O melhor é que a capital maltesa foi construída como um ‘grid’, facilitando muito a vida dos turistas. É muito difícil se perder, e a possibilidade de você literalmente andar por todas as ruas (o que é claro depende da sua disposição) é grande. Caso você esteja hospedado fora de Valletta, é provável que você entre na cidade pelo City Gate e dê de cara com a rua principal e mais movimentada, Triq Ir-Repubblika. Ali estão a maioria das lojas, alguns restaurantes e também as atrações mais conhecidas, como a St. John’s Co-Cathedral, Republic Square e Palace of the Grand Masters.

A Co-Catedral é uma das construções mais incríveis que já vi na vida. E não apenas entre igrejas, catedrais e basílicas, mas como um todo. Por fora, você nem imagina o quão maravilhosa ela é por dentro. São detalhes em todas as superfícies, que a gente não cansa de descobrir. Dá uma agonia, pois você se dá conta de que realmente não vai conseguir absorver tudo aquilo. É ver para crer, e aqui estão algumas fotos pra te deixar um gostinho:

No fim da rua, entre a cidade e o mar, está o National War Museum e o Fort St Elmo que, assim como a St John’s Co-Cathedral, é um legado da época dos Caveleiros da Ordem de St. John.

Bom, a rua principal meio que divide a cidade em dois lados: o lado Marsamxett (da onde sai o ferry para Sliema) e o lado Grand Harbour, de onde você vê as ‘três cidades’: Vittoriosa, Cospicua e Senglea.

Em ambos os lados, o que não faltam são ruas, escadarias, subidas e descidas, pra ir explorando sem pressa. Aliás, é importante ressaltar que apesar de ser em grid, Valletta não é plana, portanto exige um certo esforço. Sobe escada, desce escada, prepare-se!

Fique de olho na arquitetura, não tem como não ficar fascinado pelas varandinhas coloridas e as referências religiosas na fachada das casas.

Do na parte alta do lado do Grand Harbour fica o Upper Barrakka Gardens, de onde se tem uma vista incrível das ‘três cidades’ e tambem da própria Valletta. De lá, você pode pegar um elevador para a parte baixa e caminhar até o Lower Barrakka Gardens, mais na ‘ponta’ da cidade.

Valletta: informações práticas

• Para ir do aeroporto para a cidade, você pode usar as seguintes linhas de ônibus: X4, X5 e X7. Mais informações, clique aqui (em inglês)
• O terminal de ônibus de Valletta fica perto do City Gate, e ali também é o melhor lugar para pegar táxi

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Dicas e cupons para economizar na sua viagem

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1. Azure Window

Acho que quando alguém pesquisa por Malta no Google, a imagem da Azure Window é uma das primeiras coisas que aparecem. Essa formação geológica, literalmente uma janela azul – já que ela emoldura céu e mar – fica em Dwejra, no oeste da ilha de Gozo. Esse espetáculo da natureza (perdoem-me o clichê e o exagerismo) merece algumas horas de visita. Por mais que ali não seja um bom ponto pra tomar banho de mar (o encontro da água com as pedras pode ser perigoso), algumas pessoas fazem snorkeling em uma área rasa, mais calma. Além de olhar a Azure Window a partir das pedras, você pode também fazer um passeio rápido em um barquinho (4 euros por pessoa), que passa por dentro de uma gruta para chegar no mar e proporciona uma vista também muito legal.

Para chegar lá pegue o ônibus 311.

2. Ggantija Temples

Mais antigo e menos famoso do que o Stonehenge e as pirâmides do Egito: os templos Neolíticos Ggantija foram construídos há cerca de 5600 anos, e só por esse fato extraordinário merecem a visita. Apesar da ‘longa data’, sabe-se mais sobre eles do que se sabe do Stonehenge – um pequeno museum que faz parte do passeio mostra todos os fatos e explica o projeto de restauração que está em andamento.

O ingresso custa 9 euros. Para chegar lá pegue o ônibus 307 ou 322. Mais informações no site heritagemalta.org/museums-sites/ggantija-temples/

3. Trekking

Quem gosta de viagens estilo ‘outdoor’ vai gostar de saber que Gozo é um lugar ótimo para fazer trekking. Dá pra andar por toda a costa, mas se você não tem tempo ou disposição para essa distância, considere fazer um trecho apenas. Eu caminhei entre Sannat e Xlendi em aproximadamente uma hora e meia,e em todo o percurso me deparei com paisagens deslumbrantes. Fiz esse passeio com um guia da Gozo Adventures (eles também oferecem outras atividades, como escaladas, passeio de caiaque/bicicleta e até camping), mas é claro que trekking é algo que dá pra fazer de forma independente (vale reiterar que é preciso ter bastante cuidado e não sair da trilha: o penhasco não tem nenhuma proteção e pode bater um vento forte).

