Em sua quinta temporada, a série Outlander que é baseada nos livros de Diana Gabaldon está nos fazendo descobrir e cair de amores pela Escócia. A história se passa em vários períodos, de 1943 ela volta 200 anos no tempo, para 1743 e mistura personagens fictícios com eventos reais, tudo isso com muito romance, ação e paisagens de tirar o fôlego. Para os fãs de Claire e Jamie, a autora criou alguns lugares fictícios como Craig na Dun e Castle Leoch, mas a inspiração é real e várias cenas foram gravadas in loco na Escócia. 

Há diversos tours especializados em Outlander na Escócia, mas para quem vai com tempo, alugar um carro (lembre-se que na Escócia se dirige do lado esquerdo) e explorar os pontos turísticos em Edimburgo, Inverness, Glasgow e as cidadezinhas entre elas é garantia de uma volta ao tempo e imersão nas locações de Outlander. Será necessário de sete a dez dias para fazer todo itinerário com calma, mas baseados na importância e tempo disponível, é possível escolher as paradas mais icônicas. Fizemos uma seleção de lugares mencionados nos livros e na série, além de outros que nos ajudam a entender um pouco mais sobre o período em que se passa a história, como a insurreição dos Jacobites. 

EDIMBURGO

Em Edimburgo, além de conhecer um pouco mais do Prince Charles Edward Stuart, conhecido como Bonnie Prince Charlie, é possível também aprender sobre a história dos Jacobites. A cidade velha de Edimburgo foi locação para várias cenas nas cinco temporadas.

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Palace Of Holyroodhouse

O palácio, um prédio lindíssimo que é atualmente a residência da Rainha na Escócia, está localizado na Royal Mile e tem várias conexões com o Bonnie Prince Charlie. O palácio foi usado como base do Bonnie Prince Charlie em setembro de 1745 e na série, ele aparece quando Claire e Jamie pedem que o príncipe abandone sua causa. Visite a The Great Gallery, onde o príncipe deu um baile durante a sua estadia, na câmara da rainha é possível ver a cama onde o príncipe dormiu e há retratos dele e do irmão no Royal Dining Room.

Old Town (Cidade Velha)

Na terceira temporada, a cidade velha de Edimburgo que é um patrimônio mundial da humanidade pela Unesco e se mantém inalterada por séculos, aparece em vários episódios. Várias locações estão na Royal Mile e entre elas, a Bakehouse Close é um dos destaques por ter sido o local da cena onde Claire e Jamie se reencontram depois de mais de 20 anos separados. A rua Tweeddale Court virou o mercado do século 18 onde Claire reencontra Fergus e a Signet Library serviu como o interior da mansão do Governador na Jamaica.

National Museum Of Scotland

No terceiro andar desse museu ficam as galerias de história escocesa e arqueologia e lá é possível descobrir a história real dos Jacobites. A coleção conta com objetos do príncipe, como roupas e espadas e conta mais sobre Bonnie Prince Charlie e a causa Jacobite.

Craigmillar Castle

O castelo fica próximo de Edimburgo e a casa da torre foi construído nos idos de 1300. Em Outlander, o castelo aparece como Ardsmuir Prison, onde Jamie ficou preso na terceira temporada.

Bate e voltas de Edimburgo

Ainda hospedados em Edimburgo, há locações próximas da cidade que são um perfeito bate e volta ou podem ser visitadas a caminho da próxima parada, Stirling.

Hopetoun House

A Hopetoun House é uma construção do século 17 que foi usada nas três primeiras temporadas em diversos episódios. Na primeira temporada ela serviu como a casa do Duke of Sandringham’s, na segunda temporada foi o apartamento de Jamie e Claire em Paris, a propriedade dos Hawkins e também como fundo para as ruas de Paris. Na terceira temporada ela foi usada para as cenas dos estábulos em Helwater e para as cenas externas de Ellesmere.

Midhope Castle

Mais conhecida como Lallybroch, este castelo foi usado para as cenas externas das terras amadas do Jamie e é um dos locais mais reconhecidos da série. Para visitar é preciso comprar uma permissão de entrada de carro na Hopetoun Farm Shop.

Blackness Castle

Este castelo é uma fortaleza do século 15 e foi usado em Outlander como o quartel general em Fort William de Black Jack Randall. É nele que acontecem algumas das cenas mais cruéis do seriado durante a prisão de Jamie.

The Bo’ness & Kinneil Railway

Na primeira temporada, Claire e Frank se despedem nesta estação, que se passa por uma estação de Londres durante a guerra. A estação tem um museu ferroviário e é possível embarcar em viagem em um trem a vapor vintage.

Linlithgow Palace

De Edimburgo é possível pegar um trem que faz parada em Linlithgow e o percurso leva cerca de 20 minutos. O palácio de Linlithgow está em ruínas, mas é possível visitar suas torres, o jardim com as fontes e também o lago com cisnes. O príncipe Charles Stuart visitou o palácio durante a sua jornada para o sul, mas em Outlander, a entrada e os corredores deste palácio foram usados como a Wentworth Prison onde Jamie foi preso.

Callendar House

Localizada em Falkirk, a Callendar house data do século 14 e recebeu muitas personalidades, incluindo o Bonnie Prince Charlie. O cenário do local é magnífico, com muito verde no Callendar Park. A cozinha georgiana apareceu como parte de Bellhurst Manor, a casa do Duke of Sandringham.

Stirling

Para fazer a próxima parte do roteiro, o ideal é ter Stirling como base.

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Doune Castle

Um dos pontos mais importantes desse itinerário e durante a primeira temporada, foi usado como Castle Leoch, onde morava o clã do Colum MacKenzie. O castelo foi ainda uma importante base para os Jacobites, pois eles tomaram o castelo das tropas do governo em 1745 e um ano depois serviu como prisão. Esse castelo foi usado também como uma das locações de Game of Thrones.

Drummond Castle Gardens

Com árvores plantadas pela rainha Victoria em 1842 é um dos jardins mais lindos da Europa, no seriado os jardins foram usados como cenário para cenas que se passavam nos jardins do Palácio de Versailles na França. O castelo não é aberto ao público.

Deanston Distillery

Essa destilaria é famosa pelos whiskies que produz e oferece tours de como é o processo. Na série a destilaria apareceu na segunda temporada como os galpões de vinho de Le Havre na França. 

