forma antes). Foi esse “conjunto da obra” que me fez entender que eu não preciso viajar todo fim de semana e feriado para ser uma viajante genuína.
E você? Percebeu uma mudança no seu estilo de viagem esse ano? O que mudou?
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