Conheço a cidade muito bem porque tinha que passar um mês durante todos os verões fazendo curso de alemão.  Após várias visitas à cidade, não fico repetindo museus, pois prefiro mesmo é ficar andando pela cidade e revendo alguns monumentos históricos, igrejas, restaurantes, lojas e amigos.

Cito aqui algumas experiências que não devem faltar no roteiro de quem visita a cidade pela primeira vez.

1- Ver a apresentação da Torre do Relógio, da Prefeitura, na Marienplatz.

Ele toca todos os dias as 11, 12 e 17 horas. A cena, de 15 minutos, é interessantíssima, pois representa a festa de casamento de duas semanas entre Renata de Lorena e o duque Wilhelm V da Baviera, em 1528. São várias apresentações, culminando com a batalha entre dois cavaleiros representando as duas famílias e as duas regiões. Lógico que o cavaleiro da região da Baviera ganha.

2- Ver os surfistas fazendo acrobacias no rio Isar.

Como não tem praia em Munique, o pessoal vai surfar no rio, mesmo no inverno. É uma experiência e tanto ver essa cena. Em seguida, o ideal é fazer um passeio pelo parque Englischer Garten.

3- Comer uma autêntica comida alemã e ver flores lindas no Viktualienmarkt.

O Viktualienmarkt é um dos meus lugares favoritos em Munique. Existem várias tendinhas vendendo de tudo. É só comprar e se sentar lá, como fazem os alemães. Um restaurante que amo se chama NORDSEE. Esse local é especializado em peixes e frutos do mar. Pode comprar o prato e se sentar do lado de fora ou ser servido dentro do restaurante.

4- Ir até o Olympiapark.

O Olympiapark foi a sede dos Jogos Olímpicos de 1972, é um lugar para passar uma manhã inteira. Ao lado está a sede da BMW com seu lindo museu.

5- Tomar uma cerveja em uma das mais antigas cervejarias do mundo

 A Hofbräuhaus, fundada em 1589 é uma das mais antigas cervejarias do mundo. Por decreto do rei, a cerveja é, até o dia de hoje, de excelente qualidade e feita com os melhores ingredientes. O gosto é bem diferente das cervejas de outros países.

6- Fazer compras na Theatinerstrasse ou na Maximilianstrasse

Ambas são o sonho de consumo dos amantes das comprinhas. Todas as lojas de grife se encontram ali. Quem não quiser fazer compras, pode ir até essas ruas só para tomar um café. Para quem gosta de ver arranjos florais, a loja queridinha da sociedade é Bahlmann. Vale a pena ir lá só para ver os arranjos. Em seguida, visitar a Residenz, que foi a residência dos duques da Baviera e depois dar uma voltinha pela Odeonplatz. Foi nessa praça que Hitler foi derrotado pela primeira vez quando tentou conquistar a cidade.

7- Ver duas igrejas lindas.

A Theatinerkirche e a Frauenkirche são duas igrejas maravilhosas que valem a visita.

8- Comprar o chocolate Mozartkugeln na sessão de chocolates na loja de departamento Kaufhof.

Apesar de ser austríaco, super recomendo. Os chocolates recheados com licor são deliciosos também. E por falar em doces, não se esqueça de comprar a famosa torta de maçã, Apfelstrudel, na loja Rischart, que fica bem na Marienplatz.

9- Comer uma torta e tomar um café 

Uma boa pedida em Munique é comer uma tortinha e tomar café em um dos mais antigos estabelecimentos da Europa, a loja Alois Dallmayr. É possível almoçar por lá também, onde a alta sociedade alemã faz compras de supermercado.

10- Passar algumas horas no Deutsches Museum

Dois museus que recomendo: o maior museu de ciência e tecnologia do mundo e também o Spielzeugmuseum, o Museu dos Brinquedos.

Onde ficar em Munique

Hotel Vier Jahreszeiten Kempinski, München

Esse hotel é um verdadeiro sonho. Em 1858 abriu as portas uma das mais belas construções da época, pois necessitava-se de um hotel que pudesse abrigar as pessoas mais aristocráticas e poderosas que vinham visitar a cidade. Foi então que o rei da Baviera, Maximilian II,  pensou em construir “o mais bonito hotel da cidade”. A Alemanha de hoje não era ainda unificada e era formada por vários reinos, ducados e principados. Esse hotel teria que ter todas as amenidades que, na época, eram consideradas modernas como água corrente, eletricidade e elevador.

O hotel desde então vem passando por grandes transformações. Em 2016 foram gastos 30 milhões de euros para renovar algumas áreas comuns e as acomodações. E pensar que de 2008 até 2016, o hotel já tinha gasto 35 milhões de euros. Isso significa que o hotel continua sempre investindo e renovando para que os hóspedes tenham uma estadia mais do que excelente.

A suíte onde me hospedei tinha vista direta para a Maximilianstrasse. Essa avenida é a mais famosa com vários restaurantes, teatros, a Ópera e lojas de artigos de luxo desde Chanel, Valentino, Cartier, Giorgio Armani, Hermès, entre outros.

Já a entrada e o lobby são triunfais. O lobby é o local de encontro da sociedade e de todos aqueles que queiram se repousar antes, durante ou após as compras. O teto do lobby é lindo com um belíssimo mosaico representando as quatros estações: Inverno, Primavera, Verão e o Outono. Nesse mesmo ambiente é possível tomar vários drinques e bebidas e comer pratos de pequena porção ou ainda tomar um chá com tortas maravilhosas.

Cada acomodação no hotel é única quando se refere à decoração e reflete a combinação perfeita do tradicional com o moderno. Madeira de lei escura e vidro se associam perfeitamente às cadeiras de plexiglass do arquiteto de interiores Philippe Starck. A parede principal de cada acomodação é revestida em papel de parede com fotos de quadros importantes da coleção da Antiga Pinacoteca. Sendo assim, o hóspede se imagina ter seu próprio quadro de Van Gogh ou de Gauguin.

O banheiro é a parte que mais me fascina em um hotel. No Vier Jahreszeiten Kempinski, o chão do banheiro é em mármore, as paredes são em mosaico e existe até uma televisão dentro do espelho aquecido. Com pias separadas e uma ducha com água que cai como se fosse uma chuva torrencial, o banheiro é o lugar para ficar horas.

A refeição principal do dia é feita no restaurante Schwarzreiter, que abre durante o almoço e jantar. Precisa reservar com antecedência, pois domingo à noite e segunda-feira, o restaurante está fechado para jantar. Já me hospedei em vários hotéis ao redor do mundo, mas um buffet tão completo só vi em alguns lugares. Uma seção de queijos e frios, outra só de pães e tortas, outra de mel ainda no favo e geléias feitas no hotel, uma outra seção de comidas típicas da Baviera, uma outra só de comida asiática e indiana e uma seção wellness com vários sucos naturais frescos, frutas, cereais, leites de todos os tipos e ainda vários tipos de grãos e sementes. Além disso, o hóspede pode pedir à la carte diferentes tipos de omeletes. É uma verdadeira indulgência ao paladar. A escolha é bem diversificada e não tem como sair de lá insatisfeito/a.