Culross

Com cenas na primeira e na segunda temporadas, Culross é uma cidadezinha com ruas de pedra e casinhas fofas que se passou pela vila de Cranesmuir onde Geillis mora. Visite o jardim atrás do Palácio de Culross para ver a locação do jardim de ervas de Claire.

Entre Falkland e Inverness

Falkland

A cidade aparece logo nos primeiros episódios como a Inverness de 1940 onde Claire e Frank vão para sua segunda lua de mel. Ela tem ruazinhas históricas e o destaque fica com o Falkland Palace que foi construído no século 14. O The Covenanter Hotel, onde é possível se hospedar, na série é Mrs Baird’s Guesthouse. Na Bruce Fountain, o fantasma de Jamie aparece no quarto de Claire. A Fayre Earth Gift Shop, é a Farrell’s Hardware and Furniture Store e a Campbell’s Coffee House and Eatery, vira a Campbell’s Coffee Shop no seriado.

De Falkland a Inverness, é onde as verdadeiras Highlands da Escócia começam a tomar forma. Há várias paradas importantes pelo caminho.

Highland Folk Museum

O museu fica na cidade de Newtonmore e mostra como era a vida do povo nas Highlands desde 1700 até mais ou menos 1960. Na primeira temporada, o sítio é mostrado quando Claire e Dougal vão coletar os aluguéis.

Culloden Battlefield

Esse campo de batalha foi o local onde aconteceu a batalha de 1746 e os Jacobites, Bonnie Prince Charlie e os clãs Frasers e MacKenzies perderam a batalha para as tropas do governo. A batalha é um episódio importante no seriado, pois foi onde Jamie lutou.

Clava Cairns

Apesar de Craigh na Dun, o círculo de pedras que faz Claire viajar no tempo, serem fictícias, a inspiração pode ter vindo de Clava Cairns que fica bem próxima do campo de batalha de Culloden. As pedras datam de mais de 4000 anos atrás.

INVERNESS

Fãs da série ou não, Inverness oferece atrativos para visitantes de todas as idades. Claire e Frank escolhem Inverness para sua segunda lua de mel e a cidade é citada várias vezes durante a primeira temporada, mas para as cenas mostrando Inverness na série, foram usadas locações de Falkland. 

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Loch Ness e Urquhart Castle

O lago ness, com seus mistérios e incrível quantidade de água é um passeio imperdível para quem vai a Inverness. Se vamos encontrar o Loch Ness Monster (monstro do lago Ness) como a Claire, aí é outra história. Na série, Claire e Frank fazem um cruzeiro pelo lago e há diversas empresas de turismos que fazem o passeio. A Loch Ness by Jacobite tem saídas do Clansman Harbour em um tour que leva em torno de duas horas com parada de uma hora no Urquhart Castle. Veja mais detalhes no post: Passeio de barco pelo Lago Ness – procurando por Ness na Escócia.

Saindo de Inverness, é hora de dirigir pela Great Glen a caminho de Glenfinnan e Fort William. No seriado, é nessa área que Claire e Jamie cavalgam depois que se casam. 

Glenfinnan Monument

Esse local é importante na história dos Jacobites, pois foi onde Bonnie Prince Charlie levantou a bandeira dos Jacobites em agosto de 1745. No centro de visitantes há mais sobre a história do levante e enquanto estiver por aqui, visite também o Glenfinnan Viaduct. O viaduto é de concreto e possui 21 arcos, e ainda hoje é utilizado por trens. Um fato curioso é que esse viaduto foi cenário dos filmes do Harry Potter, por onde passa o Hogwart Express. 

West Highland Museum

Neste museu é possível explorar um pouco mais as histórias das Highlands e vários tesouros arqueológicos encontrados no local. Vários artefatos que pertenceram ao Bonnie Prince Charlie estão neste museu.

Nevis Range Mountain Gondola

Para uma visão privilegiada das Highlands, Fort William, Great Glen e do mais alto pico da Grã- Bretanha, Ben Nevis, suba de gôndola na área de Fort William. A estação tem um restaurante, o Snowgoose Restaurant & Bar, com vistas incríveis.

Saindo de Fort William para Glasgow, é onde passamos pelo vale de Glen Coe, um dos cenários mais lindos da Escócia, com picos e muito verde, cachoeiras e rios. No seriado, Glen Coe aparece logo na abertura e nos faz sonhar com essa paisagem da Escócia. Coloque no GPS Glen Coe Visitor Centre para aprender um pouco sobre o local e fazer uma paradinha para comer ou ir ao banheiro.

GLASGOW 

A maior cidade da Escócia tem atrações diversas e foi usada em muitas cenas das três primeiras temporadas.

Glasgow Cathedral

Um dos prédios mais antigos da cidade, Glasgow Cathedral foi construída no século 11 e é uma das catedrais mais conservadas do país. A sua arquitetura gótica é belíssima e a cripta da catedral foi usada nas cenas do L’Hôpital Des Anges em Paris, onde a Claire se tornou voluntária.

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George Square

Foi nessa área histórica que Frank pede Claire em casamento em 1940. Os prédios históricos, as estátuas e monumentos e vários restaurantes garantem o entretenimento nesta região.

Pollok Country Park

O parque foi usado em várias cenas de Outlander. Além de servir como a área em volta de Castle Leoch, aparece como a zona rural francesa, quando os personagens viajam entre La Havre e Paris.

Kelvingrove Park

Na terceira temporada várias cenas se passam nos Estados Unidos, mas as filmagens foram feitas na Escócia. O Kelvingrove Park virou o Boston park onde Claire faz suas caminhadas.

The University Of Glasgow

Uma das locações mais controversas da série, a Universidade de Glasgow aparece na série como a Universidade de Harvard onde Frank dá aulas.

Bate e voltas de Glasgow

Com base em Glasgow, vá explorar as áreas de Ayrshire & Galloway.

Dean Castle Country Park

O Dean Castle em Kilmarnock é um castelo do século 14 e aparece na segunda temporada como o Beaufort Castle, onde Claire e Jamie visitam Lord Lovat para tentar persuadi-lo a mandar seus homens para ajudar o príncipe Charles Stuart.

Dunure Harbour

Para chegar até a vila de Dunure, dirija pela costa de Ayrshire. Na série Outlander, Dunure aparece como Ayr Harbour, o lugar onde a Claire e o Jamie saem da Escócia atrás do Young Ian. O castelo de Dunure Castle é a Silkie Island no seriado.

