Aliás, nessa viagem eu usei muitas dicas dela, que já tinha feito essa viagem ao contrário algumas vezes e inclusive escreveu muitos posts aqui no blog sobre ela. E no Texas é claro, não tem recurso melhor que os posts da Lu. Veja posts do Texas no Aprendiz e posts do Texas no Colagem. Eu tive a sorte de tê-la como guia em Austin, então não podia ter sido melhor, mas na falta da guia, eu conto tudinho aqui pra vocês!

O mapa abaixo é o planejamento final da viagem, mas eu fiz duas pequenas modificações no que era a viagem original: A 1a parada que seria pra dormir em Pensacola na Flórida, foi apenas uma paradinha durante o dia e seguimos até New Orleans. E iríamos pra San Antonio no Texas na volta de Austin pra Houston, mas não aconteceu porque o meu filho menor quis ficar brincando com os filhos da Lu e eu deixei ele curtir. Serendipity(lembram que eu sempre falo isso!), deixar as coisas acontecerem! Estar aberto ao inusitado, ao inesperado e deixar espaço para mudanças de planos.

No total foram 2600 milhas ou 4184 km!!!! Mas fizemos a viagem bem divida e como éramos dois dirigindo não ficou cansativo pra ninguém. Fizemos vários vídeos ao vivo, sem edição, durante a viagem que estou colocando abaixo pra vocês verem como são as coisas na realidade!

Pensacola Beach, Florida – Dia 1

Distância– 450 Milhas de Orlando, FL

Tempo previsto –  6 horas e meia

Pensacola Beach era um destino que a gente queria muito ter explorado mais, no entanto descobrimos que os Blue Angels, grupo de aviação acrobática que tem sede na cidade, faria show naquela semana e a cidade estava lotada. Os preços de hotéis estavam proibitivos, então adiamos a saída de Orlando em um dia pra apenas fazer uma paradinha.

Os planos eram ter saído de Orlando bem cedinho, mas nosso cedinho foi 8 da manhã, então só chegaríamos lá no meio da tarde. No primeiro dia de viagem, como a gente está com “aquela” disposição, a gente dirigiu até lá com uma parada rápida para um lanche e abastecer na estrada. Quase desistimos de parar em Pensacola Beach porque pegamos muito tempo feio e chuva na estrada, mas como é verão e a gente sabe que as vezes essas chuvas são pontuais, resolvemos arriscar. Chegamos em Pensacola no comecinho da tarde e apesar do tempo um pouco nublado, conseguimos curtir a praia, que é quentinha e as águas são verdes e clarinhas! O Nick fez stand up paddle, tomamos banho de mar e até fizemos um vídeo bem bacana com o drone. Quero muito voltar a Pensacola para aproveitar mais da praia e da cidade que tem um monte de atrações bacanas.

New Orleans, Louisiana – Dias 1, 2 e 3

Distância– 200 Milhas de Pensacola Beach

Tempo previsto –  3 horas

Chegamos em New Orleans depois de um dia inteiro dirigindo e como eu já tinha vindo a cidade anteriormente, dessa vez o foco foi em fazer coisas com os meninos. Ficamos hospedados no hotel  Maison Dupuy, no French Quarter, pertinho de todo o burburinho da Royal e Bourbon St. Fizemos um tour a pé pelo French Quarter, almoçamos comidinhas tradicionais no Cafe Beignet na Bourbon St.

Visitamos o Audubon Aquarium, fizemos o tour do ônibus hop on hop off que passa por 16 atrações em Nova Orleans e paramos em algumas delas.

No fim de tarde fomos comer os famosos beignets no tradicional Café du Monde.

Aqui eu mostro pra vocês um pouquinho do hotel que a gente ficou:

Houston, Texas – Dias 3 e 4

Distância– 350 Milhas de New Orleans

Tempo previsto –  5:15 horas

Passamos parte do dia dirigindo e pegamos muito trânsito na chegada a Houston. Fizemos checkin no nosso hotel, o Hyatt Regency Galleria e fomos jantar no The Galleria Houston, um shopping center muito legal cheio de restaurantes bacanas. O D escolheu o Rain Forest e jantamos por lá. No dia seguinte nós fomos para Downtown Houston onde  visitamos alguns museus: Children’s Museum e Natural Science Museum, além do Hermann Park. De lá partimos para Austin, última parada nessa viagem antes de fazermos o caminho de volta.

Austin, Texas – Dias 4, 5,6 e 7

Distância– 160 Milhas de Houston

Tempo previsto –  2 horas e meia

Chegamos em Austin na sexta-feira a tarde e como ficamos na casa da Lu, aproveitamos para dar uma descansada porque as crianças queriam mesmo era brincar. Fui com a Lu conhecer um supermercado típico do Texas, o H.I.B. O que me impressionou foram as seções inteirinhas de comidinhas mexicanas!!! Tinha tortillas fresquinhas pra viagem!

No sábado de manhã fomos andar de kayak e stand up paddle no Town Lake com a Lu e a família. O nosso ponto de partida foi o Rowing Dock, foi muito divertido, apesar de eu ter saído de lá com o braço dolorido e eu fiz um live de dentro do kayak!!!

De lá a gente foi para o Zilker Park, onde fica Barton Springs, uma nascente de águas naturais e de águas geladinhas, que vira a piscina do pessoal no verão por aqui.

Aproveitamos para subir o drone e fazer umas imagens bacanas do alto num video ao vivo de Downtown Austin!

No dia seguinte, um domingo, nós fomos para uma outra piscina natural e fizemos um picnic por lá. Na volta de lá, passamos no Capitólio, um dos lugares mais icônicos da capital do Texas.

Esse restaurante fica num lugar que eu nunca imaginaria em Austin… uma encosta que tem vista para o lago Travis. Lindo demais asssitir o por do sol de lá!

Houston, Texas – Dias 7, 8, 9

Distância– 160 Milhas de Austin

Tempo previsto –  2 horas e meia

Chegamos em Houston já no fim da tarde, mas de novo pegamos muito trânsito pra chegar no hotel – Hyatt Regency Galleria, o mesmo da ida e acabamos indo só no The Galleria, o shopping que fica em frente ao hotel para jantar. Esse shopping é incrível e tem até pista de patinação no gelo.

No dia seguinte fomos para a NASA: Johnson Space Center que fica fora de Houston e era uma das coisas que mais queríamos fazer por aqui.

Biloxi, Mississippi – Dias 9 e 10

Distância– 450 Milhas

Tempo previsto –  6 horas e meia

Biloxi no Mississippi era um daqueles lugares que a gente nunca tinha ouvido falar, mas foi uma das melhores surpresas dessa viagem. Depois de viajar quase o dia todo, nos hospedamos no recém inaugurado Margaritaville, hotel do Jimmy Buffet que foi um dos preferidos do meu filho mais novo nessa viagem.

A razão era bem simples, o hotel tinha um mini parque aquático, que foi onde eles ficaram a maior da nossa curta estadia por lá.

Biloxi fica no golfo do México, mas se não tem as praias de águas cor de esmeralda, tem muito da hospitalidade do sul e cultura pra fazer a paradinha por aqui valer a pena. A cidade foi devastada pelo furacão Katrina e depois sofreu com o vazamento de óleo no golfo, mas está se reerguendo e tem muitos atrativos.

Panamá City Beach, Florida – Dias 10,11 e 12

Distância– 450 Milhas

Tempo previsto –  6 horas e meia

Panamá City Beach foi a cereja do bolo!!!! Que lugar lindo e a gente não queria ir embora. Além de curtir a praia maravilhosa, uma das coisas que mais gostamos de fazer por lá foi o passeio de barco para ver golfinhos. No vídeo abaixo vocês podem ver como foi, ao vivo!

Ficamos hospedados no Laketown Wharf Resort que é um complexo de apartamentos para temporada, super comum por aqui. No dia seguinte a nossa chegada, fomos ver o Gulf World que é o aquário local e passamos boa parte do dia curtindo a praia em diversos pontos. Uma delas foi essa perto do pier, que tem estacionamento gratuito e toda a estrutura de banheiros e etc.

A sobremesa de ontem estava pegando fogo!!! Já comi creme brulee umas 500 vezes, mas foi a primeira vez que vi assim, com foguinho na mesa (normalmente fazem com maçarico na cozinha antes de mandarem pra mesa). E estava maravilhoso! Provavelmente um dos top 3 que já comi na vida! Aliás o restaurante – Firefly @fireflypcb – foi um bela supresa. #horadodoce #instadessert #foodporn #instafood #instasweet #dessert #cremebrulee @visit_pcb

A video posted by Aprendiz De Viajante (@aprendizdeviajante_) on Jul 23, 2016 at 4:52am PDT

Amamos tanto Panamá City Beach que os meninos me fizeram prometer que a gente volta pra ficar pelo menos uma semana por aqui.

Considerações Finais

A viagem foi excelente e sem percalços e isso é uma das coisas que eu curto viajar por aqui, as estradas são seguras e bem cuidadas, por todo o caminho tem muitas opções legais de parada. Tem coisas diferentes, coisas familiares e é uma ótima maneira de passar um tempo com a família e conhecer um pouco mais dos Estados Unidos. Eu quero fazer variações desse roteiro, principalmente explorando e ficando mais dias nas praias da Costa Esmeralda(Pensacola, Panamá City Beach, Destin e Orange Beach). Quero também fazer uma nova roadtrip pelo Texas, mas voando até lá e alugando um carro para visitar mais cidades.

E aí? Você curte viajar de carro? O que achou do nosso itinerário?

Essa viagem teve o apoio de EasySim4U, Garota de Ipanema, New Orleans CVB, Visit Houston, Hyatt Regency, Visit MS Gulf Coast, Visit Panamá City Beach. As opiniões aqui publicadas são exclusivamente minhas.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Roteiro de 12 Dias de Carro de Orlando a Austin no Texas apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Contando um pouco sobre o festival: o Austin City Limits Music Festival (ACL Fest) existe desde 2002, foi criado pela empresa que produzia o show de TV com o mesmo nome (e são os mesmos produtores do Lollapalooza). Mas esse foi apenas o segundo ano que o festival foi dividido em 2 finais de semana. O público de cada dia fica em torno de 75 mil pessoas, que se dividem entre 8 palcos no Zilker Park em downtown. São vários estilos musicais: rock, indie, country, folk, música eletrônica e hip hop, a música eletrônica vem ganhando espaço na programação. Os shows começam de manhã lá pelas 11h e terminam um pouco depois de 22h, esse ano foram 130 bandas, um pouco mais de 40 apresentações por dia. As bandas que tocam no primeiro final de semana são quase todas as mesmas que tocam no segundo também, algumas poucas tocam 1 final de semana só.