Para gastar todas as calorias, o hotel tem um Spa com piscina com água aquecida e um centro de esportes com aparelhos de última geração.

Restaurante Schwarzreiter

O nome é derivado de um prato de peixe favorito do rei Ludwig II, filho do rei Maximilian II. Com uma entrada direta da Maximilianstrasse, o ambiente foi completamente reestruturado e o resultado foi maravilhoso. Cores como o marrom claro, o dourado e o cinza claro predominam no salão enquanto se aprecia uma excelente refeição embaixo de luminárias que dão um ar bem aconchegante.

Logo que cheguei à mesa fui oferecido diferentes tipos de águas e me deixaram a carta com vinhos do mundo inteiro. Logo veio o cardápio e pude escolher entre o menú de quatro ou seis pratos. Quem quiser pode comer só um prato também. Escolhi o primeiro. Posso dizer que foi, para mim, suficiente.

De entrada pedi salada de batata com nabo, em seguida Truta e Hamachi com uma salada de agrião e algas, depois Badejo com trufas do Périgord e para terminar Crème Anglaise com sorbet de maracujá. Tudo estava perfeito acompanhado de um serviço impecável.  

O restaurante serve comida tradicional da região da Baviera, porém revisitados, com acentos modernos e bem diferente da típica comida da Baviera conhecida pelas salsichas e repolho fermentado (chucrute). Segundo o chefe de cozinha Sven Büttner, tudo é orquestrado de modo que cada cliente tenha uma excelente experiência gastronômica.

Esse hotel é o lugar ideal para celebrar qualquer ocasião, pois não só é um lugar de contos de fadas, mas também o local com um serviço hoteleiro espetacular.

Reserve o Hotel Vier Jahreszeiten Kempinski no Booking.com

Informações adicionais

Para visitar a cidade, compre o ticket que dura 24 horas. Custa bem pouquinho e super recomendo. Pode entrar no ônibus, bonde ou ainda no metrô sem pagar, pois ninguém pede comprovante. Se for pego sem ticket a multa é de 50 euros.

Para quem tiver tempo, recomendo visitar o campo de concentração em Dachau. Não fica muito distante da cidade e dá para ir com o S-Bahn. Outra recomendação é visitar o Palácio de Nymphenburg ou mais distante ainda, o castelo de Neuschwanstein, que serviu como inspiração para o castelo da Disney ou ainda o outro lindo castelo de Füssen. A viagem até lá é fantástica.

Enfim, aproveite a sua viagem pela Baviera, uma das mais belas regiões da Alemanha. Boa viagem!

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

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Conheço a Suíça muito bem, pois passei alguns anos estudando lá, na época do colégio interno e, mais tarde, trabalhando na Union des Banques Suisses (UBS).

Recentemente estive lá e preparei um roteirinho. Esse roteiro é para quem vai para Genève (Genebra) pela primeira vez. Lógico que se decidir voltar, poderá sempre fazer algo que não fez durante a última visita. Genebra é uma cidade super cosmopolita, o berço de 22 organizações internacionais e mais de 250 organizações não-governamentais (ONG).

É uma das mais verdes cidades da Europa com 330 hectares colocados à disposição de parques e zonas verdes. Genebra é chique. Um verdadeiro oásis de paz e de prestígio.

Moeda

A moeda é o Franco Suíço (CHF), apesar que o euro também é aceito em muitos estabelecimentos. A minha recomendação é que já levem francos suíços. Tem lugares que não aceitam outro tipo de moeda, nem a moeda universal, que é o dólar americano. Cartões de crédito também são aceitos em geral.

Lingua

A Suíça é dividida em quatro Cantões. Cada Cantão é uma região com o seu próprio idioma, usos e costumes. Por exemplo, Genebra encontra-se na parte francesa ou cantão francês, Lugano na parte italiana ou cantão italiano, Zürich na parte alemã ou cantão alemão e Chur na parte reto-românica ou cantão dos grisões. Em uma viagem de 3 horas de trem, você vai passar por 3 idiomas diferentes.

Como chegar

Para quem sai do Brasil, a empresa aérea Swiss tem voos diretos de São Paulo para Zürich e de lá conexão imediata para Genebra. Brasileiros não precisam de vistos, desde que a estadia não ultrapasse os 90 dias. Lembre-se que a Suíça não faz parte da Comunidade Europeia. Uma vez no aeroporto de Genebra-Cointrin, procure o balcão de informações perto de onde se pega as malas, pois quem chega recebe um ticket gratuito, válido por 80 minutos, para utilizar nos meios de transportes (ônibus, trem e bonde) até à cidade. Os meios de transportes públicos na Suíça são excelentes, limpos, eficazes e levam à qualquer parte da cidade. Não se esqueça que táxi não é barato.

Dia 1

Super recomendo ver o Jet d’Eau que é o cartão postal da cidade. Esse jato d’água atinge uma altura de 150 metros e despeja 500 litros d’água por segundo.

Tirar fotos do Horloge Fleuri (Relógio de flores) no Jardin Anglais. Como a cidade é a capital dos fabricantes de relógios, decidiram fazer um relógio todo de flores. As flores são mudadas constantemente.

Visitar o Museu Pathek Philippe. Nesse museu você aprenderá muito sobre a história da fabricação de relógios desde a Idade Antiga até os dias de hoje. O museu é lindo e possui uma grande quantidade de relógios antigos e pinturas, entre outros objetos. É interessantíssimo e vale muito a pena conhecer.

 Dia 2

Visitar o centro histórico da cidade onde está localizada a Place Bourg de Four, o coração da velha Genebra. São várias ruazinhas na colina com restaurantes e muitas lojas de antiguidade. Em seguida, visitar a Catedral de São Pedro, uma das mais antigas da Suíça.

Visitar a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, conhecida como CERN, que é o maior laboratório de física de partículas do mundo, localizado em Meyrin, na fronteira França-Suíça. Recomendo agendar a visita com mais de 1 mês de antecedência, pois há uma grande demanda para visitar o local. A ida até lá pode ser com o bonde e demora uns 45 minutos, portanto recomendo ir cedo, pois a visita guiada demora um pouco. Nesse centro de pesquisas você verá onde foi lançado o primeiro aparelho de rede web que usamos hoje (www.com) e aprenderá que estão pesquisando como chegar até a origem da vida. Vá até o subsolo e veja o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo. O LHC fica alojado em um túnel de 27 quilômetros de comprimento e simula as condições que ocorreram imediatamente após o Big Bang.

Dia 3

Pela manhã a pedida é visitar o Museu Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Em Genebra foi onde todo o trabalho em relação às causas humanitárias começou. Para os interessados em ajudar ao próximo, o museu oferece várias palestras e informações sobre causas e como a Cruz Vermelha vem proporcionando ajuda aos países mais necessitados.