Drumlanrig Castle

Esse castelo do século 17 tem não só salas e salas cheias de arte e antiguidades, mas suas terras são muito bem conservadas. No seriado, o exterior, as salas de estar e os quartos foram as locações de Bellhurst Manor.

Galloway Forest Park

O ator Sam Heughan que interpreta o Jamie cresceu em Dumfries & Galloway, perto do Galloway Forest Park.

Veja o mapa com todos os pontos de parada em: http://adv.news/outlander 

E aí? É fã da série? Curtiu esse post com as locações?

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

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Como chegar até lá?

A Isle of Skye não tem aeroporto e foi apenas no século 21 que ganhou uma ponte que faz a ligação com a Escócia. Antigamente você só entrava lá de ferry (ainda é possível fazer isso, mas nem cogitei portanto não tenho informação de preços e horários), mas agora fica fácil ir de carro de qualquer lugar que tenha aeroporto. Nós escolhemos Inverness (pegamos vôo no aeroporto de Gatwick em Londres), pois achamos vôo em um horário bom e com preço razoável (voamos de EasyJet). 

Alugamos carro (reservamos com antecedência, usando a oferta da própria EasyJet no momento que estava comprando a passagem) no aeroporto de Inverness (devolvemos lá também) e dirigimos para Isle of Skye. Foram quase 3 horas de viagem, com a vantagem de passar por paisagens espetaculares no caminho, e por um bom tempo margeamos o Lago Ness. Fizemos algumas paradas para fotos e para babar na paisagem. 

Como se locomover lá na ilha?

O transporte público em Skye é praticamente inexistente. Não tem trens, apenas alguns ônibus que passam em horas pré determinadas, mas que vimos pouquíssimas vezes enquanto dirigíamos por lá. Sem carro ou sem estar em um passeio organizado por agência, suas opções são bem limitadas. Recomendo fortemente ter um carro a sua disposição. As estradas não são super boas (bem esburacadas), mas o GPS no celular pegou super bem e todos os pontos de referência que eu tinha anotado nos levaram para onde queríamos. Aliás, a dica é: antes de ir, procure no Google Maps um postal code (CEP), ou alguma outra referência (como endereço de algum restaurante, hotel ou estacionamento), já que quase não há ‘cidades’ na ilha. Você vai pegar muita estrada, passar por casas no meio nada e vilarejos minúsculos. 

O que fazer por lá?

Eu fui para Isle of Skye com o objetivo de fazer algumas trilhas (esse site é ótimo para isso). A natureza lá é maravilhosa, e eu acho que a melhor forma de conhecer Skye é andar e andar e andar. Vi algumas excursões fazendo paradas em pontos estratégicos, como cachoeiras, castelos, destilarias de whiskey, lagos e inícios de trilha, mas isso dá só um gostinho. Claro, se você não é do tipo que gosta de fazer trilhas mas quer ver Skye mesmo assim, faça desse jeito mesmo. 

A ‘capital’ de Skye é Portree, mas além dos poucos restaurantes e hotéis (e das destilarias), não há nenhuma grande atração. Skye é natureza mesmo! Se voc6e não quer organizar nada, então procure agências que oferecem passeios na natureza e organizam tudo pra você, inclusive com guias (não posso recomendar nenhuma porque não usei nenhum serviço desse tipo).

Qual a melhor época?

Acho que essa é a pergunta que qualquer blogueiro mais recebe independente do destino sobre o qual ele escreve! É uma pergunta muito difícil de responder, afinal, se eu fui em abril, como posso dizer quando é ‘melhor’ ir pra lá? Não acho que exista melhor ou pior, acho que existe preparação. Basta uma rápida busca no Google para saber sobre o clima do lugar, e então nivelar suas expectativas e preparar sua mala. Skye fica na Escócia, portanto a gente já sabe que o risco de fazer frio, chover e ventar até mesmo nos meses de verão é muito alto. Fui em abril e ainda pegamos um pouco de neve no primeiro dia (as montanhas estavam com os topos todos nevados), muito frio e vento. Mas a gente estava vestido de acordo e isso não atrapalhou. Nos outros dias o tempo foi melhorando, chegamos a pegar sol e deixar o casaco impermeável na mochila. 

Se você também vai fazer trilha, tem que ter muito cuidado não apenas com a roupa e equipamento, mas com a sua segurança como um todo. No inverno anoitece muito cedo, então não dá pra fazer trilha longa e arriscar voltar no escuro ou nem achar o caminho de volta. Considere que tipo de viagem você quer fazer. A melhor época de qualquer destino é a época que você está curtindo de acordo com as suas expectativas! 

Quanto tempo ficar?

De novo, uma pergunta impossível de responder precisamente. Eu te devolvo com outra pergunta: quanto tempo você tem? Nivele suas expectativas novamente! Você só vai passar um dia lá? Então saiba que será impossível contornar a ilha (que é super recortada), melhor concentrar em uma região só (a mesma coisa para dois ou três dias). Eu fiquei cinco dias e ainda assim deixei toda uma parte da ilha de fora. Simplesmente não deu tempo. Eu preferi aproveitar bem o que estava ao meu alcance. Meu roteiro resumido foi assim:

• Dia 1: chegada em Inverness, dirigir até Skye, check in no B&B, jantar em Portree
• Dia 2: trilha de manhã, trilha a tarde, volta para o hotel para descansar, sair para jantar
• Dia 3: trilha de manhã, trilha a tarde, volta para o hotel para descansar, sair para jantar
• Dia 4: visita a destilaria (Talisker), trilhas, volta para o hotel para descansar, sair para jantar
• Dia 5: check out do hotel, dirigir de volta para Inverness (com parada no catelo Eilean Donan), volta para Londres

Quero mais uma vez enfatizar que pra mim o segredo de uma viagem bem sucedida é nivelar suas expectativas. Aconselho fortemente ler esse post que escrevi sobre a gente estar sempre frustrado porque deixou de conhecer um lugar em vez de estarmos felizes porque conhecemos tantos outros. Na Isle of Skye isso é ainda mais forte. Por ser uma ilha, a gente fica achando que dá pra ver muita coisa, sendo que não é bem assim. A ilha é imensa, bem recortada e com muita coisa pra ver. Se você tem uma viagem programada para as Highlands, não vá até lá apenas para falar que foi. Você corre o risco do que eu gosto de chamar ‘frustração viajística ao quadrado’: não apenas não vai ver quase nada do destino que foi visitar (por exemplo, você vai até Portree, não vai achar nada de mais, e terá impressão de que a Isle of Skye não tem nada pra ver), como vai perder a oportunidade de ter passado um dia conhecendo mais a fundo um lugar muito mais perto de onde você está baseado. É o tipo de resposta que eu dou pra quem quer fazer bate e volta de Paris a Londres ou vice versa. 