4. Xlendi

Foi muito bom terminar meu trekking (leia o item acima) em Xlendi – um vilarejo de pescadores a beira mar, com alguns restaurantes bem em frente a ‘praia’. Bastante gente toma banho de mar ali, e a cor da água é incrível. Xlendi parece ter sido ‘cavada’ na pedra, pois fica entre formações rochosas mais altas, e a chegada (a pé, pela costa) no vilarejo proporciona uma vista linda, perfeito para fotos. Ah, dali também saem barcos para fazer mergulho em alto mar.

Para ir de ônibus, pegue a linha 306.

5. Ta’ Pinu

Gozo, assim como Malta, tem um montão de igrejas, mas Ta’ Pinu é a ‘menina dos olhos’ dos gozitanos. Ver esse santuário de longe já é impressionante, pois ele desponta na paisagem cor terracota da ilha. O santuário nem é o mais antigo de Gozo, mas é o mais amado pois foi construído com fundos arrecadados pelos próprios moradores, que construíram Ta’ Pinu como uma espécie de agradecimento aos milagres atribuídos a Virgem Maria.

A entrada é gratuita. Para chegar lá, pegue o ônibus 308. Mais informações no site www.tapinu.org

6. Citadela em Victoria

A principal atração da capital Victoria, a Citadela (uma espécie de vilarejo murado) pode ser vista de longe pois está ‘elevada’ em relação ao restante da cidade. Ela engloba uma série de construções antigas (como a imponente catedral) e atrações (como o Museu do Folclore) que podem ser visitadas individualmente, mas no momento passa por uma grande restauração e é um verdadeiro canteiro de obras. Ainda assim, é possível caminhar em parte do muro e ter uma bela vista de Victoria e outras cidades no interior de Gozo.

Para chegar lá, pegue qualquer ônibus até Victoria. Mais informações no site www.visitgozo.com

7. Salinas

Em Gozo ainda se produz a sal a moda antiga, a partir da evaporação da água do mar. É possível ver essas salinas no norte da ilha, perto de Qbajjar Bay. A produção de sal é feita da mesma maneira há séculos, e depende bastante do clima (já que uma chuva fora de hora pode colocar a produção de semanas em risco). O sal está a venda por toda ilha, é uma ótima ideia de souvenir.

Para chegar lá, pegue o ônibus 310.

8. Mergulho

Eu não mergulho, mas em todas as pesquisas que fiz antes da viagem Gozo apareceu como um dos melhores lugares do mundo para mergulhar. Chegando lá, comprovei: vi muita gente com toda a aparelhagem, indo e vindo nos barcos que levam para alto mar. Pelo que li, a visibilidade é ótima e a topografia perfeita para esse fim. . Existem empresas especializadas nesse tipo de passeio, como a Scuba Kings.

9. Marsalforn

A cidade de Marsalforn, no norte de Gozo, é uma ótima parada para o almoço, e encaixa super bem com um passeio para os templos Ggantija e salinas (vá nos templos pela manhã, de lá pegue o ônibus para Marsalforn, e então siga para as salinas). Ali existem vários hotéis e restaurantes na beira mar, além de uma mini praia e diversos pontos para cair na água e nadar. Achei Marsalforn a cidade mais ‘agitada’ de Gozo, que tem aquele cara de destino de verão mesmo.

Para chegar lá, pegue o ônibus 310 ou 322.

10. Ramla

Ramla é uma das praias mais bonitas de Gozo (e a maior praia de areia da ilha). Diferentemente de Marsalforn, por ali não tem muita coisa (leia-se hotéis e restaurantes), mas alguns quiosques e lanchonetes para comprar um sanduíche. Considere reservar um dia para conhecer essa praia, e descansar e nadar o dia inteiro!

Para chegar lá, pegue o ônibus 302 ou 322

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Para mais informações sobre as linhas e horários de ônibus, clique aqui

Mais posts sobre Malta:

• A Lagoa Azul em Comino
• Primeiras impressões de Gozo

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A Lagoa Azul fica em Comino, uma das ilhas de Malta (fica entre Gozo e Malta), e possui apenas 6 habitantes. Apesar de existir um hotel (que fecha na baixa temporada), não há mais nada por lá. Nem lojas, nem restaurantes. A estrutura para os visitantes que vão passar o dia é básica, mas suficiente: cadeiras e guarda sóis para alugar (com lugar fixo), barracas que vendem sanduíches e bebidas. Afinal, o que mais você precisa quando tem algo assim na sua frente?