Como já falei no post sobre Austin, outubro é uma das melhores épocas do ano pra visitar a cidade. O clima é uma delícia, costuma ter muitos dias de sol com temperaturas perto de 28-30 graus, bem diferente do verão escaldante que temos por aqui (quando a temperatura fica rondando os 40 graus constantemente). Esse ano o dia de abertura do ACL (como todo mundo chama o festival, pra ficar mais fácil) foi um dia perfeito de outono no Texas, de céu azul sem nuvens, 31 graus, uma brisa leve, não tinha como ficar melhor.

Eu fui no primeiro final de semana do ACL Fest 2014, que foi nos dias 3, 4 e 5 de outubro. Os principais shows eram: Beck e Outkast na sexta, Eminem e Skrillex no sábado e Pearl Jam e Calvin Harris no domingo. Acabei indo na sexta e no domingo, não fui no sábado. Uma pena que não pude ir, porque queria ver o Eminem e falaram que foi um dos melhores shows do festival. Dos principais assisti Outkast e Pearl Jam, foram bem legais. Você pode ver a programação dos shows toda aqui, se estiver curioso. As datas pro festival de 2015 já foram anunciadas: de 2 a 4 e de 9 a 11 de outubro de 2015. Pedi também pras minhas amigas que foram no segundo final de semana do festival darem as suas opiniões também.

Com 8 palcos e shows ao mesmo tempo em uma área ao ar livre, uma das coisas que me perguntaram foi se o som de um palco não “vaza” pro outro, já que tem vários shows rolando ao mesmo tempo. Depende de onde você está. Se você estiver bem no meio de dois palcos com shows rolando, vai ouvir um pouco de cada sim. Mas chegando bem perto de um palco não escuta nada do outro não. Eu não ficava muito perto dos palcos porque não queria entrar na muvuca, mas mesmo assim ficava perto o suficiente pra não ter esse problema de interferência. Mas li que alguns shows que ficaram muito cheios acabaram tendo esse problema, porque a aglomeração de gente em frente a um palco foi tão grande que o pessoal que estava mais atrás já estava longe demais. Os palcos principais, Samsung Galaxy e Honda, ficavam diametralmente opostos, e os shows que encerravam as noites eram nesses palcos.

Não sei se é porque eu não tenho mais 18 anos de idade ou porque eu nunca tinha ido a um festival de música desse tipo nos EUA, mas achei o público um pouco calmo demais de um modo geral. Nos festivais que eu frequentava no Brasil desse tipo o pessoal pulava e dançava até dizer chega, aqui o pessoal me pareceu menos animado, muita gente sentada em cadeiras ou no chão. Assisti vários shows e acho que o único que eu vi o pessoal dançando mais foi o do Outkast, mas nada comparado a animação dos shows no Brasil.

As bandeiras pra todo lado me chamaram a atenção: de todos os tipos, algumas engraçadinhas, outras com times (de futebol americano da Universidade do Texas era a mais popular), outras eram apenas estandartes com bonecos e outras invenções penduradas. Perguntei pra algumas pessoas o objetivo das bandeiras, e me falaram que era pra ficar mais fácil de encontrar os amigos.

Uma das coisas que eu gostei muito foi da comida: algumas dezenas de barracas contando com alguns dos nomes mais famosos da cidade estavam lá. Salt Lick, Chilantro, East Side King, Amy’s Ice Cream, P Terry’s, Torchy Tacos, dava pra fazer um tour gastronômico de Austin ali mesmo. Eu comi no Torchy Tacos, East Side King e P Terry’s, o P Terry’s me decepcionou (o hamburguer deles fora do ACL é bem melhor) mas o East Side King e o Torchy Tacos estavam com a qualidade de sempre. O Chilantro mais uma vez eu não experimentei, a fila do ACL fazia jus a fila normal deles – gigante. A maioria das comidinhas ficava em torno de $6-$9 dólares a porção, algumas coisas menores (sobremesas por exemplo) eram menos que isso. A minha amiga Juliana Peclat, que foi no segundo final de semana do festival, adorou os nachos do Salt Lick – que é o churrasco mais famoso da cidade.

Pra acompanhar as opções gastronômicas nota 10, um galpão imenso de bebidas com nem sei quantas torneiras de chopp tinha dezenas de opções de cervejas (e bebidas não alcóolicas também, como água de coco por exemplo). As cervejas eram todas $8 e as bebidas não-alcóolicas, $4. Eu provei uma UFO, que tinha um toque de laranja, pra refrescar. Aprovada. As filas eram grandes, mas nada insuportável, andavam rapidinho. Engraçado que nesse galpão tinham dois telões passando jogos de futebol americano e baseball, e volta e meia vinha uma gritaria de lá, o pessoal torcendo um pouco pros seus times entre um show e outro. Outras tendas vendiam bebidas também, mas essa era a que tinha as cervejas artesanais.

A maior dificuldade pra quem vai ao ACL é chegar lá. A Barton Springs Road, que é a rua onde fica a entrada do Zilker Park fica fechada no trecho do parque, somente pedestres podem passar por ali. Pra quem está hospedado em downtown, dependendo do lugar o melhor jeito é ir andando, ou então pegar um táxi até o mais perto do cruzamento da Lamar com a Barton Springs e depois ir andando. Pra quem está fora de downtown e precisa chegar até o centro da cidade de carro, tem várias garagens espalhadas pela área onde você pode estacionar e ir andando (bastante) depois. Uma garagem tem o serviço de shuttle (ônibus) que leva até bem pertinho do festival. Como eu moro em Austin, acabei pedindo pro meu marido me levar de carro até bem perto do Zilker e depois fui andando. É perfeitamente seguro e tranquilo de andar até o parque, eu estava sozinha andando de noite mas tem muito movimento e policiamento, além de Austin ser uma cidade bem tranquila e de pouco crime. Um outro jeito bacana de ir é alugar uma bicicleta. O estacionamento de bicicletas gigantesco bem na entrada do festival mostrava bem como essa é uma opção popular

Falando de segurança, o festival é tranquilíssimo nesse aspecto. Tem uma revista básica de bolsas na entrada, câmeras com jeito de profissional não são permitidas, mas é tudo bem relax – que é o jeito de Austin. O pessoal leva cadeiras, bandeiras, mantas de picnic, e até crianças e bebês (tem até uma área infantil pras crianças brincarem). Eu conversei com uma família que estava lá com a filha de 3 anos e uma outra bebê de 7 meses, eles falaram que é o segundo ano que vão ao ACL e a filha mais velha adora. Mesmo assim famílias com crianças são minoria – o público é jovem e não poderia ser diferente, com o maior campus da Universidade do Texas que fica em downtown. Não vi nenhuma briga, vi poucas pessoas bêbadas (também, uma cerveja custa $8 dólares) e no show do Pearl Jam o vocalista estava dizendo que o pessoal da segurança falou que eles podiam ter ido pra casa, porque não teve nenhum incidente no primeiro final de semana do festival. Paz e amor.

A Raíssa Carey, minha amiga que foi no segundo final de semana do ACL e já cobriu shows no Brasil: “Eu fui a vários festivais no Brasil inclusive Rock in Rio, achei que aqui a diferença é mais cultural. Não tem briga, vandalismo, todo mundo aproveitando e sendo super da paz. Tem criança e neném aqui o que no Brasil nunca vi. Mas a organização acho que é comparavel. Rock in Rio que fui em 2000 foi comparável. A diferença grotesca é a questão do transporte e acesso para o local do show”. A Juliana Peclat, outra amiga que foi ano passado e de novo esse ano, fala sobre a experiência com as crianças: “Ano passado levei meus filhos, mas esse ano estava bem mais cheio e acho que não daria pra levar. O ano passado, dava para as crianças brincarem, esse ano teriam que ficar grudadas em mim, para não se perderem. Rola muita maconha também, com as crianças teria que ficar mais afastado”.

Na parte tecnológica da coisa, uma coisa legal que eles fizeram foi o ACL Cashless, o ingresso é uma pulseira que tem um chip e você podia se cadastrar pra pagar as suas compras lá dentro com o chip, assim não precisava ficar com dinheiro, era só passar o chip e pronto. Não cheguei a fazer isso, mas achei a ideia bem prática. As pulseiras não saem do pulso: colocou no primeiro dia, só tira no último, porque vai ter que cortar. Uma app do festival tem toda a programação, com os shows, informações sobre os artistas, palcos, horários, pra você ir consultando enquanto está lá. Uma parceria com a app Uber, onde você pede um transporte e a app acha um motorista pra te levar, fez o maior sucesso durante o festival – o serviço é pago mas eles deram um crédito de $30 pra todos os novos usuários durante o ACL. A prefeitura de Austin que era contra o serviço autorizou a sua operação um pouco antes do festival. Um problema foi o sinal de celular: péssimo. Ficava 1 barra ou sem sinal boa parte do tempo.

Fala a Raíssa novamente, que usou o Uber: “Usei o uber e achei sensacional, quero me cadastrar e ir um dia downtown ser taxista por um dia Eles (Uber) foram muito inteligentes, pegaram milhares de emails e deram uma super oferta de 30 dolares. O nosso “motorista” estava lá pela primeira vez e era uma aposta com os colegas quem ia arrecadar mais dinheiro, pra doar pra uma causa de proteção aos animais depois”.

Os banheiros eram todos do tipo “portáteis” e pelo que eu vi atenderam a demanda, não tinham filas gigantes. Na sexta-feira, que foi o primeiro dia, o cheiro não estava ruim. No domingo já estavam fedendo de longe…outro problema era a falta de iluminação nessa área, muito escura.

Os ingressos são vendidos com quase um ano de antecedência: os ingressos “early bird” para 2015 começam a ser vendidos agora dia 21 de outubro de 2014. Os ingressos com preço normal são colocados a venda na primavera e perto da data do festival você não encontra mais nada – tudo vendido. Então pra quem se animar de vir pro ACL de 2015, já coloque no calendário que tem que comprar os seus ingressos dia 21 de outubro ou então na primavera do ano que vem. Os preços dos ingressos não são uma pechincha mas também não é nada que assuste: um ingresso pro primeiro final de semana de 2015 por exemplo vai custar $225 (early bird) ou $250 (preço normal) dólares por pessoa. Mas se você contar que com esse valor assiste 40 shows por dia x 3, eu acho que deve ser um dos melhores custo x benefício de shows de música por aí.

Se animou? Então veja outros motivos pra visitar Austin (e o Texas) nos nossos posts aqui no Aprendiz de Viajante. No final do mês 31 de outubro e 1 e 2 de novembro tem fórmula 1 em Austin!