Depois vá visitar o Palais des Nations. Esta é a sede da  Organização Mundial das Nações Unidas, que foi construída entre 1928 e 1936. O lugar é lindo com várias esculturas e obras de arte. É necessário comprar o bilhete online antes de ir e decidir em que língua você gostaria de fazer o tour.

Onde ficar em Genebra

Grand Hotel Kempinski, Genebra

Existe uma grande variedade de hotéis na cidade, porém nada melhor que se hospedar em um hotel com vista magnífica para os Alpes, o lago e o Jato d’Água. Lógico que o preço também vai fazer uma grande diferença na hora da escolha. Quanto mais perto do lago estiver o hotel, mais caro vai ser. Portanto, recomendo procurar bem e decidir o que for melhor para a estadia.

Como já sou fã número 1 do grupo hoteleiro Kempinski, pois já fiquei em outros hotéis do grupo ao redor do mundo, optei mais uma vez para me hospedar nessa rede hoteleira em Genebra. O hotel é o único na cidade a ser considerado um hotel completo. São 3 restaurantes, salões de conferência, Spa, sala de ginástica, lojas de artigos de luxo, um terraço com 30 metros de plantação onde cultivam 16 tipos de frutas e verduras sazonais, um bar, um teatro para 1300 pessoas, uma discoteca, uma apicultura, além dos 412 quartos e suítes. A suíte onde me hospedei  tinha vista direta para o lago. A acomodação tinha tudo que um hóspede exigente possa imaginar, não faltando absolutamente nada. A decoração é super moderna nas cores vinho, creme e cinza claro e o banheiro é todo em mármore com gigantescos espelhos.

O café da manhã e o jantar são servidos no restaurante italiano Il Vero. A primeira refeição do dia é uma experiência bem diferente. Tudo é servido em estilo buffet com tudo que se possa imaginar de uma refeição luxuosa com champagne e sucos naturais fresquíssimos. Quatro pontos me impressionaram muito durante o café da manhã: O fato do hotel ter a sua própria cultivação de abelhas, o leite e iogurte serem provenientes de vacas do fazendeiro Claude Biêri, da fazenda local Avully, portanto prezando a sustentabilidade com produtos frescos, o serviço impecável, pois mesmo o hotel estando cheio, os funcionários estavam sempre atentos aos detalhes e por fim o chefe que preparava os omeletes em uma cozinha aberta como se estivesse cozinhando para você. Achei um luxooooo!

 O jantar foi magnífico também e escolhi uma entrada de “burrata” da região da Puglia, camarão vermelho de Mazzara del Vallo e feijão branco. Como prato principal, ravioli feitos no hotel com aspargos e ricota acompanhados de um creme de aspargos. Para terminar um sorbet de coco e fambroesa. Tudo estava divino.

No outro dia, encontrei-me com uma amiga para almoçar. Já dessa vez escolhemos o restaurante The Grill Prime Steakhouse. Apesar de ser um restaurante particularmente só de carnes entre os cortes mais prestigiosos, o local também oferece peixes e crustáceos no menú. Para quem gosta de carne esse é o lugar ideal. O restaurante é o endereço favorito do designer de sapatos Christian Louboutin. É super interessante ver a cozinha aberta e o chefe preparando a sua comida, que por sinal foi deliciosa. Escolhi como entrada lulas grelhadas seguidas de um filet mignon com diferentes tipos de batatas e para terminar um sorbet de manga. O serviço também nesse restaurante foi “hors-concours”.

O hotel possui um Spa com produtos da maravilhosa marca Valmont, uma piscina coberta e uma sala de ginástica com aparelhos de última geração. Como personal trainer, o hotel dispõe nada menos que Cédric Grand, campeão suíço de bodybuilding em 2012 e membro durante 16 anos do time de bobsleigh.

Enfim, espero que vocês aproveitem essa cidade maravilhosa. Vocês podem imaginar que a Suíça me traz boas recordações. Vale muito a pena conhecer o país, e se puderem se hospedar no Grand Hotel Kempinski Genebra, melhor ainda.

Faça sua reserva no Grand Hotel Kempinski Genève aqui

Maiores informações: www.kempinski.com

E você? Já visitou a Genebra? 

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Um pouco da história do Belmond Copacabana Palace 

A história do Belmond Copacabana Palace é bem complexa. Tanto é que existe um enorme livro, do jornalista Ricardo Boechat, sobre a história desse hotel fabuloso. Conta-se que uma vasta quantidade de visitantes era esperada para a grande Exposição do Centenário da Independência do Brasil em 1922 e não existia um hotel na cidade capaz de abrigar personagens ilustres. Foi então que o presidente Epitácio Pessoa resolveu submeter o projeto ao milionário Octávio Guinle, dono de dois hotéis, o Hotel Palace no Rio de Janeiro e o Hotel Esplanada em São Paulo, os mais luxuosos hotéis nas duas cidades. A construção deveria ter sido iniciada em 1919, porém os trabalhos só começaram em 1923 devido às dificuldades na importação de cristais e mármores da Itália, na execução das suas fundações (com quatorze metros de profundidade, conforme requerido pelo projeto), à falta de tecnologia da época e à inexperiência no país para esse projeto tão grandioso; além da ressaca que, em 1922, destruiu a Avenida Atlântica, causando danos aos andares inferiores do hotel.

Para essa construção tão esperada foi contratado Joseph Gire, um arquiteto da França, que se inspirou nos hotéis Carlton em Cannes e no hotel Negresco em Nice. O hotel sempre foi o lugar de escolhas de celebridades internacionais. A lista de hóspedes com passagem por lá vai desde Marlene Dietrich, Nelson Mandela, Bill Clinton, rainha Sofia da Espanha, rainha Silvia da Suécia, Lady Diana, Richard Gere, Madonna, a banda U2, Sting, Micky Jagger, Mario Testino, Valentino, entre outros.

Apesar de ter tido seus anos dourados, o Belmond Copacabana Palace quase foi demolido. Esse fato só não aconteceu porque o hotel já era considerado Patrimônio Histórico. A família Guinle, não podendo mais arcar com os custos da manutenção, teve que vender o hotel para a rede hoteleira inglesa Orient Express que hoje se chama Belmond; um grupo com trens, hotéis e navios de cruzeiro em várias partes do mundo.

Minhas visitas ao Belmond Copacabana Palace

Para dizer a verdade só entrei no Belmond Copacabana Palace poucas vezes. Quando morei no Rio, era muito pequeno para poder aproveitar desse hotel tão lendário. Como morador da cidade nunca tive a necessidade de me hospedar lá. Ainda muito jovem me mudei para a Europa e logo vinham as férias de verão que eram em outros países da Europa e raramente viajava para o Brasil. Portanto, o Belmond Copacabana Palace, para mim, não passava de mais um belíssimo edifício na minha cidade de nascimento. Já na fase adolescente, fui convidado a passar um verão no Rio de Janeiro.

