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Lençóis Maranhenses: infinito branco, lagoas incríveis e uma fofoca

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Barreirinhas é a porta de entrada para os Lençóis Maranhenses. Localizada a cerca de 250 km de São Luís, a cidade recebe visitantes vindos de todos os continentes a fim de desbravar os morros de areia branquinha e lagoas azuis. Chegamos em um fim de tarde de domingo em maio e, como os passeios ocorrem durante o dia, tivemos que passar a noite por ali. Logo que descemos do ônibus, uma legião de guias em motocicletas nos cercaram perguntando se já tínhamos hotel, se já havíamos fechado roteiros etc. Conforme andávamos, motoqueiros iam nos abordando – e até enquanto jantávamos um delicioso cachorro-quente. O assédio dos guias e a quantidade de pousadas denunciam: Barreirinhas vive do turismo. 


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Na manhã seguinte, por volta das 9h, embarcamos pelo Rio Preguiças rumo a Atins, comunidade à leste dos Lençóis, mais perto das principais lagoas. Optamos por ir conhecendo outras comunidades no caminho: Vassouras, Mandacarú e Caburé. Pagamos R$ 55 por pessoa (o preço era R$ 70, mas demos uma chorada). Outra opção é ir de 4×4, cerca de R$ 25.
Antes de entrar no barco, um café da manhã reforçado como só mais ao norte do País se vê: sopa de ovo, suco de cajá e salada de frutas, por R$ 9.

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Passamos pelas águas escuras, numa paisagem tipicamente amazônica, de mata ciliar alagada pela época de cheias. A impressão, porém, é de que não havia muito verde constante para além da beira, e as preguiças que dão nome ao rio haviam se despachado para locais mais ermos por causa do barulho dos barcos, explicou o guia.

Lençóis Maranhenses
Foto: Juliana Koch

Não há outra forma de explicar a primeira vez que avistamos uma duna ali: foi do nada. No embalo do verde, dos mangues, das árvores contorcidas e de raízes que pareciam, elas mesmas, umas palafitas, surgiu numa curva a comunidade de Vassouras. Atracamos e já fomos alertados pelo barqueiro para tomar cuidado com os “micos”. Ao menor som de embalagem de plástico, ao menos um macaco-prego destemido aparece para pegar comida. Nos 40 minutos que ficamos ali, a cena se repetiu diversas vezes. Um  deles, com ares de chefão, mais gordo e velho, quase não se mexia, parecia apenas ordenar os pupilos. Quando não estão roubando nada, eles ficam de adoráveis macaquices nas sombras dos coqueiros.

Lençois Maranhenses
Foto: Juliana Koch

Uma vez, em Mata do São João, na Bahia, não conseguimos subir as dunas e chegar a uma praia porque a areia exposta ao Sol mais parecia uma brasa de tão quente. Nos Lençóis é diferente: por causa dos ventos constantes, o chão não esquenta tanto. Em Vassouras, já estávamos impressionadíssimas com as dunas, mas ainda não tínhamos a dimensão do tamanho daquilo.

Seguimos até Caburé, mas nem descemos ali ainda. Um garçom vai até o barco para anotar pedidos para o almoço. Na parada seguinte, em Mandacarú, logo de cara havia uma barraca oferecendo caipirinha, cerveja e porções de peixe e camarão a preços muito mais atrativos. Comemos lá. Fomos andando pelas ruelas da comunidade, passando por lojas de artesanato encantadoras e crianças que recitavam poesia em troca de trocados. Chegamos logo ao ponto-turístico dali, o Farol Preguiças, de 35 metros e alguns lances de escada. No entanto, a maior atração de Mandacaru naquele dia era um burrinho espivitado que corria sem parar.

Lençois Maranhenses
Foto: Juliana Koch

Voltamos a Caburé, e desta vez descemos no vilarejo, que é um braço de areia entre o mar e o rio. Diz-se que a distância entre um e outro está diminuindo vertiginosamente, de forma que a vila pode desaparecer daqui alguns anos. “Antes, demorava cinco horas andando até o mar, hoje só cinco minutos”, contou o guia. Caminhamos pela única rua da comunidade, tomada de chalés idênticos, nada residencial, completamente turística. Tomamos um banho de água salgada e fomos repousar nas redes do restaurante. Os demais turistas que estavam conosco iriam voltar à Berreirinhas às 14h. Por isso, às 13h30 o barqueiro nos chamou e nos levou a Atins, a cinco minutos de barco dali.