Pra quem quer saber mais sobre os shows:
10 Best Things We Saw at Austin City Limits Fest 2014 – Rolling Stone
ACL 2014’s 10 Best Moments: Iggy Azalea, Sam Smith, Matthew McConaughey & More – Billboard
13 Best Moments From Austin City Limits Festival 2014 – Fuse
AUSTIN CITY LIMITS 2014: BEST OF THE FEST (REVIEW) – Glide

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Austin City Limits Music Festival: muita música na capital do Texas apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Eu moro aqui em Austin mas ainda não tinha ido conhecer o Circuit of the Americas, fui lá semana passada conhecer o circuito a convite do departamento de relações públicas do CoTA e saber mais sobre a Fórmula 1, pra dar todas as dicas pra quem por acaso esteja interessado em vir para a corrida e os outros eventos esportivos e musicais que acontecem durante o ano. Esse ano eu quero estar lá para a corrida de Fórmula 1 pra contar tudo aqui pra vocês depois. Pra quem está planejando uma viagem para o Texas, que tal incluir a Fórmula 1 em Austin no seu roteiro texano?

Conhecendo o Circuito das Américas

A pista do circuito americano foi construída pra ser uma espécie de “melhores momentos” de vários autódromos pelo mundo. Tem curva igual aos S de Silverstone, tem pedaço da pista que parece do autódromo de Istambul, além de uma geografia toda especial com a pista passando pelas colinas da região. No final da curva número 1, que é no alto de uma colina e é a curva “única e especial” que define a prova de Austin, você tem uma bela vista da reta de largada (é uma boa área pra quem quiser comprar lugar na arquibancada). A pista foi construída com tecnologia de ponta, pra durar muitos anos, e pra ser um circuito desafiador pros pilotos. Até agora receberam muitos elogios por parte dos pilotos que já dirigiram ali. A capacidade do autódromo é em torno de 100 mil pessoas.

A capacidade do autódromo é aumentada pela adição de arquibancadas temporárias para a Fórmula 1, mas os ingressos mais baratos são no gramado mesmo. O interessante é que mesmo você comprando lugar na arquibancada, pode escolher ir pro gramado e circular pelo circuito durante as provas (mas quem comprou ingresso pro gramado não pode sentar na arquibancada).

Como americano adora transformar tudo em espetáculo, nos três dias de Fórmula 1 (treino na sexta, corrida de classificação no sábado e a corrida no domingo), tem um monte de trailers de comida e bebida, vendendo produtos diversos das equipes e tem show de música no anfiteatro Austin 360 depois da corrida também. O anfiteatro aliás é usado durante o ano para vários shows de música, tem capacidade pra 14 mil pessoas. As pessoas ficam circulando pelo Circuito, vendo a corrida, comendo, comprando souvenirs e ouvindo música, tudo ao mesmo tempo. A maior quantidade de quiosques fica atrás da curva 15, ali é que o negócio ferve.

Uma das marcas do Circuito das Américas é a torre que fica bem no meio, com 76 metros de altura e uma vista incrível do autódromo. Pra quem tem coragem, tem uma parte com piso de vidro, eu fui lá colocar os meus pezinhos. E você pode subir até o alto durante a corrida, deve ser bem bacana ver um pouco lá de cima.

Uma passarela por cima da pista que tem uma vista ótima infelizmente fica envelopada por propagandas nos dias do evento e eles não permitem que ninguém fique parado por ali. Seria um lugar muito bacana pra assistir, certamente!

As arquibancadas mais populares são as que ficam na curva 1 (que é quando vários carros entram juntos na curva mas só tem espaço pra 1 sair de cada vez) e as arquibancadas na curva 12, que fica no final de uma reta onde os carros atingem a velocidade máxima e onde acontecem várias ultrapassagens.

Depois da corrida de Fórmula 1 eles tem um evento especial chamado “Track Invasion”: quem compra esse ingresso tem direito a entrar na pista, pra tirar fotos na pista mesmo, assistir a entrega dos troféus ali pertinho e os mais fanáticos levam pedacinhos de pneus pra casa como souvenirs Ano passado 20 mil pessoas compraram esses ingressos da “invasão da pista” e fizeram a maior festa. E no dia da corrida a noite tem um grande show de encerramento no anfiteatro Austin 360, pra colocar a cereja no bolo.

A Fan Fest

A Fan Fest é a grande festa aberta a todos que acontece em downtown Austin durante os 3 dias de Fórmula 1, ocupando 9 quarteirões da cidade. Não precisa ter comprado ingresso pra corrida, é só aparecer no local pra aproveitar as barracas de comida, shows de música ao vivo (5 palcos com 40 bandas se revezando), lojas de souvenirs das equipes e muitas atividades para adultos e crianças. De vez em quando as equipes levam seus pilotos pra dar uma voltinha lá, e os fãs vão a loucura, claro. Tem simulador de corrida e muitos jogos relacionados a Fórmula 1, como não poderia deixar de ser.

A novidade para esse ano de 2014 é que a Fan Fest vai começar no dia do Halloween, então os organizadores vão aproveitar a deixa pra juntar Fórmula 1 com a festa tradicional americana, o que deve render uma Fan Fest ainda mais interessante e divertida

Onde fica e como chegar ao Circuito das Américas

O Circuito fica afastado da cidade de Austin (21 km do centro), em um lugar relativamente isolado mas o acesso é fácil porque tem uma estrada novinha que passa por lá (a 130). Eu moro no norte de Austin, achei que seria super longe e não foi problema, 35 minutos de estrada perfeita e pronto. Isso já ajuda bastante quando você vem para um evento como a Fórmula 1 e quer escapar dos altos preços dos hotéis de downtown Austin. Pra quem fica em downtown e não quer ter dor de cabeça com estacionamento e aluguel de carro, tem um sistema de transporte especial durante o evento, vários ônibus (shuttles) levam e trazem quem está no centro até o Circuito. E como no autódromo não tem estacionamento pra acomodar todo mundo (e os ingressos mais baratos não incluem estacionamento no local), tem estacionamentos periféricos, então você pode dirigir até um deles e de lá tem shuttle levando até o Circuito. Se você quer uma alternativa a downtown, os hotéis perto do aeroporto são uma opção mais próxima ao autódromo (mas eu não gosto dessa área porque não tem n-a-d-a legal perto, vai ter que ir de carro pra tudo).

Hospedagem para a Fórmula 1

Austin não é uma cidade muito grande e por mais que tenha um bom número de hotéis, ainda não atende totalmente a demanda. Enquanto as grandes redes vão construindo novos hotéis enormes em downtown com previsão de abertura em 2015, a disputa por quartos é enorme – e os preços acompanham, é claro. Downtown é o local mais procurado e mais legal pra ficar, com certeza. Mas se você não conseguir vaga ou não puder pagar, tem algumas alternativas. Já mencionei a área do aeroporto, tem hotéis em Round Rock que tem fácil acesso a estrada (130) que vai até o Circuito e tem até hotéis em San Antonio que oferecem pacotes com transporte para o autódromo nos dias da Fórmula 1. E é claro que tem sempre o AirBnB, onde você pode procurar casas e apartamentos pra alugar direto dos moradores (mas a cidade de Austin passou uma lei que todo morador querendo alugar precisa pagar por uma licença da prefeitura antes, não sei porque querem dificultar se simplesmente a cidade não tem capacidade ainda de atender a demanda). Você pode ver dicas de hotel no meu post Onde ficar em Austin.

Uma outra opção de hospedagem pra quem quer aproveitar cada minuto é acampar no autódromo ou estacionar um motorhome ou RV lá dentro, nas áreas reservadas para isso. Você paga uma taxa pela “vaga” ($400), claro, mas ainda assim esse valor total consegue ser mais barato do que um quarto de hotel na cidade pros três dias (sem contar que cabem várias pessoas em um RV). Pra quem está fazendo uma viagem de motorhome por várias cidades texanas, pode ser uma boa opção. Para comprar uma vaga, tem que entrar diretamente pelo site do Circuit of the Americas, aqui.

Como comprar ingressos e preços

Os ingressos para o evento de novembro deste ano (do dia 31 de outubro a 2 de novembro) já estão a venda pela internet. Os preços começam em $169 dólares por pessoa pros 3 dias para o gramado (sem lugar marcado e sem direito a estacionamento), vão de $299 a $675 para as arquibancadas dependendo da localização (sempre para os 3 dias) e chegam até muitos milhares de dólares para um ingresso VIP que permite entrar nos paddocks, que é onde as equipes montam as suas bases e onde ficam os carros.

Se você estiver visitando Austin fora do final de semana da Fórmula 1, você pode comprar um tour pra conhecer o Circuito (somente aos finais de semana, e quando não tem um evento acontecendo).

Outros eventos no Circuito das Américas

No final de maio (23 a 25) vai ter um festival de música country chamado Red Fest, pra quem procura o Texas dos cowboys é um prato cheio, com vários artistas famosos. Em junho (5 a 8) os X-Games vão acontecer em Austin no CoTA (primeiro evento de um contrato de 4 anos). A corrida Lone Star Le Mans com carros esporte acontece em setembro. O MotorGP já aconteceu esse ano, em abril, mas os fãs de motociclismo já podem ir se programando para 2015. Veja o calendário de eventos, que inclui shows de música, pra ver se tem alguma coisa acontecendo na ocasião da sua visita.

Mais um motivo para você visitar o Texas, não acha? Veja tudo o que eu já escrevi sobre o Texas aqui no blog.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Fórmula 1 em Austin: conhecendo o Circuito das Américas apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Embassy Suites San Antonio Riverwalk Downtown: ficamos nesse hotel em fevereiro de 2014 e foi o melhor custo-benefício na minha opinião. O hotel é relativamente novo, muitíssimo bem localizado, com uma saída para a Riverwalk, dá pra ir até o Álamo a pé ou até o Hemisfair Park. Os quartos são ótimos – todos suítes, no quarto mais simples você tem: uma sala de estar com sofá-cama de casal, cômoda com TV, uma mesa de jantar com 4 cadeiras, uma pia com mini-geladeira, cafeteira e microondas, o banheiro (grande) e o quarto que pode ter uma cama king size ou duas camas queen, cômoda com TV em cima e uma penteadeira. Ou seja, o quarto mais simples hospeda uma família de até 6 pessoas, ou uma família de 4 que queira privacidade de um quarto separado pros adultos e os filhos no sofá-cama da sala. O café-da-manhã está incluído e é muito farto (americano, buffet) e pra colocar a cereja no bolo, tem um happy hour todos os dias com bebidas liberadas (inclusive alcóolicas) e salgados para comer, como nachos e acompanhamentos, queijos e biscoitinhos e frutas. O wi-fi é grátis (é só se cadastrar no programa de fidelidade deles) e a única coisa que você tem que pagar é o estacionamento. Ótima pedida, diárias começam em 160 dólares mas o preço varia muito de acordo com a época do ano (e o quanto de antecedência). Veja preços e disponibilidade para este hotel no Booking.com