Skye é maravilhosa? É! É mágica, é remota, é realmente especial. Dê para essa ilha o tempo e a atenção que ela merece! E se vista de acordo ; ) depois não diz que eu não avisei! 

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O post Isle of Skye: dicas práticas apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Encontrar boa hospedagem na Isle of Skye não é fácil, pois a ilha começa a ficar cada vez mais conhecida e não tem infra estrutura de grandes capitais. Não há hoteis grandiosos, e os B&Bs tem poucos quartos, reservados com meses de antecedência. Então quando coloquei meus filtros pra buscar o que eu queria, não demorei muito para encontrar o The Sabhal. 

Esse B&B fica em Skeabost, um vilarejo a 15 minutos (de carro) da maior cidade da ilha, Portree. Localização central, e muita tranquilidade. O The Sabhal tem apenas 2 quartos, construídos em um galpão reformado que fica na parte de trás da casa dos donos (mas tem entrada independente). O quarto é super espaçoso e muito bem decorado. Cada quarto tem uma mini cozinha com geladeira e pia, e é ali que a gente tomava café da manhã. Toda dia, a Rachel (dona) deixa pães, queijos, frios, frutas, geléias e cereais. É muito bem servido (tanto que sobrava pra gente levar para as trilhas e até pra fazer um lanche a tarde, quando voltávamos) e muito prático. O banheiro também é grande e muito limpo (e eu sou a chata da limpeza em banheiros de hotel).

Fomos muito bem recepcionados pela Rachel (e seu cachorro querido, Glen), que é australiana e toca o B&B além de cuidar do sítio (eles tem vacas, carneiros e galinhas) e cuidar de 4 filhos. Eu sou do time de pessoas que não pensam na hospedagem apenas como um lugar para dormir e tomar banho. Eu gosto sim de decoração bem feita, limpexa, conforto e comodidade. Gosto de privacidade, silêncio, wifi e televisão a cabo. E lá no The Sabhal, nesse lugar tão tranquilo, encontrei tudo isso. 

Eu infelizmente esqueci de tirar fotos da parte externa e do banheiro (mas tudo que está no booking.com ou em outros sites de reserva mostra direitinho, já conferi) Pagamos cerca de £110 a diária, e fiz a reserva pelo booking.com. Assim como me apaixonei pela Isle of Skye, me apaixonei por esse B&B cuidado e gerenciado com tanto carinho. Quem tiver a oportunidade de ir pra lá, pode reservar de olhos fechados! 

Ah, e pra quem curte se hospedar em B&Bs, recomendo ler esse post aqui! 

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Onde ir

Edimburgo

• Edimburgo com crianças
• 10 Coisas para Fazer em Edimburgo
• Edimburgo do alto: Calton Hill
• De Edimburgo a St. Andrews
• Restaurantes testados e aprovados em Edimburgo
• De Londres a Edimburgo de trem

Inverness e Lago Ness

• Passeio de barco pelo Lago Ness – procurando Nessie na Escócia
• Lago Ness e Inverness: um fim de semana nas Highlands escocesas

Fort William, Glen Coe, Ben Nevis

• Fort William: a capital outdoor do Reino Unido
• Highlands escocesas: 4 rotas cênicas
• Ben Nevis: no topo do Reino Unido
• Glenfinnan Viaduct: a ponte do Harry Potter nas Highlands escocesas

Hospedagem

• The Balmoral na Escócia: o hotel onde J.K.Rowling escreveu o final de Harry Potter
• 5 motivos para ficar em um B&B no interior da Grã Bretanha
• Myrtle Bank Guest House: hospedagem em Fort William
• Motel One: hospedagem BBB na Europa

Outros posts sobre a a Escócia

• Viajando com amigos
• Por onde andei em 2012
• Atrações em Londres e Grã Bretanha: compre aqui o ingresso

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A viagem à Escócia não estava programada. Porém, como canta o artista panamenho Ruben Bláde “La vida te da sorpresas, sorpresas te da la vida”. Embarcando para a Itália, o voo acabou lotando, tive que escolher um outro lugar para ir e de lá prosseguir para o meu destino final. Olhei no painel da empresa aérea e, entre vários voos para a Europa, resolvi que a cidade escolhida seria Edinburgh ( Edimburgo), na Escócia. Já tinha visitado o país durante uma viagem escolar no verão quando era criança e estava super ansioso em regressar agora na idade adulta.

Assim que cheguei, reservei um almoço no restaurante Hadrian’s Bar Brasserie no hotel The Balmoral, um dos mais tradicionais hotéis da cidade. Localizado no número 1 da Princes Street, foi inagurado em 1902. Com 168 quartos e 20 suítes, o hotel é sofisticado ao extremo. Fazendo parte do grupo hoteleiro Rocco Forte Hotels, o hotel The Balmoral teve o privilégio de ter sido decorado pela famosa designer de interiores italiana Olga Polizzi, que tornou o estabelecimento em um lugar aconchegante, luxuoso e elegante, porém sem exageros.

The Balmoral é homônimo do castelo de Balmoral onde a rainha Elizabeth II costuma passar as férias de verão. A cunho de curiosidade, para quem assistiu o filme “The Queen”, foi ali onde ela ficou sabendo da morte de Lady Diana pelo ex-primeiro ministro Tony Blair.

