Madaba é uma cidadezinha entre Amã e o Mar Marto. De qualquer dois lugares como base dá pra fazer uma visitinha a cidade dos Mosaicos, mas nós partimos de Amã que fica cerca de 60Km ou pouco mais de uma hora de viagem. No caminho, paramos para ver o parque arqueológico de Umm Ar-rasas. A cidade me lembrou muito algumas cidades do interior do Brasil, aliás esse foi um sentimento que tive por todo país, a familiaridade das lojinhas amontoadas numa rua, com casas em cima que poderiam estar em qualquer lugar da nossa terrinha e é tão diferente do comércio americano.
O centrinho é bem pequeno e é ótimo pra dar uma voltinha pelas lojinhas, observar os hábitos da população local, comprar souvenirs e se perder um pouco sem medo. Apesar de ser bem turística, é interessante notar que a profusão de lojinhas, misturadas com açougues, lojas de material de construção, parece que atendem mesmo a população local.
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A cidade conhecida por sua tolerância religiosa em pleno oriente médio, tem a maior população de cristãos do país, mas ainda assim é possível ver por toda parte as mulheres usando o véu islâmico.
A maior parte dos turistas vem a Madaba por causa do mosaico que fica na Igreja Grega Ortodoxa de St. George, também conhecida como a “Igreja do Mapa”. Do lado de fora da igreja ficam posters com o mapa onde os guias podem explicar aos visitantes os detalhes do mosaico.
O mapa foi datado de 542 e 570 DC. Ele foi redescoberto em 1894 quando uma nova igreja ortodoxa estava sendo construída na área, mas só em 1965 o mosaico recebeu fundos para ser restaurado e preservado.
Esse é considerado o mais importante mosaico descoberto na Jordânia e o mapa com várias cidades e pontos conhecidos como Jerusalém, Belém, Kerak, Monte Sinal, Poço de Jacó Jericó é o mais antigo que retrata Jerusalém e a Terra Santa.
A igreja tem um interior bem colorido com diversos mosaicos cobrindo as paredes com imagens de santos.
Depois da visita a “Igreja do Mapa” nós almoçamos na cidade mesmo, num dos restaurantes mais tradicionais da área chamado “Haret J’doudna ” que significa ” A casa dos meus avós”. O Restaurante fica numa casa antiga bem pertinho da igreja, do outro lado da rua. As mesinhas ficam no jardim, numa área aberta e em um “terraço”.
A comida é simples e deliciosa.. o que você esperaria comer mesmo na casa de uma avó e os pratos custam entre 8 e 12 JD (em torno de 24 a 36 reais). Como vocês podem ver, muiiiita comida, no que eles chamam de Mezza que são as entradas com saladas, pães, tabule e hummus e montes de outros vegetais. No final, servem um café bem preto, estilo árabe, que eu não tomei, claro, mas achei interessante como era feito e servido em bulezinhos individuais(foto abaixo).
O difícil depois de uma refeição dessas é ter ânimo pra fazer outras coisas, mas antes de partir pro Mar Morto ainda tínhamos mais um lugar pra visitar. Na cidade há várias lojinhas com trabalhos de artesãos e também na estrada a caminho de Mount Nebo. Paramos em uma delas para conhecer o trabalho minucioso das mulheres e deficientes físicos que fica ao lado da loja. Lá é possível saber um pouco do processo de fazer cada peça dessas e algumas levam quase um mês pra ficarem prontas.
O trabalho é de paciência e minucioso. Elas cortam as pedrinhas, uma a uma e vão montando pecinha a pecinha em mosaicos maravilhosos. A árvore de Madaba é um dos mosaicos mais populares, enfeitando diversos itens diferentes na loja.
A loja que fica ao lado dessa área onde estão os artesãos, tem desde coisinhas pequenas como porta copos, vasinhos, caixas decoradas, até movéis cobertos em mosaico. Eu comprei uns porta copos(que o marido coleciona) por 5 JD(em torno de R$15) e outras coisinhas pequenas pra trazer de lembrança.
A cidade de Madaba e seus mosaicos são fascinantes… e depois de comprar alguns souvenirs, hora de pegar a estrada pra nossa próxima parada: um dia de descanso num Spa no Mar Morto.
Já viu nossos posts da Jordânia? Estão todos aqui:
- Embarcando na Nossa Próxima Aventura
- Jordânia: Voo com a Royal Jordanian e Chegada
- Direto da Jordânia – Os 3 Primeiros Dias
- Direto da Jordânia – Dias 4 e 5 – Rio Jordão, Feynan Ecolodge e Petra
- Direto da Jordânia: Os 3 Últimos Dias – Wadi Rum, Acampamento no Deserto e Mergulho no Mar Vermelho
- Jordânia: Umm Qays na Fronteira com a Síria
- Jordânia: Fazendo Pão Com Uma Família de Beduínos
- Jordânia: Visitando o Rio Jordão Onde Jesus foi Batizado
- Jerash: Uma Cidade Romana na Jordânia
- Jordânia: Visitando Umm Ar-Rasas – Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco
Visitamos a Jordânia a convite do Visit Jordan
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[…] Jordânia: Madaba a Cidade dos Mosaicos […]
A Jordânia é um país “invadido” pelo deserto da Arábia Saudita. Isto não a incomoda. O jordaniano é um homem de paz. Na demarcação ancestral das fronteiras correram o “risco” de também acharem petróleo. Devagar eles vão como que apagando o estigma de uma vastidão erma e ignota como já o fizeram os australianos e americanos do norte em desertos de seus países…:)
O horizonte urbano de Amã é tomado por mesquitas. De nenhum ponto se fica sem divisar uma quando não várias. Meu coração me cobrava uma Igreja Católica ou pelo menos encimada por uma cruz. Estou rodando e nada. Mas os Céus só estavam testando minha perseverança ainda que como que esquecida. De repente estou numa downtown square e uma cruz me irrompe no alto do casario como uma resposta fulminante à minha fé. Doutra feita, porquanto os Céus não brincam e operam inexoravelmente na metafísica divina e transhumana, estava eu não muito longe da Paris square e uma segunda me é revelada, esta última tem cadastro nos motores de busca e eu antes propositadamente não os acionei. Eu as queria como mensagem do Céu porquanto Deus é fiel. 2 destas Igrejas no coração de Amã estão em meu coração entre no máximo mais umas 3, visto que o país é fortemente muçulmano, o que se revela pelo mar de mesquitas espalhadas por vales e colinas…:)