The Crockett Hotel: um hotel histórico literalmente atrás do Álamo, que é uma localização excelente. Nos hospedamos em fevereiro de 2014. Os quartos comuns são de bom tamanho, os quartos de quina são imensos. Nós ficamos em uma suíte, que é um quarto de quina (com uma cama king size, sofá, cômoda com TV e mesa de trabalho, banheiro e mini cozinha) interligado com um quarto comum (que tem duas camas de casal, mesa de trabalho, cômoda com TV e banheiro). Os banheiros são pequenos mas limpinhos e o kit de produtos é de ótima qualidade. A decoração não faz o meu estilo mas estava tudo bem cuidado. O café-da-manhã está incluído e era bem razoável (tradicional americano com um toque texano, como os burritos de café-da-manhã), a internet wi-fi também é grátis. Tem uma pequena piscina ao ar livre com um jardim bonitinho, o que nos verões escaldantes do Texas é sempre uma boa pedida. O estacionamento também é pago, como na maioria dos hotéis de downtown. Eles tem um serviço incrível, um disque-sorvete Haagen-Dazs, você liga pra recepção e eles tem vários potes de sorvete pra vender e entregar no seu quarto. Hotéis pelo mundo: copiem. Achei diárias começando em 97 dólares o quarto com 1 cama queen para 2 pessoas fora de temporada, que é um preço que é difícil de achar pra uma localização tão boa como essa. Veja preços e disponibilidade para este hotel no Booking.com

San Antonio Marriott Riverwalk: um ótimo hotel 4 estrelas numa localização impecável na Riverwalk. Fiquei nesse hotel em 2009 quando fiz a Rock and Roll Marathon de San Antonio, que é muito bacana por sinal. É um hotel contemporâneo e super confortável, com quartos grandes, com mesa de trabalho, cômoda e TV em cima, mini-geladeira e cofre, cafeteira e um pequeno closet, e banheiros de bom tamanho, tudo muito bem cuidado. O café-da-manhã não está incluído e o wi-fi é pago, como é de praxe para um hotel dessa categoria nos EUA. Tem estacionamento no local, cobrado a parte como todos os hotéis em downtown, mas precisa avisar na reserva que você vai usar o estacionamento para garantir a vaga. Esse hotel tem duas piscinas, uma ao ar livre e uma coberta, que funciona o ano inteiro, mas não cheguei a usar, assim como uma academia. As diárias mais baixas que encontrei começam em 209 dólares. Veja preços e disponibilidade para este hotel no Booking.com

Marriott Plaza San Antonio: hotel bem bonitinho fora da Riverwalk mas ainda bem perto, dá pra ir andando numa boa. É um Marriott 4 estrelas como o que fica na Riverwalk mas mais barato por causa da localização um tiquinho mais afastada. Tem um jardim lindo, que a minha filha adorou, com direito a pavões andando pelo gramado embaixo dos enormes carvalhos e uma piscina ao ar livre que não usamos porque fomos em dezembro e estava frio. Quarto grandes e confortáveis, com direito a varandinha com vista para os jardins, banheiros de bom tamanho, não tem café-da-manhã e nem wi-fi incluídos, e o estacionamento também é pago a parte. As diárias começam em 129 dólares. Veja preços e disponibilidade para este hotel no Booking.com

Você já foi a San Antonio? Tem algum hotel para recomendar na cidade? Deixe a sua dica nos comentários!

As estadias no Embassy Suites e Crockett Hotel foram cortesia; as estadias no Marriott Riverwalk e Marriott Plaza foram por nossa conta.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Onde ficar em San Antonio: hotéis recomendados apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

A ilha é toda plana com uma longa faixa de areia virada para o oceano, que é onde ficam os hotéis, e uma faixa de areia virada para a Laguna Madre, entre a ilha e o continente. A Laguna Madre é uma área de preservação ambiental, e muitos golfinhos e outros seres marinhos vivem por ali. O que não faltou foi vida marinha, assistimos a um verdadeiro espetáculo de peixes, golfinhos e gaivotas. A área é boa também pra quem quer fazer parasailing e pesca, e uma visita ao centro de resgate e reabilitação de tartarugas marinhas, o Sea Turtle Inc é um passeio bem interessante (as crianças adoraram). O parque aquático Schlitterbahn, que tem várias unidades espalhadas pelo Texas, tem uma filial muito bacana em South Padre Island, pena que a área externa do parque fique fechada no final do verão, só aproveitamos o parque aquático indoor do resort (que é bem legal mas nem se compara em tamanho a área externa!).

São várias opções de resorts, nós ficamos no Schlitterbahn South Padre Island Resort, que é conectado ao parque aquático e obviamente super conveniente para quem quer ficar entre o parque e a praia. O resort foi reformado ano passado (eles usaram um monte de madeira reciclada dos incêndios do Texas há alguns anos, bem legal a iniciativa) e está tudo bem novinho ainda, os quartos são de ótimo tamanho para famílias. Nosso quarto ficava de frente para o mar, nós chegamos de noite sem ver nada e no dia seguinte pela manhã acordamos com uma linda vista e o sol nascendo.

No primeiro dia eu tinha pensado em ficar só no parque aquático, mas quem resiste a uma praia gostosa bem na frente? Á agua no Golfo do México é quentinha, a praia tem ondinhas pequenas, uma faixa de areia bem larga, é bem rasa, tem muitos peixinhos e até tatuí na areia. Nunca tinha visto tatuí em praia fora do Brasil…

O parque aquático indoor do Schlitterbahn é pequeno mas bacaninha: tem uma correnteza pra ir com bóias, uma piscina de ondas, dois toboáguas bem grandes, uma piscina infantil super legal com vários brinquedos, chafarizes, uma outra piscina que parece uma praia, mas sem ondas, uma piscina aquecida com bar molhado, e alguns escorregas em formato de bichos para crianças pequenas. Tem ainda duas atrações nada a ver com água: eles tem um carrossel super bonito e uma área onde as crianças brincam de atirar bolas de espuma, bem fofinhas.

No segundo dia fomos surpreendidos por um fenômeno incrível: milhões de peixinhos chegaram à praia, e com eles, milhares de gaivotas. Era tanto peixe, que as crianças pegavam com as mãos! As gaivotas ficavam na beirinha comendo até dizer chega, e os peixinhos desesperados fugindo. Quando a gente achou que já tinha visto tudo, no dia seguinte tinha mais peixe ainda! No vai e vem das ondas, os peixes ficavam pulando na areia, centenas deles, e as gaivotas só fazendo a festa. Até golfinhos na beirada nós vimos, comendo os peixes. Nunca vi nada parecido!

Saindo do roteiro praia e piscina, fomos até o Sea Turtle Inc, que é uma ONG que resgata e reabilita tartarugas marinhas. Eles existem há mais de 30 anos, e você pode ver diversos tipos de tartarugas nos tanques – a maioria está ali temporariamente, se recuperando de algum problema. São 7 tartarugas permanentes, que não podem ser devolvidas ao mar porque tem apenas 2 nadadeiras ou menos (tem uma tartaruga com uma única nadadeira). Assistimos a uma apresentação interessante sobre os 4 tipos de tartarugas que vivem na região, e na temporada da desova, eles cercam e sinalizam os ninhos na areia, pra ninguém pisar ou mexer. Vale a pena checar o site antes de viajar, pra ver se você está indo nesse período. Você pode se cadastrar e eles avisam quando os ovos começam a eclodir, todo mundo corre para a praia pra ver as tartaruginhas nascendo.

Fizemos um passeio de barco pela Laguna Madre para ver golfinhos, mas vimos poucos, uns 5 no máximo, separados. Não gostei muito da tripulação do barco que nós fizemos o passeio (Breakaway Cruises), não recomendo.

De Austin até South Padre Island são aproximadamente 6 horas de carro, de Houston até lá também são 6 horas (estradas diferentes) e de San Antonio até South Padre são 4h30. Esteja com o passaporte em mãos porque a polícia fica de olho naquela área procurando imigrantes ilegais que tenham cruzado a fronteira, na volta fomos parados na estrada pra mostrar documentação.

Se você mora no Texas, South Padre Island é uma boa opção quando bate uma saudade de praia, principalmente se você tem crianças que vão curtir o parque aquático também. Mas não vale vir pro Texas só pra ir a South Padre Island, pelo menos não pra brasileiro acostumado com ótimas praias. Se você vai pegar um avião só pra curtir uma praia nos EUA, vá para a Flórida ou pro Hawaii. Se você está viajando pelo Texas de carro e parando em várias cidades em uma época quente, aí sim South Padre Island pode valer uma parada.

Mais detalhes sobre os nossos três dias em South Padre Island no Colagem.

Agradecemos ao Schlitterbahn South Padre Island Resort pela estadia cortesia.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post South Padre Island, a melhor praia do Texas apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Aqui em Austin a Austin Eats tem vários tipos de food tours: restaurantes, food trucks (já escrevi sobre o fenômeno dos food trucks de Austin lá no meu blog pessoal), tours só de churrasco e cerveja, só de sobremesa, e o que eu fiz, o “diferente” – um tour por restaurantes e food trucks no East side usando bicicletas elétricas! Eu entrei em contato com a Austin Eats perguntando sobre os tours (eu queria fazer o tour de food trucks, que é novo, mas primeiro eles tiveram que mudar a data e depois a nova data lotou) e o Andy, que é o dono e super simpático, topou me encaixar gratuitamente nesse tour de bicicleta pelo East side. Sorte a minha, porque eu nunca tinha visto e muito menos andado numa bicicleta elétrica e achei o máximo, foram 2 experiências bacanas em uma!

Numa sexta-feira as 12h45 lá estava o nosso grupo de 8 pessoas na loja Rocket Electrics, que vende ou aluga as bicicletas elétricas. O Andy estava lá nos esperando, e foi falando do tour e das bicicletas. O nosso grupo era todo de moradores de Austin, não tinha nenhum turista (mas também, numa sexta-feira sem nenhum feriado não era de se estranhar). A maioria jovens, um casal mais velho comemorando o aniversário, no total três casais e duas mulheres sozinhas (eu e mais uma, que já estava na sua quarta food tour!). Todo mundo muito simpático, e guiados pelo Andy, o papo fluiu desde o início. As 9 bicicletas que o nosso grupo ia usar estavam já na frente da loja, cada um escolheu uma e tivemos uma aulinha de como essas bicicletas funcionam. Pra resumir: você usa a bicicleta elétrica igual a uma bicicleta normal, com a diferença que quando você não quiser pedalar, tem um dial pra acelerar no manete direito, parecido com uma moto. É uma delícia, a bicicleta elétrica chega até 32 km/h, e é super silenciosa. Depois de darmos uma volta no quarteirão pra nos acostumarmos com as bikes, partimos pro que interessa: o food tour.

