Aruba com crianças: praias perfeitas para a família toda

Aruba é uma ilha pertinho da Venezuela com praias de um azul impressionante. Essa pequena ilha foi parte das Antilhas Holandesas e hoje em dia é um território independente da Holanda – tem o seu próprio governo mas ainda tem a proteção holandesa. A costa oeste da ilha é onde ficam as praias tranquilas de com aquele mar azul de sonho, os hotéis (concentrados nas praias de Palm Beach e Eagle Beach) e a principal cidade (Oranjestad). A costa leste tem praias com ondas fortes e é mais selvagem, boa parte dessa área está dentro do Parque Nacional Arikok. A vegetação da ilha parece de cerrado, com muitos cactus, árvores baixas e retorcidas, tudo muito seco, uma paisagem bastante árida. O motivo: quase não chove em Aruba, o que é uma maravilha para os turistas em busca de sol e mar. O vento é constante, tapeando o sol forte, e a ilha é um destino muito procurado por windsurfistas. Nós fomos no final de abril de 2009, encontramos uma ilha razoavelmente vazia, com uma boa infra-estrutura para turistas na área dos hotéis e ainda muita coisa por fazer para orientar o turista independente, que aluga um carro e passeia pela ilha como nós fizemos. Mesmo assim aproveitamos bastante, nossa filha Julia tinha um pouco mais de um ano e meio na época e adorou as praias calmas de Aruba. Meus pais foram junto, é uma viagem boa para a família toda.

Chegada: Fizemos uma maratona aérea para chegar, por conta de um atraso no primeiro vôo perdemos a conexão e daí em diante foi uma novela. Era pra gente ter chegado no domingo no início da tarde, acabamos entrando no hotel meia noite, já na segunda-feira, sem metade da nossa bagagem que foi extraviada no caminho. Uma beleza. Não tinha táxi no aeroporto na hora que chegamos, tivemos que pedir pra alguém lá dentro chamar e tivemos que combinar o valor com o taxista na hora. Foi um início conturbado.

Hotel: Quando acordamos no dia seguinte, com a vista maravilhosa do nosso apartamento no Marriott Aruba Ocean Club (foto acima do barquinho no mar de muitos tons de azul), o humor melhorou consideravelmente. Só até descobrirmos que as nossas malas ainda não chegariam naquele dia…mas enfim, fomos conhecer o hotel, andar na praia, e tomamos um banho de mar no final da tarde. O hotel é um time share da rede Marriott, e tem apartamentos de um ou dois quartos, ou studios. Nós ficamos num apartamento de 1 quarto, que tem um sofá-cama na sala, cozinha completa, bem espaçoso. A decoração é que estava já meio antiga, mas eles estavam renovando os quartos na época, então agora devem estar bem melhores. Fica bem na frente da praia, tem uma área de piscinas com um paisagismo bonito, e está entre o Aruba Marriott Resort & Stellaris Casino e o Marriott Aruba Surf Club (que é outro time share, maior e mais novo, e tem uma área de lazer lindíssima com várias piscinas bacanas). O estacionamento é grátis e não tem restaurante dentro do hotel, só o bar da piscina. Tem um Kid’s Club que não usamos, e um playground bonitinho. Áreas com churrasqueiras e mesas pra picnic também estão disponíveis. Muitas palapas na areia, com espreguiçadeiras, que os hóspedes podem reservar para o dia. Os três Marriotts são boas opções, eu visitei os três, achei o Surf Club o melhor pra crianças por causa da área de lazer; o Marriott Stellaris melhor para casais, é mais chique, mais quieto, mais sofisticado; e o Ocean Club é pra quem quer um apartamento mas prefere um hotel de menores proporções que o gigantesco Surf Club.

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Praia do hotel: A água estava com uma temperatura ótima, não era morninha mas também não estava fria. O trecho na frente do hotel é bem bonito como vocês podem ver na foto, e não estava cheio. A areia nesse pedaço é que achei um pouco estranha (dentro d’água), uma textura meio esquisita. Não sei se tem a ver com os barcos, que são muitos por ali. Praia bem calma, praticamente sem onda, uma beleza pra crianças. Aproveitamos pouco essa praia, porque passeamos muito fora do hotel e no dia que resolvemos curtir esse pedacinho, o vento estava tão absurdamente forte que levantava areia de tal forma que chegava a doer quando batia em você. Acabamos ficando nas piscinas do hotel.

Comunicação: Inglês foi a língua falada praticamente o tempo todo, os arubianos falam bem e como grande parte dos turistas vem dos EUA (e estávamos em um Marriott, afinal de contas, que é uma rede americana), eles já iam logo falando em inglês com a gente. Mas fora do hotel também foi assim, olhavam pra gente, viam que éramos turistas e pronto, falavam inglês.

Restaurantes: dentro do Marriott Resort tem vários, comemos um dia na Ruth’s Chris Steak House e estava tudo muito bom, nem conseguimos terminar a sobremesa do menu de preço fixo que pedimos. Outro dia jantamos no La Vista, as melhores mesas ficam na varanda do lado de fora, onde a temperatura é ótima, mas não tinha nenhuma disponível (e eles não aceitam reservas). O ar condicionado é bem frio. É um buffet e eles tem temas, o “tema” do dia era a Sicília. Comi alguns pratos gostosos como a salada de frutos do mar, o risoto de frutos do mar (mas tenho certeza que não estava no ponto), as pizzas feitas na hora e disseram que o ossobuco estava ótimo (eu não como, odeio gordura). Foi gostosinho, nada espetacular e pelo menos o atendimento foi muito bom (coisa rara por essas bandas) e não podia fumar no restaurante (outra coisa rara). Em frente ao hotel Radisson tem uma área cheia de restaurantes e lojas – as opções vão de Hard Rock Café a restaurante italiano, redes americanas como T.G.I. Friday’s e Benihana, churrascaria brasileira e restaurantes locais. Gostei das lojas de artesanato, comprei uns souvenirs bonitinhos, umas bijuterias lindas, os preços estavam similares ao que se vê nos EUA. Na beira da praia em Palm Beach perto do Marriott Surf Club fomos ao restaurante Hadicurari, que fica numa casa colorida na areia mesmo. A comida estava boa, peixes e frutos do mar muito gostosos, mas o atendimento foi MUITO ruim (garçons batendo papo e esqueciam da gente).