Foi durante um Carnaval que recebi o convite, para uma recepção pré-Carnaval. Nessa festa, entre os inúmeros convidados famosos, estava a Roberta Close, belíssima. A festa foi no Anexo, uma extensão do prédio principal inaugurada em 1948, para hospedar políticos que faziam a rota Rio de Janeiro-Brasília quando a cidade deixou de ser a capital do Brasil. A outra vez que me lembro de ter pisado no hotel foi no casamento dos meus queridos Guto Grieco e Fernanda Kihara. Um casamento de sonhos com todo o requinte que se possa imaginar.

A primeira vez que me hospedei no hotel foi quando decidi passar meu aniversário no Brasil, coisa que faço muito raramente. Porém, estava precisando recarregar as energias em uma cidade que tanto amo, pois apesar dos problemas políticos e financeiros que está passando, será sempre uma cidade cheia de charme e de energia.

Recentemente voltei a me hospedar no Belmond Copacabana Palace e o motivo dessa vez foi para participar do casamento de Philippe Behring e Ana Carolina Saade. Conheci esse simpático casal em Paris durante o casamento de um amigo em comum e na hora de decidir onde me hospedar, não pensei duas vezes e escolhi o Belmond Copacabana Palace, já que o casamento seria lá.

O casamento foi perfeito com gente vindo do mundo inteiro. Foram vários dias de festas até culminar no ápice que foi o evento principal. A cerimônia aconteceu na igreja São Francisco Xavier, no centro histórico da cidade e a recepção do casamento foi no Belmond Copacabana Palace. 

Hotel Belmond Copacabana Palace, Rio de Janeiro

No total são 136 quartos e 105 suítes. A maioria das acomodações, com área mínima de 30 m², dispõe de cama king-size, banheiro em mármore e um mobiliário digno de uma realeza. As sete localizadas na cobertura (chamadas de Penthouses) possuem terraço privativo e vista para à praia. No andar da cobertura, há uma piscina de uso exclusivo. A suíte, onde me hospedei, era em um ângulo do hotel e tinha vista para a piscina e para o azul estonteante do Oceano Atlântico.

O silêncio pelos corredores, mesmo o hotel estando em alta ocupação, e o agradável aroma de flores por todos os lados me impressionam muito. Com um atendimento impecável, o Belmond Copacabana Palace esbanja luxo, sofisticação e elegância, além de oferecer todos os mimos possíveis e inimagináveis. O enorme lobby se torna um local aconchegante pelo maravilhoso perfume das flores, arrumadas em um imenso vaso na área central.

Os restaurantes do Hotel Belmond Copacabana Palace

A propriedade entra na lista dos tradicionais hotéis cinco estrelas que abrigam restaurante de alta gastronomia. Dessa vez optei pelo Mee, um dos primeiros restaurantes a ser premiado na América do Sul e um dos únicos restaurantes no Rio de Janeiro a ser condecorado com uma estrela do Guia Michelin.

O restaurante é comandado pelo chef Ken Hom e o Chef Executivo Kazuo Harada, que conduz você por uma exótica jornada gastronômica através da Tailândia, Camboja, Malásia, Singapura, Coréia, Vietnã, China e Japão. Um menu especial, com uma variedade de opções, está sempre sendo inventado pelos chefes de modo para conduzir-nos a diferentes viagens gastronômicas. O restaurante, aberto só durante o jantar, tem até uma sommelière de Sakê, que propõe mais de 25 variedades da bebida importadas do Japão, além de uma carta de 18 coquetéis criados para que o hóspede tenha uma magnífica experiência culinária. Escolhi como entrada vários tipos de sushi e sashimi. O que amei foram os camarões à moda de Hong Kong que pedi sem amendoim. Tudo estava delicioso.

O café da manhã é servido no restaurante Pérgula com vista para à praia de Copacabana e para à piscina. Para começar a primeira refeição do dia, o restaurante tem vários tipos de sucos naturais, água de côco e sucos detox.

Imagino que já deixam esses sucos prontos para que o hóspede, que ficou até tarde na balada ou na festa de casamento, possa repor as energias! Frutas…meu Deus… são muitas e de todos os tipos. São tantas cores e sabores que fica difícil de escolher. Sem falar nos pães e docinhos diferentes e típicos brasileiros. E isso só na parte do buffet, pois o cardápio normal é bem extenso. É para ficar ali horas conversando enquanto se come um pão de queijo quentinho. Após a maratona do casamento decidi dar umas braçadas na piscina semi-olímpica, famosa por Lady Diana ter pedido para acenderem as luzes, pois queria nadar de noite e sozinha.

O Spa do Belmond Copacabana Palace

Pra fechar minha estadia fiz uma massagem Shiatsu no Spa. No meio do que pode ser a caótica Rio de Janeiro, além de ser chiquérrimo, o local é um oásis de paz oferecendo prazerosos rituais que purificam, tonificam e revitalizam. São cinco salas de tratamentos individuais, duas suítes de tratamento para casal, uma sala de ginástica com aparelhos de ultima geração, salão de cabeleireiro e sauna à vapor e sêca. O Spa utiliza produtos orgânicos brasileiros feitos a partir de sementes e frutas tropicais nos tratamentos corporais e faciais. E não se esqueça de comprar o spray para ambientes e para travesseiros. Você vai se lembrar do aroma do Belmond Copacabana Palace quando estiver em casa. É um cheiro único e super agradável.

Enfim, mesmo se você não for para um casamento, vale muito a pena se hospedar no hotel Belmond Copacabana Palace. E se morar no Rio de Janeiro, vá lá mesmo que seja só para comer em um dos magníficos restaurantes ou fazer um tratamento no Spa. São muitos anos de história em um lugar maravilhoso e apesar de todos os problemas, o Rio de Janeiro continua lindo.

 Informações Úteis

Hotel Belmond Copacabana Palace

Website: http://www.belmond.com

Endereço: Avenida Atlântica 1702, Rio de Janeiro

Reserve o Hotel Belmond Copacabana Palace no Booking.com. 

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A primeira vez que fui para Saint Martin foi em 1996, quando perdi meu emprego no banco de investimentos para o qual trabalhava. Parece até uma coincidência, porém as duas vezes que perdi meus empregos, foi em St. Martin onde encontrei meu refúgio. Talvez seja pelo fato de uma ilha ser o lugar ideal para esquecer de tudo e pensar como recomeçar a vida.

Informações Básicas de St Martin

A melhor maneira para se chegar lá, para quem vem do Brasil, é por Miami com um voo da American Airlines. Não precisa tirar visto para chegar a este paraíso. St. Martin vai além do básico “sombra e água fresca”. Ela oferece atrativos variados a públicos diversificados. Vai depender do gosto e do bolso de cada um. Por falar em bolso, a moeda utilizada na ilha é o Euro, porém o dólar americano é aceito em todos os estabelecimentos.