Quando chegamos, só não ficamos chocadas pois estávamos bem avisadas (como você está agora). No porto de Atins não há nada. É uma praia de vegetação rasteira que dá para uma rua principal, de areia. O sol estava escaldante e carregávamos duas mochilas que foram ficando pesadas à medida que andávamos. A peregrinação atrás de um lugar para pousar não foi fácil: cada metro de areia fofa pareciam 10, e caminhávamos lentas e exaustas. Já estávamos viajando havia meses, desde Manaus, como mochileiras. Logo, pesquisávamos muito preços, mas a esta altura queríamos dormir minimamente confortáveis. No fim, não conseguimos aliar nossa expectativa de hospedagem barata e bacana. Ficamos em um hostel, cujo quarto privativo custava R$ 80 (mesmo preço que pagamos na diária de um kitnet fofíssimo em Barreirinhas), e sofremos um pouco com os sapinhos que vinham da lagoa no quintal e caíam sobre nossos mosquiteiros pelo teto vazado. Mas há pousadas charmosíssimas lá, para quem tem um orçamento um pouco melhor que o nosso.


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No entanto, não é preciso passar a noite no vilarejo. Os mais aventureiros podem fazer o tracking de dois ou de três dias pelo Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que tem uma entrada em Canto do Atins. É indispensável ter um guia! Há algumas agências na rua principal e o preço é tabelado, embora sempre haja como pechinchar um pouquinho.

Lençois Maranhenses
Foto: Mariana Oliveira

Os carros das agências buscam os turistas nas pousadas de tarde e levam para uma caminhada até a Lagoa da Capivara. O caminho até lá é cheio de fazendinhas e pastagens de gado e cabra sem limite de cercas. Ao chegar ao Parque, pude ter noção da grandiosidade daquilo: uma área maior que a capital de São Paulo e uma sensação de infinito. Uma sequência de montes brancos com lagoas que parecem ter brotado ali, naquele tanto de nada.

Lençois Maranhenses
Foto: Mariana Oliveira

Algumas lagoas vão sumindo conforme a estiagem se aproxima, e se enchem de novo na época das chuvas. Algumas, como a da Capivara, a Bonita e a Azul, têm água cristalina e profundidade de até 2,5 metros.

Lençois Maranhenses
Foto: Mariana Oliveira

Depois de assistirmos o Sol se pôr, voltamos à caminhonete rumo ao restaurante do Antônio, onde os trilheiros comem e dormem em redes ou em um quarto antes de seguir a caminhada na madrugada seguinte. Antônio é peça de um drama shakesperiano de Atins. Em 2005, uma coluna do Ricardo Freire na revista Época fez o camarão da Luzia, irmã de Antônio, ficar famoso. Hoje, há quem vá para os Lençóis mais para comer os crustáceos que para conhecer as lagoas. No entanto, os irmãos brigaram, e a esposa de Antônio, que trabalhava com Luzia, abriu com ele outro estabelecimento pertinho do original. Acontece que o os guias são mais afeitos a Antônio, possivelmente pela permuta, e levam os viajantes gastronômicos para o “camarão errado”. Tem muitos relatos na internet de gente que pediu para ir até a Luzia e foi levada até o concorrente. Infelizmente, engrossamos as estatísticas. Não me entendam mal: o camarão do Antônio é delicioso, talvez igualmente merecedor de fama, mas ficamos com a sensação de termos perdido alguma coisa. Talvez precisemos voltar à Atins, o que de nenhuma forma seria um sacrifício.

Leia também: 5 dicas essenciais para planejar sua viagem para os Lençois Maranhenses.  

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Juliana Koch
Juliana Koch é jornalista, roteirista e viajante. Escreve para diferentes meios de comunicação e tem crises de ansiedade ao pensar no tamanho do mundo e no quanto ainda não conhece – mas há de conhecer.

12 COMENTÁRIOS

  1. Oi Juliana, fiz essa viagem em abril, fui até o Canto de atins de carro, foi fantástico, como eu já sabia dessa treta dos caras de não levar para o restaurante da Luzia nós falamos expressamente para o motorista que queríamos ir para a Luzia , ele muito contrariado nos levou lá, então a Luzia nos contou que o Antônio paga um alto percentual sobre a conta para o motorista/agência, essa é a treta, ela se recusa a fazer isso, ela dá o almoço para o motorista e o agente que vai junto. Olha Ju, o camarão é desbundante, arretado de tão gostoso.

    • Leila estou indo agora dia 12 e com um pouco de receio de pegar muita chuva e lagoas nem tão cheias. O sol precisa brilhar para que possamos ver a beleza das cores das lagoas em contraste com o branco das dunas. Será que rola em abril? Como foi abril por lá para você?

  2. Muito bom o texto. Quando retornar, pode optar pela cidade de Santo Amaro – MA. Lá tem lindas lagoas e o passeio também é maravilhoso. Parabéns pela simplicidade e ricos detalhes… rsrrsrs

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