Foi a primeira vez que nadei em águas tão cristalinas, vendo vários peixinhos. A temperatura da água é bem gostosa – dá aquele ‘susto’ quando entra, mas não é sofrido (e olha que eu sou fresca pra isso!). Em poucos minutos você se acostuma.

Lagoa Azul em Comino: informações práticas

• Como chegar a partir de Malta: a United Comino Ferries tem barcos saindo das cidades de Marfa e Cirkewwa (consulte o site para horários atualizados e preços). A Ebsons Comino Ferries também tem barcos a partir de Cirkewwa (consulte o site para horários atualizados e preços). Leva cerca de 25/25 minutos.
• Como chegar a partir de Gozo: a Ebsons Comino Ferries faz o serviço entre Mgarr e a Lagoa Azul, leva cerca de 15 minutos (consulte o site para horários atualizados e preços).
• É possível visitar a Lagoa Azul o ano inteiro, mas os serviços de barco podem ser cancelados por causa de mau tempo

• Aluguel de cadeiras e guarda sóis: assim que você sai do barco, já avistará uma área com várias cadeiras e guarda sóis pra alugar – você pode ou ficar ali ou seguir mais para frente, o preço é o mesmo. 5 euros para cada cadeira e 5 euros para cada guarda sol. O espaço é limitado – as cadeiras são colocadas em cima das pedras e não dá pra mudar a posição do guarda sol. Você fica pertinho de outras pessoas.
• Você não precisa necessariamente alugar cadeiras: muita gente deixa as coisas mais pra cima, um pouco mais longe da água, onde a superfície não é rochosa, mas de chão batido.

• Pode deixar seus pertences na cadeira para ir nadar tranquilamente, não há perigo algum
• Existem algumas barracas que vendem sanduíches, bebidas e saladas. Leve dinheiro, ninguém aceita cartão
• Caso você queira fazer snorkeling, é possível alugar o equipamento com as mesmas pessoas que alugam as cadeiras

• Algumas empresas oferecem passeios de speed boat – eles ficam ali no pier, no mesmo lugar que os ferries chegam/saem
• Leve chapéu e muito protetor solar, não tem como se esconder do sol
• Tome cuidado: a água é cristalina e rasa, mas a correnteza é forte!
• Leve calçado apropriado para caminhar nas pedras – não são pedrinhas soltas, mas uma superfície inteira, cheia de buracos e desníveis. Cuidado para não cair e ralar as pernas e braços.

Fotos da Lagoa Azul postadas no Instagram:

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Tive um dia produtivo na Lagoa Azul de Comino #Maltaismore #AdVemMalta

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Bonito demais! Não resisti a selfie : ) Passei um dia incrível na Lagoa Azul de #Comino. A água estava ótima, o sol a pino, muito calor. Espero poder voltar um dia para Malta #maltaismore #AdVemMalta #BlueLagoon View on Instagram

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O paraíso é aqui! Blue Lagoon, em Comino, outra ilha que faz parte de Malta #Maltaismore #AdVemMalta #nofilter

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A ilha inteira tem a mesma tonalidade mel/terracota, que dependendo da época do ano pode enganar os olhos, afinal a terra árida fica com a mesma cor da fachada das casas.

Apesar de Malta – o país como um todo – ser bem conhecido e amado por turistas ávidos pelo clima do Mediterrâneo, Gozo é tranquila, calma e acolhedora. A pressa é inimiga da perfeição!

Não espere respostas cheias de certeza. O ônibus? Ah, uma hora passa. A distância? Ah, é perto. Mas quão perto? Ah, vai por ali, vira a esquerda, vai indo.

O restaurante pode não estar aberto hoje, a comida pode demorar, mas os garçons estão sempre bem humorados. Super solícitos, e em alguns casos curiosíssimos pra saber o que você está fazendo por ali.

É assim. E se você não tem paciência para incertezas, melhor não ir para Gozo!

O país como um todo é bastante religioso: a igreja católica está presente em todo lugar. Não basta Malta ter mais de 300 igrejas ricamente decoradas, mas também os malteses e gozitanos levam um pouco dessa devoção para casa e decoram suas fachadas com figuras e cenas bíblicas, principalmente São Jorge e a Virgem Maria.

O idioma local (maltês) em nada se parece com qualquer outro idioma europeu. A pronúncia é difícil e envolve consoantes com acentos e combinações de letras que desafiam a língua. Mas o inglês é praticamente uma segunda língua, e é muito fácil se entender com os locais.

Não tenho dúvidas de que em Gozo o tempo passa mais devagar. Assim, você consegue apeciar com calma as maravilhas dessa ilha.

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