Um pouco da História de St Martin

St. Martin é considerada uma Coletividade de Ultramar, o que significa que é administrada por um outro país. No caso de St. Martin, a ilha pertence a dois países, França e ao Reino dos Países Baixos (Holanda). A capital da parte francesa é Marigot e da parte holandesa é Philipsburg. Os habitantes têm passaportes franceses e holandeses.

O lado holandês recebe navios de cruzeiro gigantescos e uma multidão de gente fica rodando por lá, inclusive muitos americanos. Nesse lado da ilha se encontram as lojas de “duty free” vendendo tudo que se possa imaginar a preços bem convidativos. Só os eletrônicos que não compensam. Essa região da ilha é bem animada com cassinos e boates. Portanto, se quiser comprar aquela jóia ou perfume, é nesse lado onde se acham tais produtos de sonho de consumo.

A parte que mais gosto é a francesa, que é a preferida de muitos. As praias mais bonitas, os restaurantes mais badalados e os lugares mais encantadores estão nesse lado. A parte francesa é chique, como tudo na França.

As praias

Imagino que quem vai para St. Martin está em busca de um mar de uma tonalidade de azul que chega a ofuscar e de uma água cristalina de tão limpa. No total são 36 praias pra escolher e as melhores, na minha opinião, são: Maho Beach, que por estar bem perto do aeroporto é a praia onde se pode ver os aviões aterrissarem e decolarem. É uma emoção vê-los bem pertinho.

A outra praia queridinha é a Friars Bay com seu ar remoto e deserto, típico de uma ilha. Já a L’Orient Bay possui uma das vistas mais bonitas e é o lugar para fazer vários tipos de esportes náuticos. Ali é um agito só com vários restaurantes, lojas, inúmeras atividades a escolher e até mulheres fazendo topless. Votada a 13ª melhor praia de todo o Caribe pela revista de viagens Condé Nast Traveler, tem cenário de cartão-postal. 

Hotel Belmond La Samanna

O hotel Belmond La Samanna fica em uma das praias mais bonitas da ilha, a Baie Longue e está na lista dos 10 melhores hotéis de todo o Caribe. Tudo no hotel é perfeito e digno de um hotel cinco estrelas. 

O que muito me impressionou no hotel Belmond La Samanna foram os jardins super bem cuidados. Acordar pela manhã, escutar os pássaros cantarem e sentir o perfume das flores do jardim não tem preço.

Totalizando 83 apartamentos e suítes e as oito vilas com três quartos, o hotel esbanja sofisticação e elegância com sua arquitetura de influência mediterrânea. Mesmo sendo um resort praiano, o hotel ostenta espaços luxuosos, priorizando um atendimento impecável.

Os amplos aposentos exibem uma decoração clássica e sofisticada, com um elegante mobiliário de madeira, além de todas as comodidades da vida moderna para um hóspede mais que exigente. Alguns aposentos têm até piscina privativa enquanto outros têm um terraço.

Claro que não pode faltar o sistema de rede Wi-Fi e o ar condicionado que é tao forte que parece que estamos na Antártica. Com o calor arrebatador do Caribe, o ar-condicionado é essencial.

As refeições podem ser feitas em dois restaurantes. O restaurante Trellis, com vista para o mar, serve uma culinária francesa tradicional. O menú é sazonal e quando estive lá comi risotto de lagosta, medalhões de lagosta e uma sobremesa de manga “desconstruída”. Já o Interlude é onde é servida a primeira refeição do dia. Para os amantes de “croissants”, “pain au raisin” e “pain au chocolat”, esse é o local. O café da manhã pode ser à la carte ou servido em estilo buffet com vários tipos de sucos naturais, queijos importados da França e da Holanda e pães feitos na padaria do próprio hotel. Uma verdadeira viagem gastronômica.

Um outro recanto perfeito é o Baie Longue Bar onde comi mais lagostas e o peixe Mahi-Mahi grelhado com molho crioulo. Neste recanto apreciei a vista de sonhos tomando um coquetel de frutas com bastante rum, afinal estamos no Caribe.

Para quem gosta de atividades, o hotel tem um centro de esportes onde é possível reservar kayak, fazer esqui aquático e passeios emocionantes de lancha ou ainda jogar tênis em uma das três quadras que ficam iluminadas à noite também. Maravilhosas são as duas piscinas e o centro fitness com aparelhos de última geração. Para os amantes de snorkel, em frente ao hotel, existe uma barreira de coral com uma rica vida marinha que encanta a todos os mergulhadores com cilindro ou não. E para quem não quiser fazer nada, recomendo alugar uma das inúmeras cabanas espalhadas pela a areia do resort, utilizar o sistema de rede WI-FI, que alcança até à praia para ler os últimos emails do dia, dormir e só acordar quando o vento do final da tarde despertar.

Para fechar com chave de ouro, recomendo uma massagem no Spa. Utilizando produtos da marca Sisley e Pure Altitude, o Spa oferece toda uma gama de tratamentos corporais e faciais. Os produtos utlizados estão entre os melhores encontrados no mundo da Alta Cosmetologia. Vale a pena!

Enfim, aproveite as suas férias em uma das ilhas mais bonitas do Caribe desconectando-se de tudo e de todos. Se a hospedagem for no hotel Belmond La Samanna, melhor ainda.

Informações Úteis

Belmond La Samanna

Endereço: PO Box 4077, 97064 St Martin, CEDEX, French West Indies

Website: www.belmond.com

Reserve o Belmond La Samanna ou veja outras opções de hotéis em St Martin no Booking.com. 

Dicas e cupons para economizar na sua viagem

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Já tinha ouvido falar dessa praia e visto trajes masculinos e femininos de banho com a escrita Bondi Beach, mas foi em uma primeira viagem a Austrália que o interesse pelo lugar despertou uma maior curiosidade. Chegando em Sydney, encontrei-me com uma amiga que me levou a conhecer a praia Bondi e o restaurante Icebergs Dining Room and Bar. A praia e o restaurante não ficam muito distantes do centro da cidade e se chega lá bem facilmente de táxi ou mesmo de ônibus. Fica meio que escondida atrás de uma colina e quando se chega não tem quem não fique de boca aberta tamanha a beleza. A praia é quase semi-circular e do alto da colina se tem uma vista panorâmica para o mar com cores de tirar o fôlego. A praia Bondi é o berço do famoso esporte surf e dos bronzeadores conhecidos mundialmente. Durante o almoço, não sabia se apreciava a vista ou se comia os pratos deliciosos. Esse dia foi fantástico, sem nuvens e uma temperatura bem agradável de fim de verão. Para complementar vi o ator americano Seth Rogen, que estava promovendo seu filme no país. Recentemente resolvi viajar para a Austrália e quis prestigiar novamente um dos mais famosos restaurantes de Sydney.