Hadrian’s Bar Brasserie

O restaurante é pilotado pelo chefe de cozinha Jeff Bland que tem uma estrela Michelin há 14 anos. Chefe Bland utiliza somente produtos sazonais e orgânicos nos saborosos pratos de sua criação. O nome Hadrian é uma homenagem ao imperador romano Adriano, que construiu um enorme muro para proteger a assim chamada Britannia dos invasores do norte. Tão logo me sentei, pedi um Kir Royal como aperitivo enquanto esperava o menu. Como estava na Escócia, sabia que teria que escolher um prato de frutos do mar e assim foi a escolha. Pertinho de mim havia um carrinho com algo que amo de paixão, salmão escocês. Pedi como entrada o salmão que veio acompanhado de guarnições como alcaparras, cebolinha picada, limão e um molho de mostarda. Nunca tinha comido algo igual ou tão saboroso. Defumado no próprio hotel e marinado no whisky, o salmão não é gorduroso e é levemente adocicado. Para acompanhar, pão de centeio orgânico, manteiga e molho pesto. Como prato principal, optei pelo robalo com mexilhões e camarões que estava divino.

Para finalizar a refeição, escolhi uma sobremesa que semprei amei, o pudim de Natal. Feito com frutas cristalizadas, rum e creme de baunilha, essa sobremesa é servida quente e é típica do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

The Whisky Ambassador

O hotel The Balmoral tem um bar exclusivo dedicado aos apaixonados dessa bebida tão famosa mundialmente. O verdadeiro whisky escocês é, obviamente, feito na Escócia e precisa ser envelhecido em barris de carvalho pelo menos durante três anos. A bebida é dividida em cinco categorias bem distintas: Single malt, single grain, blended malt, blended e blended grain. Geralmente, o melhor whisky é o “single malt”, que é feito de um só tipo de malte sem ser misturado com qualquer outro malte ou outro tipo de grão como, por exemplo, a cevada. O hotel The Balmoral tem os “Whisky Ambassadors”, que dão aulas para os que estiverem interessados na bebida. O próprio hotel tem mais de 500 rótulos de whisky single malt e os “Ambassadors” usam o kilt, uma espécie de saia quadriculada, o “tartan”, que é uma lã típica da Escócia.

Harry Potter

A convite do hotel fui conhecer a suíte J. K. Rowling. A suíte é linda com banheiro em mármore de Carrara, uma enorme sala de estar e o quarto principal com todas as amenidades para o hóspede mais que exigente.

Na sala, existe um quadro assinado pela escritora J. K. Rowling e um busto do deus grego Hermes em mármore. 

A escultura também tem a assinatura dela mencionando que se hospedou naquela suíte enquanto terminava de escrever o livro “Deathly Hallows” (Harry Potter e as Relíquias da Morte) em 2007. Vou ser sincero, assisti só alguns filmes e não li todos os livros.

Sei que existem clubes e pessoas fanáticas pelos livros dela e que sabem contar tudo e mais um pouco sobre cada personagem, mas posso dizer que ter passado uma tarde na suíte onde a própria J. K.Rowling se hospedou durante três meses foi uma grande surpresa.

Poder estar sentado no mesmo lugar onde ela tinha escrito o livro foi uma emoção tão grande que não tinha como conter tamanha alegria. Foram várias emoções ao mesmo tempo. Não sei se foi a própria surpresa de estar ali e compartilhar a mesma escrivaninha onde ela terminou a obra famosa mundialmente ou a lembrança dos momentos em que passei escrevendo as inúmeras matérias sobre as minhas viagens ou ainda as noites passadas escrevendo textos na época da faculdade. Só sei dizer que não vou me esquecer nunca desse dia maravilhoso no hotel The Balmoral.

Enfim, foi uma grande surpresa poder ter tido a oportunidade de vivenciar uma experiência magnífica no hotel The Balmoral. Temos que estar preparados para o que a vida nos reserva, sejam esses momentos bons ou ruins e aproveitar cada minuto como se fosse o último. E como diz o canção “La vida te da sorpresas, sorpresas te da la vida”,

Informações Úteis

The Balmoral Hotel

Endereço: 1 Princes Street,  Edimburgo, Reino Unido

Website: www.roccofortehotels.com

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O post The Balmoral na Escócia: o hotel onde J.K.Rowling escreveu o final de Harry Potter apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Acreditando ou não nas histórias, o mistério traz muita gente para visitar Inverness e se divertir com as histórias de aparições.  Nós Fizemos o tour com o Loch Ness by Jacobite, com saída do Clansman Harbour.

Esse tour  leva em torno de 2 horas e acabei fazendo duas vezes, porque nossa festa de encerramento do Summit também foi lá. O primeiro teve uma parada de uma hora no Uqhart Castle e o segundo deu só uma voltinha perto dele e voltou.

O barco tem dois andares e  tem áreas fechadas com aquecimento, mas aconselho se vestir em camadas, porque no lago tem um ventinho gelado constante. 

No andar de baixo um bar com bebidas e comidinhas leves e a cabine fechada e no andar de cima uma área aberta para quem quer aproveitar o passeio ao ar livre.

O tour começa pelo Caledonian Canal e depois entra efetivamente no Lago Ness.

Durante o nosso tour aprendemos que o lago Ness é o segundo maior lago em profundidade na Escócia, chegando a 230 metros de profundidade e contém mais água doce que todos os lagos da Inglaterra e País de Gales combinados.

A paisagem nas margens do lago Ness é incrível, com vilarejos super fotogênicos.

Nosso barco fez uma parada para fotos no Urqhart Castle, que contarei em detalhes no próximo post sobre Inverness, mas aqui algumas fotos das ruínas do castelo visto do barco.

O monstrinho não apareceu, mas a gente se divertiu com o nosso guia, que é uma celebridade local, Willie Cameron, mais conhecido como Mr. Loch Ness.

Informações Úteis

Loch Ness by Jacobite

Website: https://www.jacobite.co.uk

Endereço: Dochgarroch Lock, Dochgarroch, Inverness, IV3 8JG

Existem algumas opções de tour:

Freedom Cruise and Tour – Sai do Clansman Harbour em um cruzeiro de 2 horas pra fazer a  Loch Ness experience e 1 hora para explorar o Urquhart Castle. Ele custa em torno de 21 libras esterlinas no preço de hoje.

Inspiration Cruise – Sai do Clansman Harbour em um cruzeiro de 1 horas pra fazer a  Loch Ness experience e ver o Urquhart Castle do barco. Esse tour custa em torno de 14 libras esterlinas no preço de hoje.

Sensation Cruise & Tour – saídas do centro de Inverness e dura 4 horas de ônibus e barco. Tour de ônibus, cruzeiro pelo lago Ness, visita ao Urquhart Castle e ao Loch Ness Exhibition Centre. Esse tour custa em torno de 33 libras esterlinas no preço de hoje.