O East Side de Austin é uma área “alternativa” vamos dizer assim. Sempre foi considerada a parte mais barra-pesada da cidade (leia-se mais pobre, porque o índice de criminalidade mesmo é bem baixo). De uns anos pra cá, com o crescimento da cidade e as áreas mais nobres já saturadas e com preços muito altos, o desenvolvimento de novos projetos imobiliários está chegando ao East side. Então apartamentos novinhos bacanas estão aparecendo ao lado de casinhas caindo aos pedaços, e a vizinhança ainda está em pleno processo de mudança.

A nossa primeira parada foi em um café + cervejaria chamado Buzz Mill Coffee que tem um food truck servindo churrasco texano no pátio, o Blue Ox Barbecue. É um arranjo interessante: eles vendem só a bebida enquanto o Blue Ox serve a comida, uma simbiose culinária. O café + bar tem um estilo antigo bem bonitinho, o pessoal foi logo pedindo uma cerveja (inclusa), mas eu comecei com ice tea – pegamos as nossas bebidas e fomos pra uma mesa lá fora. O pessoal do Blue Ox já estava nos esperando, e tinham colocado a salada de batata Alemã nuns copinhos pra gente comer enquanto esperava as carnes. Gostosinha, mas estávamos enlouquecendo com o cheiro do churrasco, e quando ele chegou não decepcionou: brisket, pulled pork e espresso rubbed pork tenderloin (lombo de porco esfregado com café espresso), tudo muito gostoso, mas eu sou fã de pulled pork e esse estava ótimo. Só não dei nota 10 pro molho barbecue deles, mas eu realmente não sou fã de molho barbecue, então não tirem por mim. O churrasqueiro me mostrou o seu barbecue pit, ele estava colocando uma peça pra cozinhar, as carnes ficam lá dentro por mais de 10 horas cozinhando e defumando lentamente. Empacotamos as sobras, um “voluntário” do grupo disse que levava pra casa, e partimos pra nossa segunda parada.

Fomos então para o Rio’s Brazilian Café, um restaurante brasileiro simples e coloridíssimo. Sentamos no pátio bem bonitinho e aguardamos a nossa comida: strogonoff de frango com arroz branco e ao invés de batata-palha, lascas de aipim frito. Cada um ganhou também um pão de queijo pra provar, e eles tem uns pães de queijo “com sabor”: o meu foi de pimentão vermelho. Foi OK, não morri de amores. O strogonoff estava bem-feitinho, mas nem comi tudo, porque achei a porção grande (ainda mais por causa do arroz) pra um food tour (afinal, ainda tínhamos 4 restaurantes pela frente!). O menu tem comida brasileira caseira, salgadinhos, feijoada, picanha, ótimo pra brasileirada que mora aqui matar a saudade de casa (vou ter que voltar lá pra provar outras coisas, e sei que o meu marido vai querer comer a picanha). Minha sugestão pro Andy foi trocar o strogonoff por salgadinhos diversos em food tours futuros!

A terceira parada foi a hora do doce: Sugar Circus, uma lojinha de cupcakes fofíssima (que faz cupcakes tradicionais e veganos). O difícil foi escolher: eles tem uma variedade bem grande de combinações inusitadas, e todas me pareceram tentadoras. Acabei escolhendo um cupcake de Pistache com cobertura de Cereja, que estava bem gostoso, mas devia ter escolhido uma coisa menor, como um cake pop por exemplo. Fiquei morrendo de vontade de provar os outros sabores, como Churros, Limão e Framboesa, French Toast, Chocolate com Morango, Laranja com Goiaba, o problema é sempre a vontade de experimentar todos (e esse tamanho era um pouco grande pro food tour, hehe).

Depois dos cupcakes, seguimos para o Hops & Grain, uma cervejaria que abriu há pouco tempo mas já ganhou vários prêmios. Eles tem uns 7 tipos de cerveja e oferecem degustação grátis alguns dias da semana (tem uma lei estranha aqui no Texas que não permite que eles vendam a cerveja no local). Eu provei algumas: a Alteration, que é a premiada, mas não gostei muito; a Zoe, que é super diferente, parece meio “picante” e gostei, e umas outras duas que não vou lembrar os nomes mas achei muito amargas pro meu gosto. Eram 3 da tarde e o lugar estava lo-ta-do, nem imagino como fica lá pelas 5-6 da noite, mas é isso aí, cerveja de graça atrai multidões!

Fomos então para o East Side King, que é um dos food trucks famosos de Austin, porque é do chef-celebridade Paul Qi, do fantástico Uchiko do qual já falei aqui. Com a sua comida asiática criativa o chef já abriu 4 trailers pela cidade, esse divide o terreno com o bar Grackle, e foi lá que nós pegamos as bebidas (pagas separadamente) e nos sentamos pra comer. Trouxeram pra gente um Chicken Yakitori, os pedaços de coxa de frango grelhados com tarê, pele crocante, sunomono e cebolinha grelhada com arroz de sushi. Estava muito bom, mas novamente eu não comi o arroz todo pra guardar espaço pras próximas paradas. Ainda provamos umas Chicken Wings Tailandesas que trouxeram pro nosso guia, gostosas mas muito picantes pra mim, dei uma mordida e só!

Antes da gente chegar no East Side King, o Andy recebeu uma ligação da nossa próxima e última parada, o food truck Via 313 (de pizza), que eles tinham tido um problema com a máquina de fazer massa e não poderiam nos receber. Ele ligou então pro pessoal do Way South Philly, que é outro food truck legendário de Austin, especializado em sanduíches Philly Cheese Steak, e eles disseram que poderíamos ir pra lá. Na hora que estávamos saindo, o pessoal do Via 313 ligou de volta dizendo que a máquina estava funcionando de novo e eles estavam nos esperando. Pensam que tivemos que escolher entre os dois? Que nada, acabamos comendo pizza e Philly Cheese Steaks!

Bem na hora que a gente estava indo pro Via 313 a chuva que tinha ameaçado cair o dia inteiro começou. Primeiro só chuviscando, e bem na hora que estacionamos as bicicletas em frente ao trailer, a chuva começou a cair forte. Sentamos no pátio coberto do The Violet Crown Social Club que é um bar que divide o terreno com o Via 313 (já viram que essa relação bar + food truck aqui se repete né). Compramos as bebidas lá, e sentamos pra esperar as nossas pizzas.

Eis que chega o cara do Way South Philly com os sanduíches Philly Cheese Steak pra gente provar – ele trouxe o Balboa (sacou a referência?). Ainda bem que estavam cortados em pedacinhos, e realmente estavam muito bons. Disse ele que o sanduíche é autêntico, que eles recebem o pão direto da Philadelphia, e todos os sanduíches tem nomes baseados no filme Rocky (que pra quem não sabe se passa na Philadelphia). Ele fez um quiz rapidinho sobre o filme e uma das mulheres do grupo acertou a resposta e ganhou um vale pra um sanduíche grátis. Eu nem me lembro a última vez que assisti Rocky, então realmente esse quiz não era pra mim…Enquanto a gente comia ele contava duas coisas engraçadas sobre o food truck: 1) eles tem um pacote de casamentos – não você não leu errado – você pode chegar lá e dizer que quer casar, toda a equipe que trabalha no trailer é registrada pra fazer casamentos (!?). O “pacote de casamento” inclui 2 Balboas, 2 Tots, 2 bebidas e 1 cerimônia, haha. Surreal, e tem gente que faz mesmo! 2) eles tem um “desafio”: um sanduíche gigante chamado Italian Stallion, que vale por 4 Balboas. Quem comer esse monstro em 12 rounds (36 minutos) é declarado campeão e pode criar e nomear o seu próprio sanduíche que será adicionado ao menu. Até agora somente 2 malucos conseguiram a façanha! Então tá, você come e ainda ri um pouco com esse pessoal.

E aí, enquanto estávamos comendo os sanduíches, chegaram as nossas pizzas, Detroit-style: The Detroiter, de pepperoni tradicional e muito queijo, muito gostosa, e uma pizza espetacular chamada The Cadillac, de gorgonzola, prosciutto, geléia de figo e redução de balsâmico. Só digo uma coisa: MINHANOSSA!!!! (notem que eu nunca uso mais que um ponto de exclamação) Essa pizza foi a minha preferida de tudo que a gente comeu hoje, realmente amei e já vi porque esse food truck é um dos famosos da cidade. Uau! Pra quem está se perguntando que raios de Detroit-style pizza é essa, confesso que mesmo eu tendo morado em Michigan nos arredores de Detroit nunca tinha ouvido ninguém usar o termo, muito menos visto uma dessas pizzas por lá (agora que eles me falaram os nomes dos lugares originais vou procurar em Michigan da próxima vez que estivermos visitando a família). A pizza é quadrada, porque originalmente era assada em peças de metal das fábricas de automóveis; ela tem uma massa que não é nem fina como a pizza brasileira nem grossa como a pizza de Chicago, é uma massa fofinha aerada que parece de focaccia; e a original é feita “ao contrário”: em cima da massa vai o pepperoni, depois o queijo e por cima o molho, pra não queimar o pepperoni. Gostei bastante da massa e os ingredientes eram obviamente de ótima qualidade, estou aqui salivando só de lembrar.

Pra nossa sorte a chuva parou, então depois que encerramos a mega-comilança pudemos voltar sãos e secos para a loja das bicicletas, um pouco depois das 17h. Meu veredito: AMEI! Super recomendo pra todo mundo que vem visitar Austin e pra quem mora aqui também, não só pra provar um monte de bons restaurantes mas também pela experiência com as bicicletas elétricas, que são muito legais. Como falei no início do post, fiz esse passeio gratuitamente, sem garantia nenhuma pra empresa de escrever uma review positiva ou negativa – a opinião é minha e eu só recomendo o que gosto. Já indiquei esse tour pra todos os meus amigos que moram na cidade e estou louca pra voltar nos restaurantes.

Informações úteis:
Austin Eats Food Tours
Reservas pelo site, tours em downtown Austin e no East Side, os restaurantes variam. Infelizmente eles não fazem nenhum tour na semana do festival South by Southwest. Idade mínima: 15 anos.
East Side Electric Bike Tour, que foi o que eu fiz: USD$ 75, de setembro a maio.