O restaurante Icebergs Dining Room and Bar, de propriedade de um amigo de origem italiana, Maurice Terzini, fica dentro do complexo Bondi Icebergs Club com sua piscina icônica.

A Piscina de Bondi Beach – Bondi Icebergs Bath

Esse clube existe desde 1929 e para se tornar membro é necessário nadar durante três domingos por mês e mais de 75 vezes em um período de cinco anos. Mesmo quando a temperatura da água está à 12 graus, durante o inverno australiano, os banhistas têm que bater cartão senão são expulsos da comunidade.

Para quem quiser passar o dia nadando na piscina de água do mar, não é necessário ter a carteirinha de membro, pois basta pagar a diária e aproveitar esse lugar mágico. A piscina abre de 6 da manhã as 6:30 da tarde. Os preços para entrar na piscina: Adultos $6.50 , Crianças $4.50 e Espectadores: $4.50. Além disso eles tem os Passe para família (2 Adultos & 2 crianças) por $18, 25 passes para adultos por $130 para quem quiser levar um grupo e 25 passes para crianças ou seniors por $85. As toalhas custam $3.50. 

Icebergs Dining Room and Bar

O Icebergs Dining Room and Bar tem vista panorâmica para a praia Bondi e é o lugar querido de celebridades. As atrizes Cate Blanchett e Nicole Kidman são vistas regularmente por lá quando estão na cidade.

O menu presta homenagem à culinária mediterrânea com produtos sazonais, orgânicos e muitos desses vem diretamente de fazendas da Itália.

Desde a decoração do salão até à sofisticação dos pratos, tudo parece ter sido orquestrado para que o cliente tenha uma magnífica experiência gastronômica. O proprietário nasceu em Melbourne, mas cresceu na Itália. Todos os anos ele vai pra Itália trazer novas idéias culinárias para o restaurante. Maurice quer que os australianos tenham uma concepção diferente do que seja uma verdadeira refeição italiana, bem mais sofisticada do que a comida italiana que se vê pelo mundo afora.

Ainda não tive a oportunidade de comer lá no Brunch do domingo, mas ouvi dizer que é o ponto de encontro preferido na cidade. 

Nessa última vez que estive, pedi de entrada a versão do restaurante do famoso “fish and chips” (Peixe e batatinhas) que veio com caviar. Para continuar, flor de abobrinha tempurá e para finalizar, um risotto de lagostim com casca de laranjas que por sinal estava uma delícia.    

Todo o cardápio é supervisionado pelo chefe de cozinha Monty Koludrovic. O restaurante tem também um bar com os melhores vinhos australianos e internacionais.

Após o almoço minha recomendação é fazer a caminhada famosa de Bondi a Brontë. Passando por várias outras praias como a Tamarama, apelidada de Glamurama por estarem ali as pessoas mais bonitas de Sydney até chegar em Brontë, uma outra praia maravilhosa. Esse passeio é único, pois o mar e as falésias estão bem ali pertinho.

Enfim, estando em Sydney vale a pena conhecer Bondi Beach e recomendo visitar o complexo Bondi Icebergs Club e o restaurante Icebergs Dining Room and Club. Você não vai se arrepender!

Foto de Capa: Karla Larissa – Compartilhe Viagens

Informações Úteis

Icebergs Dining Room and Bar
Endereço:1 Notts Ave, Bondi Beach NSW 2026, Australia
Website: http://www.idrb.com

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A viagem à Escócia não estava programada. Porém, como canta o artista panamenho Ruben Bláde “La vida te da sorpresas, sorpresas te da la vida”. Embarcando para a Itália, o voo acabou lotando, tive que escolher um outro lugar para ir e de lá prosseguir para o meu destino final. Olhei no painel da empresa aérea e, entre vários voos para a Europa, resolvi que a cidade escolhida seria Edinburgh ( Edimburgo), na Escócia. Já tinha visitado o país durante uma viagem escolar no verão quando era criança e estava super ansioso em regressar agora na idade adulta.

Assim que cheguei, reservei um almoço no restaurante Hadrian’s Bar Brasserie no hotel The Balmoral, um dos mais tradicionais hotéis da cidade. Localizado no número 1 da Princes Street, foi inagurado em 1902. Com 168 quartos e 20 suítes, o hotel é sofisticado ao extremo. Fazendo parte do grupo hoteleiro Rocco Forte Hotels, o hotel The Balmoral teve o privilégio de ter sido decorado pela famosa designer de interiores italiana Olga Polizzi, que tornou o estabelecimento em um lugar aconchegante, luxuoso e elegante, porém sem exageros.

The Balmoral é homônimo do castelo de Balmoral onde a rainha Elizabeth II costuma passar as férias de verão. A cunho de curiosidade, para quem assistiu o filme “The Queen”, foi ali onde ela ficou sabendo da morte de Lady Diana pelo ex-primeiro ministro Tony Blair.

Hadrian’s Bar Brasserie

O restaurante é pilotado pelo chefe de cozinha Jeff Bland que tem uma estrela Michelin há 14 anos. Chefe Bland utiliza somente produtos sazonais e orgânicos nos saborosos pratos de sua criação. O nome Hadrian é uma homenagem ao imperador romano Adriano, que construiu um enorme muro para proteger a assim chamada Britannia dos invasores do norte. Tão logo me sentei, pedi um Kir Royal como aperitivo enquanto esperava o menu. Como estava na Escócia, sabia que teria que escolher um prato de frutos do mar e assim foi a escolha. Pertinho de mim havia um carrinho com algo que amo de paixão, salmão escocês. Pedi como entrada o salmão que veio acompanhado de guarnições como alcaparras, cebolinha picada, limão e um molho de mostarda. Nunca tinha comido algo igual ou tão saboroso. Defumado no próprio hotel e marinado no whisky, o salmão não é gorduroso e é levemente adocicado. Para acompanhar, pão de centeio orgânico, manteiga e molho pesto. Como prato principal, optei pelo robalo com mexilhões e camarões que estava divino.

Para finalizar a refeição, escolhi uma sobremesa que semprei amei, o pudim de Natal. Feito com frutas cristalizadas, rum e creme de baunilha, essa sobremesa é servida quente e é típica do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

The Whisky Ambassador

O hotel The Balmoral tem um bar exclusivo dedicado aos apaixonados dessa bebida tão famosa mundialmente. O verdadeiro whisky escocês é, obviamente, feito na Escócia e precisa ser envelhecido em barris de carvalho pelo menos durante três anos. A bebida é dividida em cinco categorias bem distintas: Single malt, single grain, blended malt, blended e blended grain. Geralmente, o melhor whisky é o “single malt”, que é feito de um só tipo de malte sem ser misturado com qualquer outro malte ou outro tipo de grão como, por exemplo, a cevada. O hotel The Balmoral tem os “Whisky Ambassadors”, que dão aulas para os que estiverem interessados na bebida. O próprio hotel tem mais de 500 rótulos de whisky single malt e os “Ambassadors” usam o kilt, uma espécie de saia quadriculada, o “tartan”, que é uma lã típica da Escócia.