Temptation Cruise & Tour – saídas do centro de Inverness e dura 2:30 horas de ônibus e barco. Tour de ônibus, cruzeiro pelo lago Ness, visita ao Urquhart Castle . Esse tour custa em torno de 26 libras esterlinas no preço de hoje.

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Porém, depois que comecei a viajar pelo interior da Inglaterra, País de Gales e Escócia, me dei conta que os Bed & Breakfast são as melhores opções. Em muitos vilarejos e cidades nem há hotéis tradicionais, muito menos hotéis boutique. Os B&Bs são parte vital do turismo na Grã Bretanha, e agora toda vez que planejo uma viagem por aqui já fico animada na hora de procurar um lugar pra ficar. A experiência de se hospedar em um B&B faz a viagem ficar ainda melhor, basta você ter paciência para pesquisar. Muitos não estão em sites como o booking.com, e é preciso buscar as reviews no TripAdvisor, entrar em contato pelo site do B&B e reservar direto com eles.

Eu acabei de retornar de mais uma viagem pelo interior da Inglaterra (região de Costwolds), e me hospedei no B&B The Old Station House, no vilarejo de Broadway. Enquanto estava lá, tive a ideia de escrever esse post como uma forma de agradecimento a todos os hosts dos B&Bs onde já me hospedei, que sempre foram tão hospitaleiros e queridos. Então, aqui estão meus 5 motivos para ficar em um B&B no interior da Grã Bretanha!

Café da manhã caseiro

Olha, eu poderia fazer um post com a título “1 motivo para ficar em um B&B no interior da Grã Bretanha”, e o motivo seria o café da manhã caseiro. Todo mundo curte quando o hotel oferece café da manhã né? Vamos combinar, é um dos grandes prazeres de viagem. E o melhor é descobrir que o café da manhã é maravilhoso! Quando você se hospedar em um B&B britânico, pode ter certeza de que esse será o ponto alto da estadia. Não é como em um hotel tradicional, onde tem um buffet e você se serve a vontade. Geralmente é servido o típico café da manhã da Grã Bretanha (pode ter alguma diferença dependendo de onde você está: Inglaterra, Escócia, País de Gales…), que tem ovos, bacon, linguiça, tomate ou pepino e cogumelos, mas você tem a opção de pedir omeletes ou ovos mexidos/fritos/pochê com torrada. E é sempre muito bem servido, pra você sair para desbravar o campo de barriga cheia!

Muitos dos B&Bs onde me hospedei também oferecem cereais, iogurtes e algumas frutas. E na maioria deles eu precisei avisar no dia anterior que horas desceria pro café da manhã, assim eles se organizam pra fazer tudo na hora, fresquinho.

Dicas dos hosts

Eu sei que muitos hotéis tem seviços ótimos de concierge que prestam todo tipo de serviço: organizam transfers, reservam restaurantes e providenciam ingressos para eventos. Mas quando você se hospeda em um B&B o seu concierge é o o dono ou dona do lugar! São as mesmas pessoas que receberam notificação da sua reserva, te receberam na chegada, te mostraram o quarto e te servirão café da manhã. São pessoas que você encontrará todos os dias enquanto estiver no B&B, pessoas que sabem seu nome e estão realmente interessadas em saber sobre a sua vida e a sua viagem. O B&B, na maioria dos casos, é também a casa deles. E o que eles mais querem é que você passe uma temporada incrível, que faça propaganda (como eu estou fazendo agora) e volte lá um dia. São pessoas que dedicam suas vidas ao negócio, e que sabem tudo da cidade/região/bairro onde você está hospedado.

Se você tem alguma dúvida sobre onde jantar, onde comprar ou o que fazer, seus hosts terão a solução! Pode ter certeza: todo dia de manhã, quando eles servirem seu café da manhã, vão te perguntar o que você fez no dia anterior e o que está planejando fazer naquele dia. E é dessa conversa matinal que surgem as melhores dicas! Isso sem contar o tanto de conhecimento histórico que eles tem do local, e você vai sair de lá sabendo muito mais do que quais são as melhores atrações.

Tamanho e conforto do quarto

Pelo mesmo preço que você paga em um B&B, você não consegue um quarto com o mesmo tamanho e conforto de um hotel na Grã Bretanha. Ou seja: se você estiver disposto a pagar um pouco a mais, consegue ficar em um B&B ainda mais bacana e com mais luxos. Como já falei antes, os B&Bs britânicos por fora nem parecem que são B&Bs: são casas bem conservadas, que por dentro foram reformadas para acomodar os quartos com banheiros.

E você tem mesmo a sensação de que está na casa de alguém, porque os quartos são sempre tão confortáveis, que parecem que foram personalizados pra você. E claro, a decoração reflete o gosto pessoal dos donos, então parece mesmo que você está hospedado na casa daquele amigo que tem um gosto decorativo totalmente diferente do seu, mas que você acaba achando legal porque mostra exatamente a personalidade dele!

Em vez do minimalismo dos hotéis, você encontrará detalhes fofos, como luminárias vintage, móveis reformados e cortinas pesadas. Mas isso sem deixar de lado a praticidade: muitas tomadas, ganhos para pendurar roupas e armários espaçosos.

Socializar com os outros hóspedes

Você invariavelmente irá encontrar com os outros hóspedes no café da manhã. E como a atmosfera é bem caseira, todo mundo acaba se cumprimentando, perguntando como foi o dia anterior, quais os planos para aquele dia, etc. São ótimas oportunidades de conhecer pessoas do mundo inteiro, que estão vivenciando o local de uma forma diferente da sua. Aproveite para pegar dicas, afinal a viagem da gente nunca é igual a dos outros.

A maioria dos B&Bs tem também uma área comum, uma salinha com sofás, revistas e as vezes até lareira. Como se fosse o lobby de um hotel, só que muitos mais amigável, sem aquele vai e vem doido de pessoas. É gostoso ficar por ali no fim do dia, ler um livro, e conversar com outros hóspedes que usam o espaço também.

Mimos que não tem em hotel

Existe algo mais caro do que as bebidinhas de comidinhas do frigobar do hotel? Dá até medo de olhar. Raramente os hotéis dão alguma cortesia para os hóspedes, nem mesmo água. Mas em B&B, pelo menos na Grã Bretanha, é bem diferente. Além de café e chá a vontade no quarto, eles geralmente disponibilizam garrafinhas de água (isso porque na Grã Bretanha você pode tomar água da torneira), e se você der sorte ganha até biscoitinhos e salgadinhos!