Rocket Electric
Aluguel de bicicleta elétrica: USD$ 38 das 11h-18h30.
Eles entregam as bicicletas direto no hotel, por uma taxa de entrega de USD$20.
Pra ver outros pacotes de aluguel, clique aqui.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Food tour em Austin (de bicicleta elétrica!) com a Austin Eats apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

O Texas é o segundo maior estado americano, com quase 700 mil km2, só perdendo para o Alasca. Também é o segundo maior em população, com mais de 26 milhões de habitantes, perdendo apenas para a Califórnia. O chamado estado da estela solitária (a bandeira do Texas tem uma única estrela) está presente no imaginário popular com seus cowboys e grandes planícies. Foi uma República por 9 anos, quando se separou do México e depois entrou para os Estados Unidos (em 1845, tornando-se o 28^o estado). A economia deixou há tempos de depender da pecuária, e hoje em dia é largamente sustentada por tecnologia, petróleo, pesquisa biomédica e aeroespacial (entre outras), que se concentram nas grandes cidades texanas: Dallas, Houston, Austin (a capital) e San Antonio. Nas cidades pequenas e áreas rurais você ainda vê a criação de gado, algodão e muitas máquinas de extração de petróleo. E não, as pessoas não usam botas e chapéus de cowboy no dia-a-dia, a não ser em áreas rurais. Nas grandes cidades você vê um ou outro com esse modelito, mas chama a atenção até dos moradores.

Veja as principais cidades do Texas e outras que vou citar a seguir, no mapa:

View Cidades do Texas in a larger map

Regiões do Texas: o departamento de Turismo do Texas dividiu o estado em 7 regiões distintas, são elas:

Região do Big Bend (Big Bend Country): a área do parque nacional Big Bend, que fica na fronteira com o México, no extremo sudoeste do estado. O Rio Grande delimita a fronteira, e a área preservada tem montanhas, vales e cânions do deserto de Chihuahua. Só o parque nacional tem em torno de 3 mil km2, e além da fauna e flora local, ainda tem fósseis dos períodos Cretáceo e Terciário e objetos descobertos por arqueologistas com mais de 9 mil anos. Ainda destaque nessa área, o parque estadual Balmorhea tem uma das maiores piscinas naturais do país, onde você pode mergulhar ou simplesmente nadar. Nós ainda não visitamos o parque nacional e conhecemos pouco essa área, passamos rapidamente por Midland e Odessa na última viagem para o Novo México, que fazem parte dessa região. Mas o Big Bend está bem alto na minha listinha, quem sabe esse ano ainda.

Costa do Golfo (Gulf Coast): a costa do Texas, que é extensa (em torno de 1.000km), fica no Golfo do México. As praias não são lindas quanto as do Golfo que ficam na Flórida por exemplo. Para um turista brasileiro as praias não chamam a atenção, já que o Brasil tem praias melhores. Os lugares mais conhecidos desta área são Houston, que é uma cidade grande e moderna, cheia de atrações culturais, museus, e o Rodeio de Houston, o maior rodeio do mundo; as ilhas de Galveston (pertinho de Houston, e de onde saem grandes cruzeiros para o Caribe e o México) e South Padre (já pertinho da fronteira com o México, onde ficam as melhores praias) e a cidade praiana de Corpus Christi (tenho que ir conhecer pra tirar a prova, mas já ouvi muita coisa ruim das praias de lá).

Região das Colinas (Hill Country): na área central do estado (muitas referências a essa área falam que é “no coração do Texas”), é onde fica a minha cidade e capital do Texas, Austin. Uma área de colinas bem pitoresca, com cidadezinhas históricas, muitas de origem alemã (como Fredericksburg, Boerne e New Braunfels, entre outras), parques com rios e lagos ótimos para caminhadas ao ar livre e ainda a cidade de Bandera, capital mundial dos cowboys. Várias cidades pequenas dessa região são famosas pelo seu churrasco texano, e a rivalidade é grande. Aproveite e experimente quantos puder! Antes do Natal várias dessas cidades se enfeitam com muitas luzes, não deixe de ver o post Natal no Texas: roteiro de luzes se for viajar nessa época.

Planícies de Região de Panhandle (Panhandle Plains): no noroeste do estado, fazendo fronteira com o Novo México e com Oklahoma, esta área tem o parque estadual Palo Duro Canyon, que é o segundo maior cânion do país, atrás apenas do Grand Canyon. As cidades principais são Amarillo (a mais próxima do cânion), Lubbock e Abilene, que tem atrações pra quem quer conhecer mais sobre os cowboys e o velho oeste. Nós passamos nessas duas últimas cidades voltando do Novo México, e visitamos o National Ranching Heritage Center em Lubbock, que tem quase 50 estruturas (entre casas, abrigos, currais, estações de trem, entre outras) que foram transportadas para o local e restauradas, dando uma ideia de como era a vida nos ranchos no final dos 1800. Ainda vou escrever um post sobre essa visita! Em Abilene tem o Frontier Texas, pra você experimentar o velho oeste, mas acabamos não tendo tempo de visitar. Ainda voltaremos pra experimentar.

Florestas de Pinheiros (Piney Woods): no nordeste do estado, fazendo fronteira com a Louisiana, Arkansas e Oklahoma, essa área do Texas tem a maior floresta de ciprestes do mundo, ao redor do Caddo Lake (na fronteira com a Louisiana). A cidade mais antiga do Texas, Nacogdoches, fica aqui. A área mais conhecida dos turistas é a comunidade planejada The Woodlands, 30 minutos norte de Houston, que tem hotéis e shoppings de alto nível, além de florestas, trilhas e canais. É a única área do Texas que nós nunca fomos, tenho que remediar isso o quanto antes!

Pradarias e Lagos (Prairies and Lakes): a região de Dallas e Fort Worth, cidades grandes e modernas, com muitas atrações culturais e esportivas. Em Fort Worth quem procura o velho oeste dos cowboys vai gostar do Fort Worth Stockyards, que visitamos ano passado. Ainda temos que conhecer a cidadezinha de Grapevine, que tem uma ferrovia histórica, degustações de vinho, um lago de mesmo nome e downtown histórico. Para quem está viajando com crianças, o Great Wolf Lodge é uma mistura de hotel com parque aquático indoor que os pequenos adoram (tem em outras cidades e estados espalhados pelos EUA, nós queremos experimentar em breve).

Planícies do Sul do Texas (South Texas Plains): a área onde fica a cidade de San Antonio, na minha opinião a mais charmosa do Texas, e que tem o destino turístico número 1 do estado: o Álamo. Mas San Antonio tem muito mais a oferecer que o Álamo, com a Riverwalk, missões, museus e atrações culturais diversas, parques temáticos (Sea World, Six Flags) e muitas festas, ou melhor, fiestas, já que a influência mexicana é muito forte. Já bem ao sul, perto da fronteira com o México, o parque estadual Bentsen-Rio Grande Valley é um santuário de pássaros. Ainda quero voltar muitas vezes a San Antonio!

Clima: vai do quente ao escaldante no verão, a primavera e o outono ainda são relativamente quentes (principalmente comparando com o norte dos EUA). Os invernos são moderados, mas ainda mais frios que na maior parte do Brasil. Algumas cidades vêem um pouco de neve e temperaturas negativas vez por outra. Na primavera (março a junho, com o pico em abril e maio) o noroeste do Texas está sujeito a tornados. Há um risco pequeno no resto do estado (o risco existe em todos os estados americanos praticamente), mas os tornados raramente ocorrem nas áreas das cidades grandes – Dallas é a que está mais sujeita entre as 4 (esse mapa mostra dados de tornados nos EUA inteiro nos últimos 60 anos). Então a não ser que você vá para Amarillo ou Lubbock por exemplo, não precisa se preocupar com tornados. Se a ideia te deixa muito nervoso, evite viajar nessa época. Mas digo logo que em 5 anos morando em Austin nunca tivemos um tornado por aqui – somente “risco de tornado”, que não se concretizou. Apesar das tempestades e tornados, na primavera você vê o espetáculo das flores silvestres do Texas, principalmente na região das colinas (Hill Country).

Como chegar: tem vôos diretos do Brasil para Houston (pela United Airlines) e Dallas (pela American Airlines), e de lá você pode voar para diversas cidades menores, por essas mesmas cias aéreas ou por outras menores, como a Southwest Airlines, que tem vôos para dezenas de cidades texanas.

Transporte: de um modo geral, a não ser que você vá ficar apenas em uma cidade, vale a pena alugar um carro para dirigir pelo estado. Algumas distâncias de carro:
Houston a Dallas são 3h30 (385km)
Houston a Austin são 2h40 (262km)
Houston a San Antonio são 3h (318km)
Houston a ilha de Galveston são 55min (82km)
* * *
Austin a San Antonio são 1h20 (128km)
Austin até South Padre Island são 5h30
Austin até o parque nacional Big Bend são 6h45 (700km)
* * *
Dallas a Fort Worth são 37min (52km)
Dallas a Houston são 3h30 (385km)
Dallas a Austin são 3h (316km)
Dallas a San Antonio são 4h (442km)
* * *
San Antonio até o parque nacional Big Bend são 6h (662km)
San Antonio até South Padre Island são 4h30 (469km)

Culinária: a comida no Texas inclui muita carne, e tem muita influência mexicana. Claro que nas grandes cidades você vai encontrar restaurantes internacionais, com comida de tudo que é tipo. Mas nas cidades menores o churrasco texano é tradicional, assim como muitos tacos, burritos, enchiladas…e adoram comida picante! Se alguém no Texas perguntar se você quer a comida com pimenta, tenha cuidado. O nível de pimenta por aqui é outro – quando mudamos pra cá eu sofri um pouco, porque eu gosto de um pouquinho de pimenta, mas o que eles acham pouco para mim já era muito. Quanto a bebidas, toma-se muito chá gelado como no resto do Sul dos EUA, e cerveja – o Texas tem algumas marcas como a Shiner Bock, Saint Arnold e Southern Star, que você só encontra no estado.

Hotéis: pra quem quer experimentar o clima de cowboy, existem vários hotéis fazenda no Texas (e no resto dos EUA também), que são chamados de dude ranches. Faça uma busca no Google por “texas dude ranches” que você vai achar um monte deles. Esse é outro item na minha lista de coisas pra fazer no Texas: me hospedar em um dude ranch (e depois vir aqui e contar pra vocês como foi, claro). O Texas tem hotéis das grandes redes americanas (Marriott, Hilton, Choice Hotels, etc) até em cidades bem pequenas, não é difícil encontrar hospedagem. Nem sempre um hotel em uma cidadezinha pequena vai ser barato: aprendi isso na nossa última viagem de carro até o Novo México! Muitas cidades “no meio do nada” embora não tenham atrações turísticas são cidades que tem muito movimento de viajantes a negócios, já que são pontos importantes de exploração de petróleo. Então não assuma que aquela pequena cidade no seu roteiro vai ter um hotel baratinho – cheguei a ver hotel 2 estrelas por quase 200 dólares a noite! Veja hotéis no Texas no Booking.com

Fuso-Horário: o Texas fica na Central Time Zone, que é 1 hora a menos que a Estern Time Zone (da costa leste dos EUA, Flórida e NY por exemplo) e varia entre -2h a -4h em relação ao horário de Brasília. Agora que nós estamos no horário de verão (+1h) e no Brasil acabou o horário de verão, estamos a -2h do horário de Brasília. No verão brasileiro e inverno texano ficamos com -4h do horário de Brasília.