Passeios: fizemos vários, por conta própria, com carro alugado. O primeiro foi até Baby Beach, no sul de Aruba.

Você chega a Baby beach procurando as placas para Seroe Colorado, não foi exatamente fácil mas não nos perdemos. Conseguimos pegar uma palapa de costas para a refinaria que fica ali perto (ainda não entendo como um lugar que vive de turismo tem uma refinaria do lado de uma praia que é atração turística, mas enfim). A praia estava bem calma, água com ótima temperatura, passamos umas boas horas relaxando naquele mar lindo. Fizemos snorkeling no canal que fica na entrada da praia, a visibilidade não estava muito boa mas deu pra ver uns peixinhos. Uma barraca vende lanches mas nós tínhamos levado o nosso lanche e não experimentamos nada de lá. Na saída paramos na praia de Boca Grandi, para observar o pessoal fazendo kitesurf e windsurf.

Farol California (California Lighthouse), que fica na ponta norte da ilha. A vista de lá é bonita, você vê a costa até Oranjestad praticamente, com as suas praias mansas e água turquesa, e olhando para o norte-nordeste o mar já é completamente diferente, um azul escuro e super forte. O miolo da ilha tem um morrinho solitário perdido na planície de cactus e árvores divi. A praia de Arashi é ali pertinho, mas estava em obras na época (estavam construindo palapas) e não tinha lugar pra gente estacionar, então não pudemos ficar ali.

Boca Catalina, uma praia pequena e linda ao sul de Arashi Beach, com muitas pedras e ótimo ponto para mergulhar. Foi o melhor mergulho que fizemos, logo depois que a turma de dois barcos de passeio foi embora. Vimos muitos, muitos peixes de tamanhos variados e um cardume de lulas lindo. Também vimos esse pássaro lindo da foto que apareceu em outros lugares de Aruba e não descobri ainda o nome.

Voltamos a Boca Catalina no dia seguinte, um pouco mais ao sul, já quase em Malmok Beach.

Parque Ayo, que abriga uma formação de rochas que era usada pelos índios locais. Estava completamente deserto, somente um bando de iguanas, galos e gatos tomava conta do lugar. Demos uma volta, subimos até o topo das pedras mas tinham muitas abelhas por ali e ficamos meio preocupados, então fomos embora relativamente rápido. Vimos novamente os pássaros lindos laranja com preto.

Andicuri, uma praia selvagem onde ficava a ponte natural de pedra que não existe mais, do lado leste da ilha. Fomos até lá no carro alugado e foi uma bobagem, demos sorte de não ter ferrado o carro. Levamos séculos para chegar, porque tínhamos que andar super devagar na estrada péssima cheia de pedras. A praia é bonita, as ondas fortes, uns garotos estavam pegando onda e não tinha mais ninguém na praia além da gente. O sol estava escaldante e como não tinha sombra e não dava pra entrar na água, ficamos pouco tempo (demoramos muito mais pra chegar do que o tempo que ficamos na praia). Se quiser ir até lá, contrate um tour ou alugue um carro 4×4.

Mangel Halto, uma praia escondida no caminho para Baby Beach, antes de chegar a Savaneta. Pra chegar lá tem que sair da estrada principal e passar por dentro de um loteamento residencial até a praia, que tem o acesso ao lado de um “supermercado” (Nam-Yong Supermarket, que é um supermercado bem pé-de-chinelo mesmo). Você estaciona do lado do mercado e vai andando pra praia, até chegar nas palapas. Realmente a praia é linda, a água espetacular e super mansinha! A praia é bem rasa, você pode andar muito mar adentro e a água ainda fica pela cintura. Julia amou, ainda mais que tinham algumas crianças locais ali brincando e ela entrou na farra. Centenas de peixinhos estavam ali na beirada, se não me engano aquilo ali é um mangue e consequentemente um berçário de peixes. Uma barracuda e alguns pelicanos ficavam ali comendo peixinhos perto da gente. As palapas eram novinhas e tinha pouca gente, ficamos lá um tempão curtindo a praia calma e as árvores do mangue bloqueavam o vento mais forte. E não, não tinha lama nem cheiro ruim.

Visitamos rapidamente o centrinho de Oranjestad, onde ficam muitas lojas de grife que atendem principalmente os turistas que vem nos cruzeiros. Comemos num restaurante por ali mas não lembro o nome, não foi muito bom.

Existem muitas opções de passeios organizados, principalmente para mergulhar, mas como estávamos com uma criança pequena, acabamos não fazendo nenhum. A ilha vem melhorando bastante a infra-estrutura turística, uma boa forma de se manter atualizado é dar uma olhada no ótimo blog Aqui em Aruba, que é escrito pela Bel, uma brasileira que mora em Aruba e está sempre falando das últimas obras, planos do governo pro futuro e melhorias em hotéis e praias.

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