E pode ter certeza de que se você consumir, eles irão repor no dia seguinte. Muitos B&Bs oferecem uma fatia de bolo na sua chegada. Assim que é bom né?

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Edimburgo é uma cidade pela qual é impossível não se apaixonar. Arquitetura genuína, atrações para todos os estilos e gostos e os escoceses esbanjam simpatia. Conhecer a capital da Escócia é algo inesquecível .

Foi assim durante a nossa viagem em família para Edimburgo. Apreciamos cada canto daquela cidade com seus autênticos prédios assimétricos e de cor escura, que parecem ter saído de um cenário de Game of Thrones. Nem a chuva de quase todos os dias foi empecilho para os passeios incríveis que fizemos por lá. Mas essa viagem teria sido ainda mais perfeita se soubéssemos de algumas leis “estranhas” da Escócia. Detalhes quem atingem principalmente quem viaja com crianças.

Edimburgo com crianças: dicas para você não ser pego de surpresa!

1- Eu queria fazer um bate volta de Edimburgo para as Highlands e Lago Ness, mas não foi possível. Primeiro porque, pela lei escosesa, é proibido levar crianças menores de 5 anos em excursões de ônibus de longa distância. A lei é estranha mas não é só isso. Para fazer um tour de um dia para o Lago Ness são 12 horas de viagem, o que é impensável com uma criança pequena. Acho que para quem não abre mão desse passeio a melhor opção seria alugar um carro. Acabamos desistindo dessa aventura e passamos mais dias aproveitando todas as atrações de Edimburgo mesmo.

Leia também: passeio bate e volta de Edimburgo para St Andrews

2- Na Escócia é proibido a entrada de menores, mesmo que acompanhados com os pais, em pubs, bares e até mesmo em alguns restaurantes, a partir das 20h. Alguns desses estabelecimentos têm a permissão para receber famílias com crianças, mas pode ser que eles te peçam para ir embora antes das 21h. Mas nem tudo está perdido, quando você está no restaurante os garçons vão fazer o possível para tornar sua experiência agradável. Simpatia é a palavra de ordem nessa cidade. Quase todos os restaurantes que visitamos disponibilizavam brinquedos para a crianças, como um bloquinho para colorir ou adesivos. Achei isso muito bacana!

3- A cidade é toda montanhosa, por isso, se a criança ainda usar carrinho a melhor opção é comprarem os passes do ônibus turístico tipo “hop on hop off”. Eles passam em frente a todos as atrações e têm espaço para colocar o carrinho.

4- A famosa atração Arthur’s Seat (para ver a cidade do alto) não é viável para quem está com carrinho de bebê. Achei válido mencionar esse detalhe pois quase todos os blogs que eu consultei durante a programação da nossa viagem diziam que essa era uma atração imperdível em Edimburgo. Mas que não é possível visitar para quem está com criança pequena.

5 – O National Museum of Scotland é uma atração imperdível para famílias. O local é enorme e conta a história da Terra em diversas áreas: natureza, cultura, música.. E é do tipo de museu que as crianças podem mexer nos objetos. Com certeza vai ser um momento bem interessante para toda a família. Criança ocupada, pais felizes! Além disso, a entrada é gratuita.

6- A Camera Obscura, uma galeria com experiências de ilusão de ótica, é outra atração super recomendada para famílias. São 5 andares com diversos temas: labirinto de espelhos, andar dentro de um cilindro e muito mais… Sem contar a vista incrível para Edimburgo. Adoramos!

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A Gisele mora em Estocolmo e é autora do blog Viajar Pela Europa. Ela está também no Facebook, Instagram, YouTube e Snapchat (gi-vpeuropa). Todas as fotos desse post foram cedidas por ela. Obrigada Gi por dar essas dicas ótimas e ajudar os leitores do blog!

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O melhor é que, em boa parte dessas rotas cênicas nas Highlands escocesas, existem lugares para parar o carro (não necessariamente estacionamentos, mas uma espécie de ‘alargamento’ mesmo, uma coisa meio improvisada), então dá pra apreciar com calma, sem aquela nóia de ter que prestar atenção na estrada ao mesmo tempo que olha a paisagem.

Dicas para dirigir nas Highlands escocesas:

• Não se esqueça de na Escócia você dirige na mão inglesa! Ou seja, não apenas o motorista senta do lado contrário (e com a marca a sua esquerda) mas também você fica ‘do lado errado’ na estrada, sempre na esquerda. Isso pode ficar um pouco confuso quando não tem nenhum carro na sua frente.
• Mesmo as estradas principais e movimentadas nas Highlands escocesas tem seções estreitas de mão dupla. Vá devagar e assim que você avistar um carro vindo do outro lado, diminua a velocidade. Geralmente existem pontos de ultrapassagem ao longo dessas seções estreitas, então quem estiver mais perto de um desses pontos tem que parar e deixar o outro passar.
• Cuidado com os animais! Bois, vacas e carneiros pastam livremente em campos na beira da estrada
• Não é porque você está em um lugar maravilhoso e tranquilo que vai baixar a guarda. Não deixe nada de valor dentro do carro quando estacionar para ir fazer alguma trilha. Essa região é muito visitada por turistas, e consequentemente, visada. Não se iluda, crimes acontecem nos lugares mais remotos do mundo.
• Não se esqueça do GPS, mas também tenha um mapa tradicional da região, impresso, em mãos. Eu recomendo os mapas da Ordnance Survey, que estão a venda online e também em livrarias por todo o Reino Unido. É possível comprar mapa de regiões específicas, como as Highlands escocesas
• Leve dinheiro (notas e moedas). Pequenos cafés e restaurantes em vilarejos na beira da estrada podem não aceitar cartão. E em alguns lugares é preciso pagar para usar banheiro.

A82: de Glasgow a Inverness

Essa estrada costuma aparecer em 9 entre 10 listas do tipo ‘as estradas mais lindas do mundo’. Pra quem vai dirigindo desde a Inglaterra até as Highlands escocesas, vai passar por ela. A A82 começa em Glasgow, beira o famoso Loch Lomond, dá acesso ao Glen Coe, passa ao lado de montanhas (como o Ben Nevis) e cidades (como Fort William) e vai até Inverness (passando pelo Lago Ness!). Ela tem no total 268.8 km.

