Eu já tinha lido que a turma lá é carnívora, e realmente isso fica bem óbvio no primeiro restaurante que você vai. Carne de porco, principalmente. Sopas são também populares, principalmente de alho, legumes e batata.

No dia que chegamos, deixamos as coisas no hotel e fomos em busca de um lugar pra jantar, e acabamos entrando no U Bubeníčků, que tinha um menu bem típico – várias opções com carne de porco. Resolvemos encarar e experimentar as especialidades da casa:

O interessante é que, mesmo com o cardápio traduzido, a gente não tinha muita certeza de como seria a cara do prato. Por exemplo, como seriam esses dumplings de pão? Ou as panquequinhas de batata? Ou seja, não apenas a carne e sua maneira de preparo são bem particulares, como também esses acompanhamentos.

O dumpling de pão parece ser feito com miolo prensado, e apareceu em quase todos os pratos que comemos em Praga, é bem gostoso. Pelo que eu percebi, eles capricham no molho, o que faz a carne (seja que tipo de carne for) ficar bem macia e suculenta.

No dia seguinte almoçamos no Café Imperial (fiz um post exclusivo sobre esse lugar) e mais uma vez fomos de especialidades da casa, mas fugimos da carne de porco e tentamos mais uma vez pedir pratos diferentes. Olha só:

Dá pra ter ideia, pelas fotos, de como as carnes são macias né? E viram que sempre tem um vegetal ou legume? Eles capricham mesmo nos acompanhamentos.

Em uma das noites fomos jantar em um lugar recomendado por um conhecido do meu marido, e foi uma experiência, digamos assim, peculiar – o restaurante chama-se U Fleků e é uma espécie de túnel do tempo. Por alguns instantes você acha que está numa daquelas tavernas da idade média: mesas de madeira escura, cheiro forte de comida (e cigarro), pessoas falando alto e todo mundo com caneca de cerveja na mão.

O engraçado é que o guia de bolso que levei comigo pra Praga dizia que esse lugar era um “tourist trap” (roubada). Taí mais um prova de que esses guias impressos não são donos da verdade e que na hora de viajar a gente precisa se desgarrar de preconceitos. Adoramos ter ido lá!

Além de restaurante, eles produzem a própria cerveja – a única que você vai beber lá. E os garçons vão trazendo a medida que você termina, tem que ficar esperto! Eu não tomo cerveja, mas meu marido disse que é boa! Apesar de ser escura como  uma stout (tipo a Guiness), ela não é uma stout, ou seja, não é forte como a Guiness, por exemplo. E cai bem com o menu da casa.

Ah, enquanto estávamos jantando, entrou um sanfoneiro pra animar a galera, e teve uma turma que requisitou música e até cantou, foi super divertido – fiz um filminho (inho mesmo, bem curto):

Mas olha, deixei o melhor pro final. O que eu mais gostei de comer lá foi um pão doce com um furo no meio, pois a massa é enrolada num tubo e assa assim. O nome é Trdelník, é uma massa fininha deliciosa coberta com açúcar e canela – mas existem variações, dá pra achar coberto com coco ralado e amêndoas, por exemplo. Viciei nesse pãozinho, tanto que quando fomos pra Bratislava, menos de 1 mês depois, e vi o pãozinho lá, tratei de garantir o meu!

Também já contei aqui no blog do Café Louvre, no post que fiz sobre a Praga de Franz Kafka – mais um lugar muito bacana pra fazer uma refeição.

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