Harry Potter

A convite do hotel fui conhecer a suíte J. K. Rowling. A suíte é linda com banheiro em mármore de Carrara, uma enorme sala de estar e o quarto principal com todas as amenidades para o hóspede mais que exigente.

Na sala, existe um quadro assinado pela escritora J. K. Rowling e um busto do deus grego Hermes em mármore. 

A escultura também tem a assinatura dela mencionando que se hospedou naquela suíte enquanto terminava de escrever o livro “Deathly Hallows” (Harry Potter e as Relíquias da Morte) em 2007. Vou ser sincero, assisti só alguns filmes e não li todos os livros.

Sei que existem clubes e pessoas fanáticas pelos livros dela e que sabem contar tudo e mais um pouco sobre cada personagem, mas posso dizer que ter passado uma tarde na suíte onde a própria J. K.Rowling se hospedou durante três meses foi uma grande surpresa.

Poder estar sentado no mesmo lugar onde ela tinha escrito o livro foi uma emoção tão grande que não tinha como conter tamanha alegria. Foram várias emoções ao mesmo tempo. Não sei se foi a própria surpresa de estar ali e compartilhar a mesma escrivaninha onde ela terminou a obra famosa mundialmente ou a lembrança dos momentos em que passei escrevendo as inúmeras matérias sobre as minhas viagens ou ainda as noites passadas escrevendo textos na época da faculdade. Só sei dizer que não vou me esquecer nunca desse dia maravilhoso no hotel The Balmoral.

Enfim, foi uma grande surpresa poder ter tido a oportunidade de vivenciar uma experiência magnífica no hotel The Balmoral. Temos que estar preparados para o que a vida nos reserva, sejam esses momentos bons ou ruins e aproveitar cada minuto como se fosse o último. E como diz o canção “La vida te da sorpresas, sorpresas te da la vida”,

Informações Úteis

The Balmoral Hotel

Endereço: 1 Princes Street,  Edimburgo, Reino Unido

Website: www.roccofortehotels.com

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Dubai é a capital de um dos setes emirados que formam o país Emirados Árabes Unidos, cuja capital é Abu Dhabi. Cada emirado tem seu próprio regente que é o Sheikh ou seja príncipe. Ele governa o seu emirado e toma todas as decisões necessárias para o bem estar de seus cidadãos.

Vou ser sincero: já tinha visto na televisão e ouvido falar de Dubai, mas o interesse em conhecer nunca tinha realmente me despertado até que li uma matéria de uma colega jornalista sobre a cidade. Finalmente, em 2010, fui visitar um grande amigo, cujo pai era embaixador do Egito no Sultanato de Omã, um país vizinho e após a visita fomos para Dubai. Essa primeira viagem foi em 2010 e já é a sexta vez que visito o país. A viagem desde o Sultanato de Omã aos Emirados Árabes Unidos foi de carro e durou cerca de cinco horas passando por deserto e montanhas áridas, uma paisagem que diria quase lunar.

Faltando uma hora da chegada, a primeira coisa que avistamos bem longe foi a torre Burj Khalifa, atualmente a torre mais alta do mundo. Olhei no painel do carro e faltavam ainda uns 70 quilômetros, mas mesmo assim á se via de longe essa construção ofuscante que brilhava no meio do deserto. Chegando em Dubai, uma verdadeira emoção. Lembro-me como se fosse hoje e nunca vou me esquecer. Nem nos meus sonhos mais loucos, imaginaria que um dia pudesse ver de perto essa construção tão grandiosa. Notei também que havia vários prédios sendo construídos. Lembrei-me imediatamente da jornalista que tinha escrito que “Dubai é um verdadeiro canteiro de obras em evolução”. Pura verdade.

Cada vez que regresso noto mais novos prédios. Até as ruas mudam de sentido, pois de acordo que cada prédio vai aparecendo, novas ruas vão surgindo mudando até mesmo o sentido do trânsito.

Dubai é assim. Uma profusão de cores e aromas que surpreende qualquer um, reinventado-se a cada momento. Alguém pode me perguntar qual é a razão de visitar Dubai tantas vezes. Posso responder que cada vez que vou sempre tenho algo diferente a fazer. A cidade oferece o que há de melhor no mundo. Você pode ir a uma balada como se estivesse na Europa, comer nos melhores restaurantes com sabores internacionais, fazer esportes radicais sejam eles frios ou quentes, e o interessante é que tudo isso pode ser feito em um lugar só. Tudo é possível em Dubai.

O que fazer em Dubai

Para quem nunca foi, recomendo subir até a torre Burj Khalifa de onde se tem uma visão fantástica para toda a cidade. Particularmente gosto ou de ir de manhã cedo quando o sol não está forte ou a tarde para ver o pôr do sol.

Um outro passeio que não deve faltar no roteiro é a visita ao Dubai Museum, que conta a história de como a cidade se transformou de um porto de colheita de pérolas em essa magnitude.

Um bairro que amo de paixão é Dubai Marina. Com prédios futurísticos, restaurantes modernos e a praia JBR, não tem quem não goste desse recanto.

Onde comprar em Dubai

Não deixe de visitar o Mercado do Ouro e o Mercado das Especiarias.

No Mercado do Ouro, existem lojas que mostram em um placar a cotação do metal precioso como se fosse em uma Bolsa de Valores. Jóias de tirar o fôlego compõem o cenário. Afinal, quem não gosta de sonhar??

Já no Mercado das Especiarias, amo comprar produtos que vêm de outros países orientais como a camomila do Irã, as tâmaras do Reino da Arábia Saudita, o olíbano do Iêmen e a mirra do Sultanato do Omã.

O Dubai Mall com suas 3500 lojas de grife é o maior centro comercial do mundo.

Uma loja em particular que sou apaixonado se chama Abdul Samad Al Qurashi. Para os apaixonados de perfumes, esse é o local. Os perfumes são sem álcool e feitos com verdadeiras essências de plantas e flores raras. Essa empresa com sede em Makkah, a cidade sagrada do mundo islâmico e localizada no Reino da Arábia Saudita, fabrica os perfumes para a maioria dos príncipes e princesas dos países árabes. Maravilhosos são os perfumes feitos para as princesas Nouf, Turva e Al’Jawhara, do Reino da Arábia Saudita, da Sheikha (princesa) Salwa al Sabah, do Emirado do Kuwait e da Sheikha (princesa) Fatima, dos Emirados Árabes Unidos.

Outra loja que amo é a Bateel. Essa loja tem as melhores tâmaras de todo o Oriente Médio inclusive as tâmaras Ajwa, que eram as favoritas do profeta Mohammed (Maomé).