É realmente um espetáculo. Na ida, nós passamos por ela a noite, estava escuro e não vimos nada. Na volta, como saímos de Fort William às 5 da manhã, tivemos uma experiência quase surreal. A estrada toda vazia, a neblina tocando o chão, a gente conseguia ver a camada de neblina do nosso lado. Foi emocionante. A gente nem chegou a tirar foto de tão embasbacados, mas eu não sei se a foto conseguiria capturar toda aquela perfeição.

Eu peguei essas imagens do Google Street View, que mapeou o lugar em um dia de sol, bem diferente do que pegamos. Dá pra ter uma ideia de como a paisagem é rica, de lotar qualquer cartão de memória da máquina fotográfica!

A861: beirando Lochs e vilarejos

Essa rodovia é circular e vai passando por vários vilarejos e lagos. Ela tem 110km no total, mas seu começo e fim estão a apenas 23 km de distância! Nós decidimos fazer seu contorno depois de passarmos pelo Viaduto de Glenfinnan, já que o começo/fim é logo ali.

Ela tem diversos pontos de parada, e é incrível como a paisagem muda ao longo da estrada. Você verá muitos carneiros, bois e cavalos, e passará por vilarejos minúsculos! Levamos umas 4 horas para dar a volta inteira, porque paramos muito. A melhor parte foi ver o Ben Nevis e também Fort William, já que no fim (se você faz o sentido anti horário, se é no sentido horário seria no começo) você está do outro lado do Loch Linnhe. Dá pra ver a cidade inteira, é bem bacana.

Na A861 começam algumas trilhas curtas. É só parar o carro e fazer a caminhada. Essas trilhas estão bem sinalizadas, e são muito fáceis, não é preciso equipamento especial ou nada do tipo.

B863: contorno do Loch Leven

Essa é uma rota curta (25.6km), que dá pra fazer no mesmo dia de algum outro passeio (como a estrada a seguir, a C1162). Ela contorna o Loch Leven, e começa no vilarejo de Glencoe (aliás, antes de fazer a roadtrip na B863, recomendo parar o carro no estacionamento logo na entrada do vilarejo e tomar um café da manhã no Glencoe Cafe).

Você terá uma vista linda não apenas do lago mas também das montanhas da região. Pare em todo oportunidade que tiver!

A B863, como falei antes, começa no vilarejo de Glencoe, a partir da A82. Depois de fazer a volta nessa estrada, pegue a A82 novamente e vá até o pub Clachaig Inn, que está alguns quilômetros para frente, perto do vale Glencoe (coloque o CEP no gps: PH49 4HX). Esse pub não apenas serve comida muito boa, mas também está num lugar lindo, de onde se tem uma vista fantástica das montanhas.

C1162: Glen Nevis

A C1162 tem apenas 10.5km e é conhecida como ‘Glen Nevis Road’, pois ela passa pelo vale ao lado do Ben Nevis e vai margeando o Rio Nevis. Ela é uma ‘estrada sem saída’ e termina num estacionamento (começa em Fort William). Portanto, você volta exatamente pelo mesmo caminho. Pra quem vai subir o Ben Nevis pela Mountain Track (como nós fizemos), é nela que fica o estacionamento. Então, é só seguir em frente, muito fácil.

Claro que o melhor dessa rota cênica é poder ver o Ben Nevis, e pra quem fez a trilha da subida, conseguir avistar exatamente o caminho e ter uma noção melhor do esforço feito!

Existe uma trilha paralela a estrada, então dá pra usar o estacionamento e fazer todo esse trajeto caminhando. Aliás, no estacionamento da ponta final, começa a trilha para ver a Steal Falls (cachoeira).

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Fort William fica literalmente na base do Ben Nevis e na beira do Loch Linnhe, o que resume bem a região das Highlands. A cidade recebe turistas o ano todo, pois o inverno não afasta os aventureiros (nós mesmos estivemos lá no fim de março e havia muita neve na subida do Ben Nevis). Então, apesar de pequena, ela atende bem os turistas. Tem um monte de B&Bs, restaurantes e pubs, e também lojas que vendem equipamento para esportes outdoor.

Como chegar em Fort William

Mesmo que você vá até a Escócia de avião – utilizando os aeroportos de Glasgow, Edimburgo ou Inverness – vai ter que chegar em Fort William de carro, não tem outro jeito. Nós dirigimos de Londres a Fort William (uma viagem MUITO longa, que levou cerca de 12 horas), e você também pode ir de trem. O trem que conecta as duas cidades direto é um trem dormitório (Caledonian Sleeper), que deve ser uma experiência bem bacana, mas infelizmente é bem carinho (saiba mais aqui). Também dá pra ir fazendo algumas trocas em estações ao longo do caminho, mas fica tão cansativo que não vale a pena.

Minha conclusão é: vá de avião até algum aeroporto na Escócia e alugue um carro. Até porque, é ideal que você tenha carro para explorar as Highlands da melhor maneira possível. É super fácil estacionar o carro na cidade, e todos os B&Bs tem estacionamento também.

O que fazer em Fort William

A High Street é a rua principal, onde circulam apenas pedestres. Ali estão os restaurantes e pubs, e também as lojas de equipamentos esportivos e de souvenir. Você também encontra supermercado, farmácia e cafés. Para quem tiver um tempinho e quiser aprender mais sobre a história da região, pode visitar o West Highland Museum, que também está na redondezas da High Street.

Outra atividade bacana, pra quem quer ter a vista do alto mas não tem pique para subir montanha, é a Gondola. Praticamente um bondinho que te leva até o alto de uma montanha (Aonach Mor) perto do Ben Nevis. Fica nos arredores da cidade, a cerca de 10km do centro de Fort William, e, se o tempo está bom, funciona todos os dias. Saiba mais aqui.

Onde se hospedar em Fort William

Eu já contei do B&B onde ficamos em um outro post. Mas na mesma rua desse B&B ficam muitos outros, um do lado outro praticamente. E quase todos oferecem quartos com banheiro e café da manhã. Veja mais opções de hospedagem no booking.com e no site de turismo de Fort William. Outra opção, para os mais aventureiros, é ficar em um camping nas redondezas.

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