Agora que você já foi apresentado ao meu estado adotivo, se estiver planejando uma viagem para o Texas e tiver alguma pergunta, deixe nos comentários!

Clique para ler os mais de 30 posts que já escrevi sobre o Texas aqui no blog.
Dallas
Houston
Austin
San Antonio

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Planejando uma viagem para o Texas apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Ano passado o chef Paul Qui do Uchiko ganhou o James Beard Award de melhor chef do Southwest dos EUA, prêmio que em 2011 foi dado ao chef Tyson Cole, do Uchi, e criador dos dois restaurantes. Depois disso ficou ainda mais difícil conseguir jantar no Uchiko, e pra arrumar uma mesa em horário “nobre” tem que reservar com algumas semanas de antecedência, principalmente pro final de semana. Acabei reservando “o que tinha disponível”, que era o horário de 17h no domingo da transmissão do Oscar. Esse é o horário que o restaurante abre, então fomos dos primeiros a sentar.

Esse horário tem pelo menos UMA vantagem: eles fazem um menu especial de happy hour com pratos baratíssimos. Então a gente acabou comendo pra caramba e gastando pouco (deu $85 a conta pra duas pessoas, com sobremesa mas sem bebida alcóolica).

Deixamos as crianças com uma amiga, porque esse não é um restaurante muito indicado pra ir com os pequenos, nós não vimos ninguém jantando com crianças por lá. Mesma coisa quando fomos ao Uchi, naquela ocasião nós éramos os únicos com uma criança (na época só com a Julia, antes do Eric nascer).

Quando chegamos e nos perguntaram onde queríamos sentar, eu escolhi o sushi bar, pra ver os chefs em ação (e porque a luz era melhor pra fotografar, hah!). Ficamos de frente para o John, que veio da Califórnia pra trabalhar no Uchiko, e conversamos bastante com ele durante o jantar. Ele disse que o movimento estava “fraco” por causa da noite do Oscar, mas você não imaginaria vendo o salão: saímos de lá com todas as mesas devidamente ocupadas.

Comecei com um nigiri chamado Kanburi (de winter yellow tail): um peixe delicado, quase que derreteu na boca, uma delícia. Já veio molhado com shoyu e com um tiquinho de wasabi pra colocar na boca em quantidade perfeita, pra não precisar fazer mais nada. Começamos bem.

Depois experimentei o Hamachi hand roll, que era o mesmo peixe com melão, côco e curry. Bem gostoso, mas não foi um “uau”.

Em seguida chegaram as brussel sprouts (couve-de-bruxelas) fritas com limão e chili, segundo o Gabe (meu marido) ele nunca mais vai conseguir comer couve-de-bruxelas na vida sem lembrar dessas. Eu achei muito bom também, mas não sou fã número 1 de couve-de-bruxelas então não mudou a minha vida pra sempre que nem a dele. A cara não era muito apetitosa, mas estavam gostosas, não estavam amargas, o tempero era leve.

Papo vem, papo vai, o nosso chef da noite resolveu nos dar um presentinho: ele trouxe um gyutoro nigiri pra cada um, pra gente provar. Essas coisinhas singelas são bife wagyu também conhecidos no Brasil como bife de Kobe, a mais famosa carne (e mais cara) do Japão.

Só posso dizer: MINHA NOSSA! Absolutamente delicioso e a textura incrível. Perguntei como eles faziam esse wagyu sensacional, ele me disse que além da carne muitíssimo especial, eles usam o método sous-vide e depois colocam na grelha rapidamente para “selar” o sabor. Mas nada disso interessa no final das contas (a não ser que você seja um chef), você só precisa saber que não pode sair de lá sem provar essa coisinha dos deuses

Chegou então o prato de pork ribs (costela de porco) com molho de sweet chili e essas folhinhas de coentro por cima. O coitado do porco teve o azar de vir depois do wagyu, mas mesmo assim fez bonito: estava bem suculento, o temperinho perfeito, sem ser nem doce nem picante. O Gabe devorou, eu guardei espaço para mais pratos crus (ele não come sushi).

Pedi então um outro nigiri, o Sawara, de king mackerel. Esse já era um peixe de sabor mais forte, e estava meio salgadinho (tinha um salzinho por cima). Gostoso, mas ainda gostei mais do Kanburi.

Em seguida foi a vez de provar o Koviche, essa é a versão happy hour, menorzinha. O koviche vem com vieiras, tomatillo, esse pó branco que eles fazem a partir de azeitonas kalamata e limões negros. Eu gostei demais das vieiras, mas achei que o resto da combinação de ingredientes não foi feliz. Achei o sabor do pó de azeitonas muito estranho, e os tomatillos muito fortes, não entendi o limão…Mas vi esse prato montado de forma completamente diferente para a versão prato principal, e talvez os sabores funcionem melhor dessa forma do que servidos no potinho do happy hour.

Pedimos então o Bacon, que é barriga de porco, maçã, coentro, kimchi e negi (cebola japonesa). Achei a carne de porco deliciosa, mas eu realmente não curto kimchi, e o Gabe comeu quase tudo.

A essa altura já tínhamos comido bastante mas eu não podia ir embora sem comer o Jar Jar Duck, já que eu amo pato e esse prato tinha sido elogiadíssimo em várias reviews que eu li online. Então encerrei a noite comendo esse prato que vem com pato preparado de 3 formas: confit, peito e crackling, que é a gordura crocante, com cebola, citrus confeitados e endívia, em um potinho de vidro que vem fechado e eles abrem na sua frente (com uma fumacinha de alecrim). Realmente achei uma delícia, as três formas de pato estavam muito saborosas e bem-preparadas, e gostei da combinação, mesmo não sendo uma pessoa que normalmente gosta de sabores doces com salgados.

Chegou a hora da sobremesa…eu já cheguei no restaurante sabendo que ia pedir o sorbet de milho, que vem com uma bola do sorbet de milho, uma polenta cremosa doce, uma farofinha de milho, gotas de limão e sal de caramelo. Estava um espetáculo! Eu amo milho, e essa sobremesa estava perfeita – super diferente, doce sem ser enjoativa, sabor suave de milho e a mistura de texturas funciona muito bem, ótima.

O Gabe que já não aguentava mais nada pediu um sorvete de chá de caramelo, que ele não gostou muito – a gente desiste de pedir sorvete de chá de uma vez por todas. Nós dois adoramos chás de todos os tipos mas nunca achamos nenhum sorvete de chá que nos agrade.

Como eu tinha avisado que estávamos comemorando o nosso aniversário de casamento (que foi há 6 meses, mas no dia que a gente tinha reservado o jantar lá pra comemorar eu estava doente e tive que desmarcar), eles trouxeram uma sobremesa por conta da casa, o famoso Fried Milk (leite frito). Só que foram dois problemas: eu detesto leite e o Gabe já não aguentava comer mais nada. Pra não fazer desfeita a gente comeu…

Eu comi um poquinho daquele chocolate ali embaixo do sorvete de leite, e um pedacinho do leite frito. Estava bom, mas realmente não é uma sobremesa que eu pediria nunca, então não posso nem dar uma opinião decente a respeito. O Gabe comeu o que ele conseguiu e gostou bastante do leite frito, mas ele não come chocolate, ou seja…não era mesmo uma sobremesa pra gente.

Adoramos o jantar, além da ótima comida o serviço foi excelente e o preço do happy hour melhor ainda. Se você vem a Austin e gosta de comida japonesa com um toque criativo, recomendo muito o Uchiko.

Informações úteis:
Uchiko
Endereço: 4200 North Lamar, Austin, TX 78756 Telefone: (512)916-4808
Horários: Domingo a Quinta: 17h-22h. Sexta e sábado: 17h-23h.
Não deixe de fazer reserva o quanto antes.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Restaurante em Austin: experiência gastronômica no Uchiko apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Me chamo Michelle Depenbrock e, a pedido da Luciana Misura, vim relatar pra vocês a minha experiência no maior rodeio do mundo: o rodeio de Houston, Texas.

Todo mundo sabe que essa historia de cowboy é levada a sério aqui no estado do Texas e não poderia ser diferente com o rodeio anual que acontece por aqui. O Houston Livestock Show and Rodeo, mais popularmente chamado de Houston Rodeo ou Rodeo Houston é o maior evento de entretenimento de exposição de gado do mundo. O rodeio apresenta competições de gado, parque de diversões, shows ao vivo de bandas famosas (country em sua maioria), corridas de porco, competição internacional de vinhos, compra, venda e leilões de gado. Acha que acabou? Ainda tem mais… antes do evento começar, tradicionalmente há um desfile no centro da cidade, uma caminhada patrocinada pela empresa Conoco Phillips e uma competição de churrascos nacional chamada de Barbecue Cookoff! E na sexta que antecede o início da festa, há o Go Texan Day, um dia em que toda a população da cidade é incentivada a sair de casa vestida no estilo cowboy. Eles espalham outdoors pela cidade e até as crianças vão pra escola arrumadinhas de cowboy. É a coisa mais fofa! Eu, como não entendo nada de música country e nem tenho botas nem chapéu de cowboy assisto a tudo de uma maneira curiosa! Tá bom, confesso, eu uso bota normal e camisa xadrez pra entrar no clima!

Eu nunca fui ao desfile e à caminhada, mas sempre vou ao Barbecue Cookoff e ao Rodeio em si para assistir um show e vou narrar pra vocês a minha experiência, além de fornecer algumas dicas práticas pra quem quiser vir ao evento no próximo ano.

Barbecue Cookoff

São sempre os três dias que antecedem o rodeio propriamente dito: uma quinta, uma sexta e um sábado. Essa é a melhor parte do evento na minha opinião e eu explico o porquê. Os times do Cookoff são patrocinados por empresas e estas empresas recebem convites para o rodeio. Dessa maneira você pode comprar uma entrada e participar do evento, mas não pode entrar nas barracas patrocinadas e comer o churrasco propriamente dito porque para entrar em cada barraca você precisa estar credenciado (eles geralmente te dão uma pulseira ou colocam seu nome na porta). O evento acaba sendo um evento profissional, em que empresas convidam seus clientes vip’s pra fazer um agrado. Eu gosto porque sempre somos convidados, mas também porque isso faz com que o evento seja mais exclusivo. Volto a dizer que qualquer pessoa pode pagar o ingresso e entrar no evento, mas não vai poder comer o famoso churrasco e beber de graça nas barracas.