Tudo em Dubai é referido em superlativo. Há quem ache que Dubai seja uma cidade com exageros. Eu, particularmente, amo de paixão, pois como tenho vários amigos por lá, a visita se torna mais interessante.

Apesar de ser um país liberal e moderno, é necessário lembrar que estamos em país muçulmano e necessita-se cumprir regras como não beber em público, a não ser nos hotéis e restaurantes e não demonstrar afeto em exageros. É verdade que Dubai não é um destino barato, porém não precisa ganhar na loteria para visitar. Acho que a única coisa econômica lá é a corrida de táxi, pois como o preço do petróleo é tão irrisório, cada viagem distante acaba saindo bem em conta. Para quem não sabe, o emirado de Dubai não depende só de petróleo. O turismo é a fonte número um do emirado. Acomodação em Dubai nunca será um problema, a dificuldade está em escolher onde ficar diante tantas opções luxuosas. Refeição em Dubai é sagrada. O restaurante pode ser em uma praça de alimentação ou em um restaurante estrelado. A qualidade e a fartura são os ingredientes básicos por lá. Difícil é escolher onde ir.

Onde ficar

Shangri-La Hotel

Localizado na Sheikh Zayed Road, esse hotel faz parte da cadeia Shangri-La Hotels and Resorts cuja sede encontra-se em Hong Kong. São 40 andares e suítes, dois desses andares são dedicados ao Horizon Club, uma espécie de clube privado dentro do hotel onde os hóspedes são recepcionados com bastante privacidade. Por exemplo, o check-in é feito nesse andar exclusivo, o cliente pode ter o terno ou o vestido passado gratuitamente por dia ou ainda check-out tarde, sem ser cobrado taxas extras, dependendo da ocupação entre outros mimos. Com aposentos com vistas ou para a praia ou para a cidade, a minha suíte tinha vista exclusiva de cartão-postal para a torre Burj Khalifa. 

O banheiro é a parte que mais me impressiona em um hotel. A banheira é de imersão profunda e o chuveiro tem água que cai tão forte que parece chuva torrencial. Outros mimos são as duas pias separadas.

Com duas piscinas, uma no último andar, o hotel tem um terraço no topo com vista deslumbrante para a Sheikh Zayed Road e a cidade. Com tantos passeios a fazer sempre tento marcar uma massagem durante a estadia. Dessa última vez escolhi uma massagem Shiatsu. Os produtos utilizados são da casa inglesa Kerstin Florian. O Spa é excelente com sua ala de ginástica com aparelhos de última geração, piscina, jacuzzi, quadras de tênis e de squash, sauna quente e a vapor além de outras amenidades. O café da manhã servido no Dunes Café é dos deuses. Para quem gosta de doces e tortas, é a minha recomendação. É difícil escolher o que comer com tanta opção. Além das diferentes seções de queijos e frios, o restaurante tem até um seção de comida asiática, árabe e indiana. O que aprecio muito é a seção de sucos frescos feitos na hora com as frutas que mais amo. Gosto muito desse hotel pela sua localização, pois fica próximo do centro financeiro e perto do meu favorito Dubai Mall onde acho tudo e mais um pouco.

Onde comer

Shang Palace

Eleito o melhor restaurante chinês de Dubai, realmente vale a pena. O cardápio é bem variado oferecendo um menu bem diversificado. Como não como carne sempre opto pelos crustáceos e frutos do mar. Dessa vez pedi o meu favorito camarão com molho X.O. de entrada e vieiras com pimenta como segundo prato. Como sobremesa não podia deixar de comer o sorvete de chá verde. O local é bem aconchegante com lustres feitos de papel típicos da China e todo decorado com tecidos vermelhos. Você se imagina estar em um restaurante de Shanghai de 1930. O serviço é impecável e a comida e realmente espetacular. Para quem gosta de comida chinesa, esse restaurante não é um restaurante qualquer, é comida chinesa de alto nível. Algumas receitas são ainda da época de quando a China era comandada pelo Imperador. Na China é normal tomar chá verde junto com as refeições. Portanto, a lista de chás do restaurante Shang Palace é realmente incrível e vasta.

Armani Hashi Restaurant

Em cooperação com o designer italiano Giorgio Armani e o Burj Khalita, o Armani Hotel tem vários restaurantes dentro da torre . Dessa última viagem escolhi o japonês Armani Hashi. Fiquei encantado. Não sabia se comia ou se me maravilhava com o ambiente. Situado aos pés da torre com vista para a Dubai Fountain, o local é mágico e a comida é espetacular. Comendo ali é possível assistir ao show de luzes e de música das fontes sem ter muita gente te esbarrando. Totalmente privado. Como estava com um amigo, optamos para comer um barco de sushi e de sashimi. Tudo estava perfeito e com atendimento nota mil. Como prato principal comemos um menu para duas pessoas que consistia em grelhados e frutos do mar. A carne servida foi a wagyu, uma das mais macias do mundo. Meu amigo comeu a carne e eu os frutos dos mar. Como sobremesa pedi os mochis, que são docinhos japoneses feitos de arroz e recheados com sorvetes. Por incrível que pareça, o restaurante não é frequentado pelo pessoal snob e sim por clientes que apreciam o que há de melhor na culinária japonesa. Os peixes são trazidos diariamente do mercado de peixe Tsukiji em Tokyo, no Japão. Após o jantar, vale a pena ir até a boate Armani Privé onde encontram-se as pessoas mais lindas de Dubai.

Cascades Restaurant

Sabe aqueles restaurantes que você entra e fica deslumbrado? Pois bem, o Cascades emociona com seu átrio com pé direito altíssimo. Os hóspedes podem optar por sentar-se perto da cozinha aberta ou na sala com os elevadores panorâmicos que descem e sobem enquanto se come ao som de música moderna. A decoração é linda com lustres em madeira escura, cristal e metal. Escolhi para almoçar lá e para dizer a verdade nem queria ir embora. Pedi de entrada uma combinação de comidas árabes como babaganoush, hummus e tabouleh. Já como prato principal, optei pelos camarões gigantes grelhados. A sobremesa não podia faltar e decidi pela torta de chocolate branco. O atendimento foi excelente e como o restaurante não estava cheio, fui tratado com muito carinho e cuidado. O meu atendente era da Mongólia e a atendente era da Namíbia. Dubai é assim. Gente do mundo todo. Amei cada minuto dessa experiência e com certeza tentarei voltar nesse restaurante outras vezes. Super recomendo!!!

Enfim, gostaria de escrever muito mais sobre Dubai, pois tem tanta coisa para mencionar que fica difícil contar tudo em poucas linhas. Prometo que voltarei outras vezes, até mesmo porque minhas tâmaras já estão acabando. Sempre contarei uma experiência ou outra sobre Dubai, pois até enquanto o próximo prédio mais alto do mundo não comece as obras em 2020, tenho certeza que muita coisa vai acontecer por lá. Afinal, Dubai continuará sempre a encantar durante muitas e muitas Mil e Uma Noites.

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