Esse ano fomos convidados para duas barracas na sexta-feira: a Blowin’ Smoke e uma outra que não lembro o nome de maneira alguma. Nenhuma das duas ganhou nada, mas eu dou o prêmio de barraca mais animada pra Blowin’ Smoke. Dentro da enorme barraca havia um show de banda country super animado e a seleção de bebidas estava ótima pra quem não toma cerveja. A comida também estava excelente. Que comeu o ribs (costela) amou! E é aquele negócio… quer comer mais? Volta pro final da fila e pega outro prato! As comidas e as bebidas são por conta da casa!

A organização do evento estava excelente. Transporte para o local no sistema “Park and Ride” (que vou explicar mais adiante), limpeza, número suficiente de banheiros públicos, tudo ótimo.

Os shows do Rodeio são curtos, duram em torno de uma hora, e tem uma produção bem menor que um show comum porque o palco é móvel e colocado no centro da arena do estádio. Antes do show começar tem apresentação de corrida de cavalos, crianças montadas em ovelhas e etc. A montagem do palco acontece na sua frente e eu acho bem interessante a organização. Uma vez montado o palco há a cerimônia de abertura do show com fogos, luzes, fumaça e tal. Fiz um vídeo pra vocês terem uma idéia de como é.

O show do Bruno Mars foi bem divertido. Eu que não sou muito fã dele curti bastante. Baixei o CD dele pelo Itunes uns 5 dias antes do evento pra saber cantarolar pelo menos alguma coisa. Vale ressaltar que qualquer assento tem uma boa visão do palco. Nossos assentos eram bem lá em cima e curtimos o show da mesma forma.

O Rodeio acontece no Reliant Park desde 2003. Antes o evento acontecia no Astrodome, é um estádio em formato de cúpula antigo que pode ser visto de dentro do Reliant Stadium. O Astrodome ainda não foi demolido porque foi o primeiro estádio do mundo em formato de cúpula que foi criado para ser utilizado não somente para eventos de esporte, mas como para outros tipos de eventos.

Dica: na entrada do rodeio, bem no comecinho do parque de diversões, tem um brinquedo chamado “Sky Ride” que te leva de um lado ao outro do parque de diversões no esquema de teleférico. Nesse brinquedo você passa por cima do Astrodome. Bem legal… até eu que morro de medo de altura fui só pra ver o Astrodome de cima.

Quem acha que o evento dura uma semaninha apenas se enganou. O rodeio dura três semanas com shows diários. Esse ano começou no dia 24 de fevereiro e durou até o dia 17 de marco. No site oficial do rodeio você pode obter todas as informações sobre o evento: shows, calendário de atrações, mapas, tudo que você precisar.

Dicas Práticas – Transporte, Alimentação, Preços

Há diversas maneiras de se chegar ao Rodeio. Se você quer ir de carro e estacionar bem pertinho do estádio, esqueça porque o trânsito de Houston é caótico! Neste link você pode ver todos os meios de transporte disponíveis. Eu sempre utilizo o ‘Park and Ride’. Sempre estaciono no Aramco Parking Lot e pego o ônibus que custa sete dólares por pessoa ida e volta.

A alimentação no Rodeio é um festival de gulodices calóricas! Tem desde a tradicional coxa de peru (que eu morro de nojo só de pensar), até as mais bizarras iguarias fritas (biscoito recheado frito, pimenta jalapeño frita, cebola frita, pickles frito e por aí vai). Mas também tem pizza, churrasco texano, sanduíche, comida mexicana, e mais. Eu aconselho experimentar o funnel cake, que nada mais é que a massa de bolinho de chuva feito no funil com açúcar, chantilly e calda de frutas ou chocolate por cima.

Qualquer dúvida, pode perguntar nos comentários que eu respondo com o maior prazer.

Obrigada Michelle! Tenho certeza que essas informações vão ajudar bastante ao pessoal que vai a Houston na época do Rodeio!

Informações úteis:
Reliant Park
Endereço: 8400 Kirby Dr Houston, TX 77054 Telefone: (832) 667-1400

A Mirella também foi ao Rodeio de Houston e escreveu lá no Mikix a experiência dela.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Rodeio de Houston: como é o maior rodeio do mundo apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.

Vamos então a uma lista de lojas de designers de luxo em Houston, começando pelas lojas no The Galleria, que concentra um grande número delas. Desculpem as fotos inconsistentes, eu tinha permissão do shopping para fotografar mas nem todas as lojas permitem fotografia, então algumas tem fotos de produtos e outras não:

A loja da Burberry no Galleria tem bolsas, acessórios e roupas, e participa do programa Tax Free Texas.

A loja Carolina Herrera tem roupas, bolsas e acessórios, e também participa do Tax Free Texas.

A loja da Chanel no Galleria tem muitas bolsas e acessórios, poucas roupas e participa do Tax Free Texas.

A loja Bottega Veneta tem uma grande variedade de bolsas e alguns acessórios e participa do Tax Free Texas. A loja da Fendi tem muitas bolsas, sapatos, algumas roupas e acessórios e não faz parte do programa Tax Free Texas. A vendedora me mostrou a 2Jours, que é a nova it bag da Fendi e também a mais vendida no momento; eles acabaram de receber três cores novas, amarela (foto), laranja (foto) e cinza. A grande custa $2.490 dólares e a média $2.260, mais impostos. Adorei as cores!

A loja da Gucci tem roupas, bolsas, sapatos e acessórios, e também fazem parte do Tax Free Texas.

A loja da Jimmy Choo no Galleria Houston tem sapatos, bolsas e alguns acessórios, e faz parte do Tax Free Texas.

A enorme loja da Louis Vuitton tem muitas bolsas, algumas roupas, sapatos e acessórios. As mini bags coloridíssimas estavam bem na frente, lindinhas, mas eles não permitiram fotos dentro da loja. A LV também faz parte do Tax Free Texas.

A loja Michael Kors no Galleria Houston tem muitas bolsas, algumas roupas e acessórios. A loja não faz parte do Tax Free Texas.

A loja M Missoni no Galleria Houston tem roupas, bolsas, sapatos e acessórios. Também faz parte do Tax Free Texas.

A loja Yves Saint Laurent tem muitas bolsas, acessórios e algumas roupas. A vendedora me mostrou a nova it bag chamada Duffel, que tem 4 tamanhos: 6h, 12h, 24h e 48h (que é basicamente uma bolsa pra levar roupas para uma viagem curta). As cores novas são Fuschia e Blue Roi (na foto). A Duffel no tamanho menor (6h) custa $2.350 dólares, mais impostos (mas como eles fazem parte do Tax Free Texas, uma parte dos impostos você vai reaver). Outra bolsa que é uma das mais vendidas é a Belle du Jour, a vermelha (foto) sai por $795 mais impostos.

A Miu Miu (da marca Prada) vende roupas, sapatos, bolsas e acessórios, e não faz parte do Tax Free Texas.

A loja enorme da Prada no Galleria Houston tem uma variedade enorme de bolsas, sapatos, acessórios e algumas roupas. A Prada não faz parte do Tax Free Texas. O vendedor me mostrou (mas não deixou tirar foto) a bolsa novidade do momento, a BN1786, que tem 5 tamanhos e 8 cores. Ele falou que a mais vendida delas é a de couro Saffiano na cor cinza, a média está custando $1.960 mais impostos.

A loja Tory Burch tem roupas, sapatos, bolsas e acessórios e faz parte do Tax Free Texas. Fica do lado da Sephora, de cosméticos, que faz parte do Tax Free Texas também.

A loja Valentino no Galleria, que tem roupas, sapatos, bolsas e acessórios e faz parte do Tax Free Texas.

A loja Versace no Galleria, que tem bolsas, roupas, sapatos e acessórios, e também faz parte do Tax Free Texas.

Outras lojas de designers de luxo no Galleria em Houston que não tirei foto: Armani Exchange, Boss Hugo Boss, Bvlgari, Cartier, Coach, De Beers, Ermenegildo Zegna, Juicy Couture, Mont Blanc, Neiman Marcus, Porsche Design, Ralph Lauren, Saks Fifth Avenue, Salvatore Ferragamo, Swarovski, Tag Heuer, Tiffany & Co.

Agora as lojas de designers de luxo do Houston Premium Outlets:

A loja Armani Exchange, linha mais acessível da Giorgio Armani, tem roupas, bolsas e acessórios, e faz parte do Tax Free Texas.

Essa loja enorme da Burberry tem muitas roupas, acessórios e bolsas, e faz parte do Tax Free Texas.

A loja da Coach é bem grande e tem muitas bolsas, acessórios e algumas roupas (casacos). A Coach não faz parte do Tax Free Texas.

A loja Donna Karan New York tem roupas, bolsas e acessórios para homens e mulheres, e não faz parte do Tax Free Texas.

A loja Escada tem roupas e acessórios para mulheres e não faz parte do Tax Free Texas.

A loja da italiana Furla tem uma variedade enorme de bolsas, alguns acessórios e não faz parte do Tax Free Texas.

A Juicy Couture outlet tem roupas, bolsas e acessórios e não faz parte do Tax Free Texas.

A loja Michael Kors do Houston Premium Outlet é bem grande, tem muitas bolsas e acessórios, algumas roupas, e não faz parte do Tax Free Texas.

A loja Tory Burch tem roupas, sapatos, bolsas e acessórios e faz parte do Tax Free Texas.

Outras lojas de designers de luxo no Houston Premium Outlets que não tirei foto: Calvin Klein, Hugo Boss, Lacoste, Saks Fifth Avenue, Tommy Hilfiger, Tag Heuer. Lojas de designers de jeans famosos aqui nos EUA: 7 for all mankind, True Religion, Joe’s Jeans, Lucky Brand e Diesel.

Lojas de rua:

Hermès: a loja da grife francesa em Houston fica pertinho do shopping Galleria, passei rapidamente na frente e vi roupas e bolsas nas vitrines, é uma loja razoavelmente grande.
Endereço: 1800 Post Oak Blvd, Houston, TX 77056 Telefone:(713) 623-2177

Informações úteis:

The Galleria Houston
Endereço: 5085 Westheimer Rd, Houston, TX 77056-5673 Telefone: (713) 966-3500
Horários: Segunda a sábado das 10h-21h. Domingos das 11h-19h.

Houston Premium Outlets
Endereço: 29300 Hempstead Road, Cypress, TX 77433 Telefone: (281) 304-5820
Horários: Segunda a sábado de 9h-21h e domingos de 10h-19h.

Site do Tax Free Texas. Confira sempre as instruções e a lista de lojas participantes antes de fazer as compras, pois novas lojas estão sempre sendo adicionadas. A Cinthia deu as dicas todas de como ela fez para conseguir o dinheiro de volta quando fez compras em Dallas lá no Spicy Vanilla.

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

O post Compras de grifes de luxo em Houston, Texas apareceu primeiro em Aprendiz de Viajante.